Cap. 11

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To bite.

- Elowen Moore.

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          Estranhamente tudo parecia molhado. Eu não conseguia enchergar nada, apenas o escuro da mente. Olhei para minhas mãos, nada parecia real.

          Ouvi uma respiração ofegante atrás de mim e me virei. O que ele fazia aqui!? Por que estava tão... assustado?

          - Banny...? - O chamei. Mas de certa forma pareceu que ele não estava aqui para me ouvir, mas sim para ser escutado. Talvez por isso sua respiração estivesse tão desregulada.

          Em poucos segundos algumas manchas vermelhas apareciam. Em seu nariz, sua boca, sua barriga... em todo seu corpo. Consegui lembrar do que Priscilla falou. Ele estava no hospital, não estava?

          - Não deveria estar aqui. - Respirei fundo. - Você sabe, eu não vou te ajudar. - Sorri.

          Ele arregalou os olhos e abriu levemente a boca.

          - Fique longe dele. - Sussurou, dando um passo a frente. Banny sussurava coisas sem sentido, não entendi como isso poderia estar acontecendo, não tinha controle sobre meu corpo.

          Ele correu em minha direção rapidamente, quando achei que iria me pegar e pensei em todas as probabilidades possíveis, finalmente abri os olhos.

          - Hora de acordar! - Gritou Priscilla. - Nem se arrumou pra baladinha, né... - Minha respiração ainda tentava se ajustar, mas que merda foi essa? - Tudo bem? - Priscilla perguntou.

          - Sonhos ruins. - Respondi, me sentando na cama e passando a mão pelo rosto. - Talvez não devêssemos ir... - Dei a ideia.

          - Por quê? - Fraziu as sobrancelhas. - Você nunca recusa uma boa bebida.

          - Talvez hoje eu recuse... não estou me sentindo muito bem. - Me levantei, já sabendo que Priscilla iria querer ir, fui ao closet.

          - Bom, eu já marquei... aposto que com um remedinho isso passa. - Ela disse, saindo para pegar o remédio.

          Estranhamente começei a me sentir observada até dentro da minha própria casa. Talvez estivesse ficando louca, novamente...

          Peguei apenas uma saia de couro e uma blusa mais larga branca e vesti. Priscilla voltou e fez eu tomar o remédio.

          - Então... - Começou. - Sei que você odeia qualquer tipo de objeto cortante, mas depois do que aconteceu ontem a noite, que aliás, acho que estamos superando rápido demais, - Por algum motivo ri nessa parte, realmente estávamos saindo na noite depois de eu ser ameaçada. - gostaria que você ficasse com isso.

          Priscilla retirou uma adaga do bolso de sua calça e me entregou. Não fui capaz de falar nada, apenas nos olhamos e andamos até a porta, indo para fora do apartamento.

          Procuramos um táxi com todas as forças para nos levar. Ao achar o único cara que se fez de disponível, ele nos dava um olhar que seria grosseiro se sua cara não fosse tão irônica, então apenas relevei.

          Na balada, Priscilla foi a primeira ao entrar. Talvez fosse estranho ela sempre ter tanta gente pra comprimentar, eu apenas a seguia e logo me enturmava nos meus cantos.
 
          Obviamente ela se encontrou com sua chaminé careca e preferi não servir de vela. As luzes do clube começavam a brilhar, convidando todos para uma grande diversão. O som pulsante da música se misturava com o burburinho das pessoas.

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⏰ Última atualização: Jul 04 ⏰

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