Borderline

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Eu vejo cores,
Assisto amores,
Me alimento de humores,
Vomito flores
E vivo dores.

Meus olhos coloridos
Pintados por vibrantes pigmentos
Que correspondem ao meu amor
Sentido intensamente
Intensificado pelo...
Que aumenta meus sentimentos.

Assisto pelas ruas,
Trechos e fragmentos
Da historia de cada casal
Mas quem garante que o que vejo é real?
Só sei que o meu é tão surreal
Que se torna irreal,
Tão belo
Quanto uma aurora boreal.

"Você é o que você come"
E eu me alimento de suas risadas,
De seus sorrisos,
De suas lágrimas,
De seus avisos,
De suas irritações
E suas depressões.

Depois vomito
Tudo o que sinto,
Tiro de mim, de forma insalubre,
Mas poética e belamente.
Aquieta a mente,
Mas é como desenformar apressadamente
Um bolo que ainda está quente.

Sinto tudo dez vezes mais,
Sejam amores
Sejam dores,
Sejam desejos,
Sejam sentimentos.

"Vívida", seria a palavra,
Mas parece que não se encaixa,
Não é adequada.
Não existo, mas sinto,
Como isso é possível?
Como eu poderia se,
Pensando em como eu experiencio,
Meu corpo não me pertenceria?

Da Alma Para Palavras- PoesiaOnde histórias criam vida. Descubra agora