Capítulo 4O

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Junho
𑁯 Inverno

੭࣪  4OTaehyung

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Taehyung

— COMO FOI A CONDICIONAL? VOCÊ SE DIVERTIU? — PERGUNTEI ASSIM QUE OLIVER foi embora. Segui Jennie até o quarto dela e cruzei os braços enquanto ela colocava a mala ao lado do armário. — O que foi?

Jennie me olhou inquieta.

— Quero que você me ajude.

Meu coração bateu mais forte.

— Deixa comigo. Confia em mim.

— Obrigada. — Desviou o olhar. — Vou guardar a roupa.

Observei como ela limpava o suor das palmas das mãos na calça jeans, como estava nervosa, a rigidez em seus ombros.

— O que quer jantar? Os presos na cadeia não têm um dia especial em que podem escolher o cardápio ou algo assim?

Ela sorriu um pouco e a tensão se dissipou.

— Vai, escolhe o menu, aproveita.

— Entre brócolis ou acelga? Hum.

— Lasanha de vegetais? Com muito queijo.

— Fechou — disse ela, e abriu a mala.

Coloquei o toca-discos e a música preencheu cada canto da casa quando comecei a cortar os legumes em pequenos pedaços. Pensei naquele “quero que você me ajude” que tinha sido quase uma súplica, imaginei a coragem e o medo misturados até o ponto de não saber onde começava um sentimento e onde terminava o outro.

— Quer ajuda?

— Sim, pega a travessa.

Acabamos cozinhando juntos, apesar de eu não ter certeza se aquilo era uma lasanha de verdade ou um mexido de vegetais, massa e uma enorme quantidade de queijo. Enquanto gratinava, limpamos a cozinha e lavamos a louça; eu ensaboava e ela enxaguava.

Jantamos em silêncio na varanda.

Quando terminamos, entrei para pegar caneta e papel.

— Esse é o plano. Vamos fazer várias coisas durante este mês. Coisas novas. Ou coisas que provoquem sensações. Outro dia estava pensando nas pessoas que vivem um pouco no piloto automático, sem muita consciência do que estão fazendo, sabe de que tipo de pessoas estou falando?

Jennie concordou com a cabeça, devagar.

— Então, estava pensando nisso... se é possível que a gente se esqueça de ser feliz, se de repente, em uma manhã qualquer, a gente pode olhar para trás e perceber que está há anos insatisfeito, vazio.

— Pode ser, acho.

— Fiquei pensando sobre como seria se isso acontecesse comigo. Que coisas me fariam lembrar daquela sensação de plenitude. E, sei lá, me vieram à cabeça as coisas mais cotidianas, e as mais esquisitas também. Como comer espaguete, por exemplo. — Ela começou a rir, e eu me deixei levar por aquele som; tão vibrante, tão vivo. — Sério, cacete, comer é um prazer. E me arrependo de todas as vezes que terminei um prato quase sem saboreá-lo, porque acho que agora, tendo consciência, eu realmente o apreciaria. Para de rir, queri...

Tudo o que nunca fomos  𑁯 𝐉𝐍𝐊 + 𝐊𝐓𝐇Onde histórias criam vida. Descubra agora