capitulo dezesseis-bonus do livro

27 1 0
                                    

Adam
Há um breve momento, apenas um punhado de segundos após a boca de Olive pressionar contra a sua, em que Adam considera confessar a ela.
É uma ideia de merda. Uma de suas piores até hoje, mesmo depois de realmente se superar no último mês. Ele foi o único a propor essa farsa para Olive, como se algo de bom pudesse vir de fingir estar em um relacionamento com a única mulher que ele olhou duas vezes na última década. E foi ele quem ofereceu que ela ficasse com ele, embora existam cerca de trinta pessoas em Boston que poderiam hospedá-lo durante a noite.
Ele deveria ter procurado amigos da escola de pós-graduação. Jack está em Pasadena agora, mas George ainda mora aqui. Assim como Annika e Riley. Tom, é claro, embora ele provavelmente perguntaria por que Adam não está com Olive e faria mais algumas piadas sobre o quão “pau mandado” ele é. Ele teria que dar desculpas, inventar algumas mentiras, que... irritante. Tom pode ser irritante. As pessoas são irritantes.
Mas pelo menos Adam não estaria bem aqui, a mão de Olive macia em seu rosto, seus lábios se movendo desajeitadamente contra os dele, hesitantes, delicados, um pouco atrapalhados de uma forma que lhe diz que ela não faz isso há algum tempo, e...
O pau de Adam está duro como uma rocha. Ele tem trinta e quatro anos. Ele está completamente vestido, mal tocando uma mulher que está completamente vestida, e ainda assim esse beijo é sem dúvida a experiência mais profundamente erótica de sua vida.
Deve ser isso, a coisa que está fodendo com a cabeça dele. A razão pela qual ele está pensando em contar tudo a ela. Mas os lábios de Olive estão frios, seu cabelo úmido faz cócegas em seu rosto, e sua pele tem um cheiro doce, comestível, brilhante. Como o banho que ela tomou a poucos metros dele, aquele que ele severamente ordenou a si mesmo para não pensar. Ele conseguiu, pelo menos até perceber que ela não tinha se trancado dentro do banheiro. Foi quando ele esqueceu de respirar, apenas chão de madeira barata e oportunidade entre eles, e Olive confiou nele para ficar parado.
Não que ele fosse fazer outra coisa. Mas Adam está ainda pior do que ele pensava, se a ideia dessa garota confiando nele com a decência humana básica tem mais efeito sobre ele do que a pornografia completa.
“Você está apaixonado por ela, não está?” Holden perguntou na semana passada, notando que os olhos de Adam continuavam se desviando para seu telefone ao invés do jogo na TV. E Adam revirou os olhos, olhou de volta para a tela e respondeu: “Eu só quero que ela fique segura. E feliz. E tenha o que ela precisa.” Holden não disse nada, apenas acenou com a cabeça e sorriu conscientemente, e isso foi o mais próximo que Adam chegou de socá-lo desde a pós-graduação.
Então, e se Adam foi em frente e fez isso? E se ele dissesse a verdade a Olive?
Uma reviravolta trágica do destino, mas parece que você não se lembra que nos conhecemos anos atrás. Um problema, já que me lembro um pouco bem demais. Não gosto de ninguém, absolutamente ninguém, mas gostei de você desde o começo. Eu gostava de você quando não te conhecia, e agora que te conheço só piorou. Às vezes, muitas vezes, sempre, penso em você antes de adormecer. Então eu sonho com você, e quando acordo minha cabeça ainda está lá, presa em algo engraçado, bonito, imundo, inteligente que é tudo sobre você. Está acontecendo há algum tempo, mais do que você pensa, mais do que você imagina, e eu deveria ter lhe contado, mas tenho essa impressão, essa certeza de que você está a meio segundo de fugir, que eu deveria lhe dar motivos suficientes para ficar. Há algo que eu possa fazer por você? Vou levá-la às compras e encher sua geladeira quando voltarmos para casa. Compre uma bicicleta nova e uma caixa de reagente decente e aquela lama que você bebe. Mate as pessoas que te fizeram chorar. Existe algo que você precisa? Diga. É seu. Se eu tiver, é seu.
Não há cenário em que nada disso não a faça gritar. E depois dos últimos dias, semanas, anos, tudo o que Olive precisa é de um pouco de sossego. Um espaço seguro. Um lugar para onde correr, não de onde. Então Adam toma sua decisão: ele esconde a verdade mais uma vez, e quando ela se afasta, um leve sorriso nos lábios e um olhar esperançoso em seus olhos, ele balança a cabeça.
— Olive, isso é.. Não.
— Por quê? — Há uma carranca entre suas sobrancelhas. Que o próprio Adam colocou lá, porque ele é muito ruim para ela.
— Não é pra isso que estamos aqui.
Suas narinas se dilatam.
— Isso não significa que...
— Você está triste, bêbada e...
Ela revira os olhos, impaciente, e as mãos dele coçam para puxá-la para mais perto. Beije-a novamente. Beije-a em todos os malditos lugares. Ela é uma pirralha. Uma espertinha incessante e ultrajante, e ele tem que cerrar os punhos para evitar alcançá-la.
— Eu tomei duas cervejas. Há horas — ela diz irritada, e Adam sente-se cada vez mais irritado. Ele não está em condições de lutar com ela sobre isso. Não quando ele já está ocupado lutando contra si mesmo.
— Você é uma aluna, no momento depende de mim pra ter um lugar pra ficar e, mesmo que não fosse o caso, o poder que tenho sobre você pode facilmente transformar isso aqui numa dinâmica coercitiva e...
Ela ri. Como a única coisa que o assusta pra caralho e o mantém acordado à noite — que ela vai se machucar com isso que eles estão fazendo, que há sinais que ele não está pegando, que ele está machucando ela ou se aproveitando... é pouco mais do que uma brincadeira engraçada.
— Não estou me sentindo coagida. — Ela zomba, como se a possibilidade fosse ridícula para ela, talvez seja o tom dela, talvez o cheiro dela nas narinas dele, mas o controle de Adam estala.
— Você está apaixonada por outra pessoa — ele diz a ela, com raiva, cruel, não poupando nada.
E Olive para de rir. Em vez disso, ela recua, quase recua para longe dele, e Adam instantaneamente quer dar um soco em si mesmo e pegá-la de volta.
Ótimo trabalho, idiota. Jogue na cara dela. Lembre-a de que o cara com quem ela se importa está em algum lugar com sua amiga mais próxima. Não é como se você soubesse exatamente como é querer alguém que prefira estar com outra pessoa. Não é como se você pudesse se relacionar com cada porra de minuto que você passa com ela.
— Olive. — Ele aperta a ponte do nariz, tentando se acalmar. Ser brusco e mal-humorado não deveria ser novidade para ele, mas Olive faz algo com a química de seu cérebro, algo que o torna calmo, paciente, tão contente quanto alguém como ele pode esperar ser. Uma fera feroz e raivosa, finalmente domada. O problema é que nenhum deles parece estar indo muito bem esta noite. Olive está cansada e confusa. Adam também está cansado, mas também excitado, tentado e desgastado até os ossos depois de semanas e semanas de querer e não ter. Mais do que um pouco patético sobre essa garota.
Ele precisa ser melhor, porque isso não é sobre ele. Ele prometeu a si mesmo desde o início que seu tempo com Olive seria sempre sobre ela, e é por isso que ele precisa tentar algo radical em sua natureza: diplomacia.
Ele fecha os olhos, respira fundo e pensa em uma maneira sensível de dizer: Você acha que quer que eu te foda, mas não quer. O problema é que eu realmente gosto, o que torna essa conversa arriscada para nós. Você deveria ir dormir. Descanse um pouco enquanto a um metro de distância de você tento esquecer aquele seu vestido preto. Ou a vez que você trouxe a ideia de nós fodendo no meu escritório. Ou quando você se mexeu no meu colo por uma hora, e tudo que eu conseguia pensar era que em um mundo justo, um mundo ideal, essa coisa que estamos fazendo teria sido real, e aquelas fantasias intrusivas, semiformuladas e lúgubres que eu tenho sobre você não faria você gritar, e...
— Adam, eu...
Ele precisa encerrar essa conversa e depois correr dez milhas. Ele está exausto e não está apto para estar por perto.
— Olive, você está se sentindo assim agora — diz ele, tentando parecer razoável, embora não sinta nada. Olive aperta os lábios, suas narinas se dilatam e Adam se fortalece. — Daqui a um mês, uma semana, amanhã, não quero que você se arrependa... — ele para no segundo em que percebe algo: talvez ela não esteja com raiva? Porque o que ela parece é... magoada? Traída? Piscando rapidamente, como se estivesse prestes a chorar de novo.
Ele fecha a boca. Não. Ela não vai se sentir assim. Não por causa dele.
— Olive...
— E o que eu quero? — Ela se inclina para frente, olhos em chamas. Ok, ela está com raiva. Ferozmente, lindamente assim. — O fato de eu querer isso significa alguma coisa? Talvez você não se importe. Porque você não quer, não é? Talvez eu não seja tão atraente pra você e você não queira isso...
Ele realmente está exausto. Ou o controle dele seria melhor do que isso: fechar os dedos ao redor do pulso dela e puxar a mão dela para seu pênis. É duro, ele está duro, ele está duro o tempo todo, e se ela quiser mentir para si mesma, que assim seja, mas não sob seu maldito relógio.
— Você não faz a menor ideia do que eu quero — ele sibila.
Exceto que agora ela deve fazer. Sua mandíbula range. Ele segura seus olhos arregalados e chocados, a aperta ainda mais, mostra exatamente o que ele quer, o que ela faz, com o que ele lida, como tem sido nos últimos três anos e...
Merda. Adam imediatamente a solta e desvia o olhar, mas o estrago está feito, e isso — é por isso que ele não deveria ter qualquer permissão para se aproximar dela. Se ele não pode ser confiável para não revelar o quanto ele foi para ela, ele precisa dar o fora daqui. Ele até se levanta, mas para no segundo que ela sussurra:
— Está bem, então.
Ele olha para cima. A expressão de Olive clareou. Ela parece mais calma de repente. Aliviado. Determinado. Tipo — e isso não faz absolutamente nenhum sentido — como se a única coisa que ela teme não é o próprio Adam, mas a ideia dele rejeitá-la.
Ela se aproxima. Mais perto ainda. O cheiro dela está nas narinas dele, as coxas dela pressionam contra as dele, e isso foi inebriante e angustiante vinte segundos atrás, mas está rapidamente se tornando insuportável. Como ela é linda, isso o confunde. É uma pressão constante que não deixa passar, e Adam tem que fechar os olhos com força só para fingir que ela não está ao seu alcance.
— Não foi por isso que chamei você pra dividir o quarto comigo.
— Eu sei. — Ela está tocando nele, agora. Por vontade própria. Empurrando o cabelo para longe de sua testa. Seus dedos são frios, macios e capazes, os mesmos dedos com os quais ela faz ciência, e ele quer se inclinar para ela. — Também não foi por isso que aceitei. — Você não gosta de ser tocado, idiota, ele se lembra. Você odeia, na verdade. Lembre-se de quem você era, quando sua vida não era uma montagem das vezes que essa garota tocou em você porque ela precisava?
— Você disse nada de sexo — ele aponta, em uma tentativa desanimada e desesperada de parar com isso. Como se ele fosse dizer não a ela. As coisas que ele faria por ela. As coisas que ele faria com ela.
— Eu também disse que só nos encontraríamos no campus. E acabamos de sair pra jantar. Então... — Ela encolhe os ombros. O tecido de sua camisa ondula contra seus seios, e tudo bem.
Ok.
Ele está considerando isso. Ele não pode parar a si mesmo.
— Eu não... — Ele esfrega a testa. Não diga isso. Vai te atrapalhar. Autopreservação básica. Não faça isso. Mas ele sabe que se ela pedir, ele vai fodê-la. Mesmo apenas para tirar sua mente do que a está incomodando. Ele espera que seja bom o suficiente, e amanhã ela vai agir como se nada tivesse acontecido.
A vida de Adam nunca mais será a mesma.
— Eu não tenho nada — diz ele.
Ela o encara por um longo momento, sem entender. Então suas bochechas ficam vermelhas. — Ah, não tem problema. Eu tomo pílula. — Ela morde o lábio, e ele sente como uma mão em seu próprio corpo. — Mas também poderíamos fazer... outras coisas.
Outras coisas.
Outras coisas.
Ah sim. Outras coisas.
Ele deixa seus olhos vagarem por ela por um momento. Tão estupefato quanto ele estava com seus cachos e sua maquiagem e aquele vestido quase curto demais, ela nunca será mais adorável para ele do que com seu rosto manchado de rosa, seu cabelo bagunçado e selvagem. Seu corpo é ágil, gracioso, forte, e ele percebe a camiseta disforme, o leve volume de seus seios, a curva de seus quadris. Todas as coisas que ele não se permitiu olhar por semanas — por anos. Isso nunca importava: eles estavam sempre lá, presos em seu cérebro. A curva de suas costas enquanto ela abria a porta do seminário com o ombro. A linha de sua garganta enquanto ela bebia de uma garrafa de água. Um alongamento gracioso e uma lasca de pele do estômago.
Ele pode pensar em outras coisas para fazer com ela. Com cada parte dela. Tantas coisas indecentes, bonitas, obscenas. O que é muito, Olive? O que posso pedir para você fazer, quantas vezes? Você deve ter cuidado. Definir limites. Me diga o que você quer.
— Depois. — Adam engole. Respira fundo. Diz a si mesmo para relaxar. Nada pode acontecer. Talvez ela queira beijar um pouco. Brincar. Ser abraçada. Tudo bem. — Eu preciso saber que você não vai me odiar por isso, depois. Que se voltarmos e você mudar de ideia...
— Eu não vou. Eu... — Ela chega ainda mais perto. — Nunca tive tanta certeza de alguma coisa. A não ser, talvez, a teoria celular. — Ela sorri. Primeiro hesitante, depois esperançosa, depois brilhante, e então ela se inclina para beijá-lo novamente, e...
Ele nunca teve chance. Nunca, e certamente não desta vez, quando é tão diferente de todos os outros. Eles já se beijaram antes, claro, e... tem sido bom. Muito legal, às vezes, mas também interrompido. Frustrante. Inacabado. Performativo. Sempre o começo de algo, nunca o fim. Desta vez, porém... Desta vez não há ninguém por perto, e após um momento de relutância, Adam se permite fazer o que quer.
Ele aprofunda o beijo. Aproxima Olive. Inala o cheiro dela, familiar agora, pele macia e açúcar e quartas-feiras de namoro falso. Ele a queria há tanto tempo, isso parece algo imaginado, saído de um sonho. Ele poderia começar por devorá-la. Ficando de joelhos e enterrando o rosto em sua doce boceta. Tirando sua blusa, memorizando cada centímetro dela para depois. Ele não vai apressá-la, no entanto, então ele se livra de sua própria camisa para sentir mais de sua pele, e então fica parado, sentado ao lado da cama como um animal grande e desajeitado tentando bancar o bonzinho. Não parece que isso será suficiente, não com o jeito que ela engasga toda vez que a língua dele roça a dela, não quando a palma da mão dele está segurando sua bunda, mas ele pode ir devagar. Ele pode sentir seus mamilos, pontudos e duros contra seu peito, mas ele ficará bem apenas chupando um ponto em sua garganta. Ele pode deixar sua mão deslizar para descansar na parte inferior macia de seu seio, mas ele não precisa ver isso. E ele pode…
Olive está dizendo alguma coisa. E o cérebro de Adam está atordoado demais para analisar a linguagem.
— O que?
— Naquela noite em que te beijei no corredor. Você fez isso também. — Ela está sorrindo. Tudo o que ele quer pensar é fazê-la gozar. Ele pode fazer isso? Faz algum tempo. Ele gostaria de ter mais prática. Para ela.
— Fiz o quê?
— Tocou em mim. Aqui. — A mão dela cobre a dele através do algodão, e ele aceita isso como permissão. Ele levanta a camisa dela lentamente, dando-lhe tempo para objetar, parando no instante em que ela prende a respiração, ao primeiro sinal de hesitação. Bem debaixo dos seios dela, o que quase o fez gemer de desespero, mas... não. Paciência. Ele pode ser fodidamente paciente até que ela esteja confortável.
Ele espera e, enquanto isso, pressiona os lábios contra as costelas dela. Morde suavemente. Lambe. Ela tem um gosto doce, e ele se pergunta se ela o deixaria cair em cima dela. Parece pedir demais, mas talvez.
— Aqui? — ele diz. — Olive. Aqui? — A parte de baixo de seu seio está bem ali, e ela não está respondendo a ele, apenas agarrando-o como se fosse cair se não o fizer, e tudo bem. Ok, sim: ele quer fodê-la no colchão. Não adianta fingir que não. — Presta atenção, meu bem. — A parte de baixo do seio dela está bem ali, então ele passa a língua, chupa e ela choraminga. — Aqui?
Ele não ouve a resposta dela. Ele está um pouco distraído, porque a camisa dela finalmente está saindo, e...
Há uma fração de segundo de insegurança, ele pensa. Um breve momento de hesitação quando ele percebe que Olive está pensando em se cobrir. Suas costas quase se curvam, Adam quase pode sentir o cheiro do pânico entre eles, e ele está pronto para acabar com isso, agora. Mas então seus ombros quadrados, como se ela tivesse decidido que não se importa de mostrar a ele seu corpo depois de tudo, e...
Ok.
Sim.
Então já faz muito tempo para ele. Anos, ele chutaria. Não desde a pós-graduação, e mesmo assim ele nunca... Houve cerca de uma década, mais ou menos, em que Adam pensou que tinha feito sexo o suficiente em sua vida para saber com a maior certeza que ele não estava interessado em ter mais sexo. Nenhuma razão real para isso, apenas... não. E então — Olive. Ele quase riu em seu escritório, ao ser solicitado a guardar segredo sobre namorar outras mulheres. Na parte reptiliana e gananciosa de seu cérebro, pensando: Existe algum? Achei que fosse só você.
— Você se lembra? — ela está dizendo, e seus seios. Seus seios pequenos e bonitos. O longo mergulho no centro de seu estômago. Suas pernas tonificadas e lisas. Ele quer colocá-la debaixo dele por segurança. Por meses.
— Do o quê? — ele pergunta, ausente, paralisado. Sua própria voz soa distante.
— Do nosso primeiro beijo.
— Quero ficar com você nesse quarto de hotel por uma semana — ele murmura, porque é a verdade. Ele pode tocá-la? Ele vai parar se ela mandar. Mas. — Por um ano.
Ele está perdendo a noção do tempo. Perdendo batidas. Não fora de controle, mas ficando mais ousado. Ele estende a mão contra as costas dela, a traz para mais perto de sua boca, a curva como uma oferenda, e ele perde um pouco do que vem depois porque é tão bom. Ele não quer ser rude, mas os ruídos que Olive está fazendo são fascinantes, gemidos sem fôlego e inspirações afiadas.
Então seus músculos ficam tensos. É repentino, e ele sente no segundo em que acontece, como um balde de gelo sobre sua cabeça. Ele imediatamente recua.
— Tudo bem?
Ela está em sua cabeça sobre alguma coisa. A expressão dela está distante, e por mais que seu pau doa, algo muda em seu cérebro. Ele quer lamber seus seios, sim, mas ele quer tranquilizá-la mais.
Ele coloca a mão no quadril dela, o polegar deslizando para frente e para trás no osso do quadril, tentando olhar para o rosto dela.
— Você está tensa. Não precisamos fazer...
— Eu quero. — Ela parece assustada. Um pouco defensiva. Definitivamente dentro da própria cabeça. — Eu disse que queria.
— Não importa o que você disse. Pode mudar de ideia a qualquer momento.
— Não vou mudar de ideia.
Ela é teimosa. Ela é teimosa, e ele gosta disso nela, assim como qualquer outra maldita coisa, mas isso... Ele só não está disposto a arriscar seguir em frente se ela tiver alguma dúvida. Então ele aperta seu pau até perto da dor e para. Diminui a velocidade. A traz para dentro de si, apoia a testa no esterno dela, combina a respiração dele com a dela, sente os braços dela formando um laço solto em volta do pescoço dele, deixa-se cheirar a doçura entre eles. Leva vários momentos, mas ela lentamente suaviza, relaxando nele. Primeiro flexível, o nariz roçando suavemente contra o cabelo dele, depois inquieta. Ansiosa de novo.
Holden e suas perguntas estúpidas e extremamente idiotas. Claro que Adam está apaixonado por Olive, claro. E é por isso que isso é legal também. Apenas estar com ela. Perto dela. Um pouco doloroso, talvez, mas muito agradável.
— Acho que eu mudei de ideia — ele diz contra sua pele. Seus dedos estão traçando o elástico de sua calcinha — algodão, bolinhas verdes. Ele vai roubá-la assim que terminarem. Ele vai construir um santuário para ela. Fazer coisas indescritíveis com ela.
— Sei que não estou fazendo nada — diz Olive, algo esganiçado em sua voz —, mas se me disser do que gosta, eu posso...
— Minha cor favorita deve ser verde, na verdade.
Ela já está molhada. Adam não consegue acreditar, então ele pressiona o polegar na calcinha dela, só para ter certeza. Mas uma vez que seu dedo está lá, ele não pode evitar. Ele move a ponta para cima e para baixo entre as pernas dela, uma e outra vez. Ele quer se lembrar deste momento. Guardá-lo para mais tarde. Arquivá-lo em seu DNA.
— Você... Você quer que eu tire?
Sim. Mas não. Esta calcinha é provavelmente tudo o que há entre ela e Adam implorando para ela deixá-lo transar com ela. Melhor por enquanto.
— Ainda não.
Ela se contorce, impaciente.
— Mas se nós...
Ele empurra o algodão para o lado porque não consegue evitar, e isso é um erro. Ela parece pronta. Madura. Uma fruta perfeita. Ele se pergunta se isso significa que ele poderia fodê-la agora. Que poderia ser rápido, um pouco confuso, e ela ainda estaria bem. Ela aceitaria. Ela iria gostar. Ele faria isso bem, esperançosamente. Talvez. Se ele se lembrar como. Se ele não explodir em vinte segundos. Se ele não estragar tudo agora, apenas olhando para os dedos dele traçando sua boceta brilhante, circulando em torno de seu clitóris, desaparecendo entre suas dobras macias, e ela está molhada, ela está molhada pra caralho, molhada de uma maneira que torna fácil mentir para si mesmo e fingir que é ele que ela quer, não qualquer um que vai tirar sua mente de um dia de merda. Ele a observa arquear-se, fechar os olhos, soltar um gemido baixo, exalar algo que é obviamente prazer. Adam se acaricia e sabe disso, que ele vai gozar só de olhar para ela.
— Você é tão linda. — Ele não se lembra de ter dito isso a uma mulher antes — por que declarar fatos óbvios — mas com Olive as palavras explodiram dele. — Posso? — ele raspa contra seus mamilos quando encontra sua entrada, não soando como ele mesmo, e no segundo que seu dedo está dentro dela ele...
— Porra. — É um ajuste apertado, o que faz seu pênis se contorcer ainda mais. Sua visão escurece para manchas pretas. Por alguns segundos, ele pode sentir seu batimento cardíaco retumbando em seus ouvidos, o prazer esfaqueando em sua virilha. Ele se esquece de tudo que não é Olive, tudo que não é dos lugares onde ele a está tocando. Ela se sente como a melhor coisa que já aconteceu com ele, mas melhor. E então... Então ela está se movendo. Contorcendo-se empalada em seu dedo, de uma forma que transmite muito pouco prazer, e a onda de prazer que estava prestes a colidir com ele, recua abruptamente.
Adam congela.
— Ei. Shh. — Isso realmente não está funcionando — ele nela. Então ele tenta acalmar seus quadris, e quando isso não funciona, ele roça seu clitóris novamente com o polegar, esperando que isso a ajude a amolecer. Ela choraminga, fecha a mão em volta do braço dele com dedos trêmulos. Seus mamilos são pedrinhas duras e ela parece gostar disso, parece respirar mais rápido e começar a suar e talvez querer mais, mas ela continua tão apertada. — Está tudo bem. Relaxar. — Ele tenta esticá-la. Trabalha o dedo um pouco mais fundo. Vê onde ele pode ir. Ela está molhada por dentro, muito molhada, e não deveria ser tão difícil, ele não pensa.
O problema é que ele não consegue lê-la. Não consistentemente. Certo, ele tem muito pouca experiência recente, e ainda menos clareza de espírito com Olive esfregando contra sua mão. Ela solta gemidos suaves, respira fundo, mas então ela estremece, crava as unhas em seu bíceps, e isso está colocando os freios rapidamente para ele, a ideia de que ela pode estar com qualquer tipo de dor.
— Machuca? — ele tenta perguntar. Ela balança a cabeça, mas um segundo depois ele a vê estremecer. — Por que você está tão tensa, Olive? — ele pergunta, distraído, olhando para seu dedo dentro dela. — Você já fez isso antes, não é?
É uma pergunta estúpida, e ele instantaneamente quer se dar um soco por fazer isso. Claro, ela já fez isso antes — olhe para ela. Ela não é como Adam. Ela provavelmente faz isso...
— Hum, poucas vezes. Na faculdade.
Adam fica quieto. Sua mente se esvazia, depois fica em branco. Então a enormidade do que está acontecendo o atinge como um trem de carga, e ele gentilmente se afasta, balançando a cabeça.
Isso é... não. Não. É um erro. Ela claramente não leva o sexo de ânimo leve, o que significa que ela merece tê-lo com alguém... melhor. Alguém. Alguém que não é tão mais velho que ela, que nunca falhou a proposta de dissertação de sua amiga, que não precisa colocar um alarme para uma da manhã para se lembrar de parar de trabalhar e ir dormir. Alguém que não passou os últimos anos delirando em salas de aula, alguém que não a imagina quando ele...
— Eu posso aprender. Aprendi a medir a corrente elétrica nas células em questão de horas. Sexo não pode ser muito mais difícil — ela diz rapidamente. Como se ela estivesse com a impressão de que ele está desanimado por sua inexperiência. — E aposto que você faz isso toda hora, então você pode me dizer como...
— Você perderia.
— O quê?
— Você perderia essa aposta. — Ele suspira. Seu pau estúpido e imbecil nunca foi tão duro. Porque parte dele gosta disso. A mentira que ele poderia inventar para si mesmo: que isso significa algo para ela. Que ele significa algo para ela. — Não posso fazer isso.
— Claro que você pode.
Ele balança a cabeça.
— Eu sinto muito.
— O que? Não. Não, eu...
— Você é basicamente virg...
— Não sou!
— Olive.
— Não sou.
— Mas é quase tão...
— Não, não é assim que funciona. Virgindade não é uma variável contínua, é categórica. Binária. Nominal. Dicotômica. Ordinal, talvez. Estou falando de qui-quadrado, talvez de correlação de Spearman, regressão logística, modelo de logit e aquela função sigmoide idiota, e...
Ela faz isso todas as vezes. Faz com que ele queira rir, como se de alguma forma ele não fosse realmente a pessoa mal-humorada e sem humor que ele sabe ser. Toda quarta-feira, ela o faz esquecer que ele deveria ser antagônico e inacessível, odiar o mundo inteiro, e mesmo que seja uma ideia terrível, ele a está tocando novamente, sorrindo contra sua boca enquanto ela ri na dele, dizendo-lhe entre beijos para parar de ser uma espertinha, e então, quando eles estão muito próximos novamente:
— Se por qualquer motivo sexo for algo com que você... não está confortável, ou prefira não fazer fora de um relacionamento, então...
— Não, não é nada disso. Eu... — Ele se afasta e a observa, paciente. Querendo entender. — Não é que eu queira ficar sem sexo. Eu só... não tenho muita vontade de fazer normalmente. Tem algo estranho com o meu cérebro e o meu corpo, e eu não sei o que há de errado comigo, mas não sinto atração domesmo jeito que as outras pessoas. Que as pessoas normais. Eu tentei... Tentei simplesmente fazer pra resolver logo a questão, e o cara com quem transei era legal, mas a verdade é que não sinto... Não sinto atração sexual a menos que realmente confie e goste da pessoa, o que por algum motivo nunca acontece. Ou quase nunca. Não acontecia há muito tempo, mas agora... Eu gosto mesmo de você, confio em você, e pela primeira vez em um milhão de anos eu quero...
Adam quer dizer a ela que não há nada de estranho com seu cérebro. Que ele tinha esquecido que sexo era algo que ele deveria querer por anos antes de conhecê-la. Que ele sabe exatamente o que ela está dizendo. Mas é uma verdade arriscada para admitir em meio às mentiras, então ele apenas olha para ela, absorve suas palavras e, pela primeira vez em semanas, se pergunta se talvez haja esperança.
Ele não se permitiu antes. Ele não é de mentir, nem mesmo para si mesmo, e a ilusão de que isso vai terminar em qualquer coisa, exceto um fim limpo em 29 de setembro é perigosa para se entreter. Mas se Olive confia nele. Se ela confia nele.
Talvez não agora. Nem em breve. Ela está apaixonada por outra pessoa, e essas coisas levam tempo. Mas no ano que vem os dois estarão aqui em Boston, e talvez, se ela já confia nele, Adam possa convencê-la a deixá-lo cuidar dela. Ele não quer nada em troca. Ela não precisa se apaixonar por ele, porque ele a ama o suficiente para os dois. Mas se ela confia nele...
— Quero fazer isso — ela está dizendo a ele. — Com você. Quero mesmo.
Adam pôde sentir seu coração se expandir, crescer cheio de algo frágil e desconhecido.
— Eu também, Olive. Você não tem ideia.
— Então, por favor. Por favor, não diga não. Por favor? — Ela mordisca seu lábio, sua mandíbula, a pele sob sua orelha, até que ele respira fundo e acena com a cabeça e percebe que se isso vai acontecer — e vai, absolutamente — ele precisa ser melhor nisso. Deixá-la confortável. Então ele a pega e a coloca em sua cama, sorrindo para o grito surpreso e risonho que ela solta.
— Ok? — ele pergunta quando ela está de costas, se movendo em cima dela, observando seu pequeno aceno de cabeça e a nova visão — cabelo em leque, pele pálida, ossos do quadril salientes. Ele quer lambê-los. Então ele quer alimentá-la com comidas açucaradas, mantê-la aquecida e segura até que suas costelas não fiquem mais salientes. A pele da barriga dela — ele vai pensar nisso daqui a alguns anos, se distrair com as memórias de cada sarda suave. Ele tira a calcinha dela, finalmente, finalmente, e ela está usando meias até o joelho, brilhante e feliz, e... assim como tudo que ela já fez, ele aparentemente gosta disso. Ele gosta muito disso.
— Adam?
Sua voz é arejada, e ele toma isso como um pedido para se apressar. Para abrir as pernas dela com as palmas das mãos na parte interna das coxas e sentir seu cheiro adorável de mel. Ela está molhada e pegajosa sob seus lábios, suave e macia, e ele acha que desmaia um pouco. Do prazer de fazer isso com ela, de explorá-la com a língua. Ele tem quase certeza de que já fez isso antes, e mesmo que não se lembre quando, ou com quem, ele tem certeza de que ela não era nada como Olive. Sua bunda se encaixa perfeitamente em sua palma, ele pode estender seus quadris com os dedos, e é um pouco de poder, o jeito que ele pode facilmente angulá-la para ele lamber, e... Ela é ágil. Especialmente em comparação com a montanha imbecil e pesada que Adam é. Ele se esforçou muito para fingir que isso não o excita tanto, mas... não. Não é possível mentir para si mesmo, não quando ele está chupando os lábios de sua boceta e ela está gemendo na palma de sua mão. Isso o faz querer se aproximar, conhecê-la ainda mais e...
E então ela está dizendo a ele para parar.
Leva um momento para penetrar no transe em que foi colocado, mas quando isso acontece, ele fica quieto.
— Você mudou de ideia?
— Não. Mas a gente devia fazer... outras coisas.
— Você não gosta disso?
— Bem, eu nunca...
Adam tenta se imaginar fazendo sexo com Olive e não implorando para que ela o deixe fazer isso. Parece absurdo. Inacreditável.
— Mas fui eu quem convenci você disso — ela acrescenta —, então devíamos fazer coisas que você esteja a fim, e não pra mim...
Ele finalmente entende o que ela quer dizer e rosna no fundo da garganta. Ele fecha os olhos, encosta a testa nas coxas dela e pensa em destruir todo o maldito quarto de hotel. Mas isso assustaria Olive e não faria absolutamente nada para convencê-la de que ela é linda e gostosa, que ele quer absorvê-la em si mesmo e lambê-la até secar, que isso é mais para ele do que para ela. Então ele opta por outra coisa: pressionar sua língua contra seu clitóris, agarrando sua cintura contorcida para acalmá-la, para fazê-la tomar seus dedos e sua língua dentro dela. Ele a segura bem aberta, a observa arquear no colchão em uma bela e perfeita reverência. Ele ouve seus ruídos suaves e a sente tensa, agarrando seus cabelos e ombros com uma espécie de desespero frustrado e impaciente, como se ela quisesse vir mas temesse não ir, e ele adora a sensação disso, a ilusão de que este precipício eles estão pairando juntos é interminável, escondido no espaço e no tempo. Um arco de prazer, suspenso. Mas então ela vem com gemidos doces e contrações lentas e fortes, e o intestino de Adam se contrai, e sua visão embranquece. Ele adoraria transar com ela, mas ele pode vir apenas disso, e tudo bem. Ele quer vê-la novamente. Ela está sensível, se contorcendo, rindo, pequena e apertada e quente, linda, tão linda, tão poderosa e perfeita e linda. Quando é demais, quando ela o puxa para si, ele a pressiona na cama com as pernas, os braços e as mãos, a vê se contorcer com os últimos tremores de prazer, sente seu coraçãozinho bater como um tambor contra o dele. Neste momento, ele tem tudo. Cada última coisa que ele precisa.
— Posso te comer? — ele pergunta contra sua boca.
Ela o beija de volta. O puxa para mais perto. Traça sua pele quente e suada. Ele não é digno, mas ele a quer de qualquer maneira.
— Hum?
— Posso te comer? Por favor?
Ela balança a cabeça e estende a mão para ele, mas ele não tem certeza se há tempo para isso. Ele está duro de uma forma dolorosa e urgente, diferente de sempre, e a boceta perfeita, macia e apertada de Olive está bem ali, pronta para ele, e quando ele começa a deslizar para dentro, sua existência se reduz a detalhes minuciosos: a pressão em torno de seu pau, tensa, que define o mundo; os olhos de Olive fixos nos dele, arregalados de choque; o ar entre eles, quente, pesado.
— Você é muito grande — ela suspira. Ele geme em seu pescoço. Talvez ele seja grande. Ainda.
— Você vai se acostumar. — Nada, nada existe, exceto pelo prazer formigando na base de sua espinha.
— Eu vou — ela concorda. Adam tem que fechar os olhos, ou vai acabar agora. Ele balança dentro dela, e é uma tortura. Uma tortura deliciosa e profunda.
— E se for grande demais?
Parece uma possibilidade distinta. Ele não pode imaginar empurrando dentro dela do jeito que ele precisa, porque ela é pequena, e ele não é.
— Então eu vou te foder assim. — Já está melhorando. Ela ainda está bem fechada ao redor dele, mas ele está progredindo, ficando um pouco mais fundo, e a maneira como ela pulsa ao redor dele é esplendidamente, obscenamente boa. Ambos estão respirando rápido, alto. Ela não está posicionada corretamente para ele empurrar mais fundo, esse é o problema. Ele deixa sua mão deslizar para sua coxa e a move para abri-la mais. Só um pouco mais.
— Eu deveria fazer algo...
— Shhh. Fica parada um pouco. Pra eu não gozar rápido.
Ela está começando a se mover debaixo dele. Como se estivesse impaciente para que isso progredisse, mesmo que ele estivesse prestes a explodir com a tensão de mantê-lo lento. Ele quer afundar seus dentes nela. Amarrá-la a ele. Mantê-la sob controle. Ele recua um pouco, o que seu corpo parece odiar e achar estúpido, mas penetrá-la novamente está além de qualquer possibilidade.
— Talvez você devesse.
Ele deveria o quê? Ah sim. Eles estão falando sobre ele gozar.
— Devo?
Ela acena com a cabeça, e ele quer beijá-la, ela quer beijá-lo também, mas eles não são capazes de fazê-lo, muito distraídos, muito atordoados, e ele solta uma risada silenciosa, pensando nos dois tentando isso. Ambos mal sabendo o que estão fazendo, e ainda assim, de alguma forma, criando esse caos espetacular e magnífico.
— Dentro de você?
Ela acena com a cabeça, como se ele pedisse a ela, ela daria a ele.
— Se você quiser.
Ele quer. Ele pensa muito sobre isso — fantasias básicas e imundas de fazer uma bagunça nela, deixar sua marca. Ele pensa muito nisso. Um pouco mais do que deveria.
— Você está me deixando louco — diz ele em sua clavícula, e é quando algo cede. Um segundo de atrito liso. Então ele se encontra o mais fundo que pode ir, e tudo para.
O universo se reorganiza em algo melhor.
Ambos ficam parados por um momento. Então eles exalam sons agudos na sala silenciosa. Olive levanta a mão, apenas para passar os dedos pelo cabelo dele, e Adam fica sem palavras. Irracional.
Isso foi - Jesus. Oh, Deus.
Ela sorri para ele, feliz, esperançosa, bonita e diz:
— Oi.
Adam sorri também e pensa: É isso. Ele pensa eu te amo. Ele pensa: Talvez, um dia, você até me deixe contar.
E ele diz:
— Oi.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Jul 03 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

Livro: hipótese do amor- capitulo bônus-feita por fãOnde histórias criam vida. Descubra agora