6. Baile

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O baile na mansão Ellingham sempre fora um dos mais esperados de Londres, toda a alta sociedade e parte da aristocracia costumavam marcar presença para honrar o evento da duquesa viúva Genevieve. Não apenas pelo seu excelente e extravagante gosto para organizações de bailes, muito menos pela apreciação de seu título. Lady Genevieve era extremamente conhecida por suas habilidades fabulosas na arte do matrimonio. Quando colocava na mente que um jovem casal deveria estar juntos, ela usava de todas as artimanhas possíveis para que isso se tornasse realidade, e naquela noite, não seria diferente.

A noite do baile na mansão Ellingham estava encantadora. O salão resplandecia com a luz dos candelabros de cristal, refletindo nas flores que adornavam cada canto. A música suave de um quarteto de cordas preenchia o ar, enquanto damas e cavalheiros deslizavam pela pista de dança em uma harmonia graciosa. O salão da mansão estava todo decorado com rosas brancas e vermelhas, para simbolizar a pureza das donzelas, e a paixão dos jovens amantes que tanto Genevieve buscava fomentar.

Edward estava de pé perto da entrada do salão, observando a cena com um misto de admiração e apreensão. Ele sabia que sua mãe, a Duquesa Genevieve, tinha planos naquela noite. Planos que muito provavelmente envolviam ele, alguma jovem solteira, e talvez um pouco de manipulação casamenteira.

Enquanto seus olhos percorriam a multidão, ele avistou Phillip e Elizabeth, ambos sorrindo para ele de forma encorajadora. Phillip ergueu discretamente uma taça em sua direção, como se dissesse "Boa sorte". Edward apenas acenou de volta, tentando manter uma expressão confiante.

Logo, a Duquesa Genevieve se aproximou, seu olhar afiado e determinado.

— Edward, querido, vejo que está apreciando o baile — disse ela, com um sorriso astuto. — Espero que tenha em mente que esta noite pode ser decisiva para muitos.

Edward suspirou internamente, mas manteve a compostura.

— Claro, mãe. Estou plenamente ciente.

Genevieve lhe deu um olhar penetrante, como se estivesse tentando ler seus pensamentos.

— Ah, lá está ela — disse a Duquesa de repente, seus olhos brilhando de satisfação. — Charlotte Lancaster. Não está deslumbrante esta noite?

Antes que ele pudesse protestar, ela o puxou em direção ao centro do salão, onde Charlotte estava parada, conversando com algumas amigas. Ao ver Edward, ela ergueu uma sobrancelha, mas manteve a compostura.

- Lady Charlotte, gostaria de lhe apresentar meu filho, Edward, duque de Ellingham, pelo que sei vocês são amigos a anos, mas ele nunca lhe trouxe para tomar um chá. - disse Genevieve com um brilho nos olhos. - Ele adoraria a honra de dançar com você esta noite.

Charlotte lançou um olhar penetrante para Edward, mas aceitou a mão que ele estendia, ciente de que recusar causaria um escândalo.

- Claro, seria um prazer. - respondeu ela, com uma leve curvatura nos lábios.

Enquanto se moviam pelo salão ao som da música, Edward sentia a tensão entre eles, uma corrente elétrica que parecia pulsar em cada toque e movimento.

- Charlotte, sinto muito pelo que aconteceu mais cedo. - começou ele, tentando romper o silêncio. - Eu não queria magoá-la.

Ela olhou para ele, seus olhos brilhando sob a luz das velas.

- Edward, sei que suas intenções são boas, mas você precisa entender que eu tenho o direito de escolher meu próprio caminho. E além disso, eu entendo que eu não sou uma mulher desejada, mas você não precisa lembrar os nossos amigos e familiares sobre isso com tanta ênfase, como fez na casa dos Beaumont.

Para sempre seu DuqueOnde histórias criam vida. Descubra agora