Depois de tudo que aconteceu, Marilda cuidou extremamente bem da orelha arrancada de Lavínia, a lavando com água e tirando o sangue que havia escorrido em seu corpo, enquanto isso a garota mantinha um olhar frio e se manteve quieta enquanto era cuidada, Marilda a olhava preocupada com ela.
Kayan olhava Lavínia de longe encostadas sobre as paredes da caverna e colocou a mão dentro do bolso do avental tirando um pequeno rolo de linha com uma agulha e lançou para Marilda e disse.
Kayan : - Toma ! Tem que remendar, fazer alguns pontos para cicatrizar logo. É igual as roupas que fez tempos atrás, só costurar.
Marilda com o rolo de linha na mão e a agulha a olhou e com cuidado começou a costurar a orelha de Lavínia, a menina sentia um pouco de dor e mexia a orelha a retraindo.
No lado de fora da caverna os homens estavam reunidos, com Astolfo sentado à uma pedra, Olav em pé ao lado do mesmo e Torn em pé em frente ao rio, enquanto o restante se mantinha atrás o olhando, com isso Torn disse.
Torn : - Teremos que redobrar o cuidado agora.
Olav : - Sim, mas se a gente demorar para agir poderá se tarde, grande Torn.
Torn : - Sei disso, mas a Lavínia é nossa fonte principal de força a menina acabou de passar por muita coisa em minutos, quero que ele fique bem primeiro. Ela já tem um fardo enorme nas costas.
Astolfo saiu de onde estava e caminhou até Torn aonde o olhou triste e disse.
Astolfo : - Pode parecer besteira o que direi senhor Torn, mas é desistirmos ?
Torn : - Diz em lutar com Nerus e sair do bosque ?!
Astolfo : - Sim... Yuruem levou alguns dos nosso, e Nerus é uma ameaça maior, e se ele matar a todos ?!
Torn : - Quando quis para-los, o quê vocês fizeram ? Insistiram nisso, não é ? Eu não queria ninguém lutando, mas todos estamos envolvidos nisso, voltar agora, é jogar o sangue daqueles e da Lavínia ao lixo.
Olav : - Torn está certo, Astolfo, seria uma desonra não só para os falecidos, como para as esposas e filho deles também, e principalmente para a garota.
Astolfo : - Sinto muito...
Torn encerrou a conversa e pediu para que todos entrassem, assim que Astolfo entrou o mesmo foi parado por Lavínia, a menina devolveu a capa para o elfo e deu um sorriso de canto o agradecendo, Lavínia estava vestida com uma blusa de malha e suas velhas calças. Lavínia após devolver a capa de Astolfo, saiu da caverna. Torn olhou a menina sair e apenas a deixou.
Já estava anoitecendo quando Lavínia foi até o túmulo de Dingo aonde colocou uma tocha presa ao chão deixando o local claro, ela se sentou sobre o chão e ficou olhando a cruz deixando algumas lágrimas caírem sobre o solo, e ali a mesma passou a noite, sentada a noite inteira sem dormi apenas chorando e olhando para a cova de seu falecido amigo.
Pela manhã Astolfo se levantou e notou que Lavínia não estava ali, e quando chegou perto da saída da caverna notou que estava chovendo, o elfo apenas colocou a cabeça para fora e viu Lavínia ao longe, ainda sentada. Marilda se levantou minutos após e foi até onde Astolfo estava e olhou para a garota ao longe, Marilda fez uma expressão triste no rosto e fez um gesto para que rapaz fosse até onde estava a garota.
Astolfo : - Tá bom... eu vou !
Dizia Astolfo erguendo sua capa para se proteger da chuva e assim foi até onde Lavínia estava sentada, e ao chegar notou-se a mesma encharcada e com o mesmo olhar vazio de antes, o rapaz tampou a garota da chuva também usando de sua capa e disse.
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O Bosque Branco
FantasyLavínia era uma doce criatura, com a aparência felpuda acinzentada e orelhas e focinho como de uma lebre mas com características humanas, a mesma tinha como seu hobbie favorito a pesca, que seu pai havia ensinado a ela quando mais nova, antes de des...