Capítulo 19

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15 estrelas e 10 comentários, e eu posto outro. Mas só posto quando bater a meta, e vocês conseguem muito bem. Qualquer erro, me avisem.
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Pov: Miranda

Senti o vento frio passar pelo meu corpo e a falta do calor humano que me aqueceu a noite inteira. Ainda de olhos fechados, passei as mãos sobre a cama e não encontrei ninguém ali. Sentei na cama e abri os olhos, me arrependendo logo em seguida. A claridade me atingiu, e me xinguei mentalmente por ter aberto os olhos desse jeito. Bufei.

Ela não tinha o direito de me deixar sozinha ali, poderia ter me acordado pelo menos.

[...]

Meu mau humor naquela manhã estava péssimo, e todos pareciam perceber que algo havia acontecido. Tomei o café da manhã com puro ódio, além de ficar cara a cara com minha namorada que me ignorava a cada instante. Ao menos olhar em meus olhos ela estava olhando, o que me fazia bufar a todo instante.

[...]

Andrea e Sam foram passear na cidade depois do café da manhã, e já fazia algum tempo. Sentei no sofá e cruzei os braços, irritada por não ter a atenção desejada da minha namorada. Já faziam horas e elas não haviam voltado ainda.

— Filha? — Olhei para o lado onde meu pai estava nos degraus da escada. — Aconteceu alguma coisa? Percebi que está assim desde que acordou hoje cedo. — Caminhou até mim e sentou ao meu lado no sofá. — Quer me contar?

— É complicado... — Suspirei.

— Não é você que está complicando as coisas? É alguma coisa com a menina Andrea?

Desviei o olhar.

— Percebi isso no café da manhã, ela te ignorando, e bem... vocês não sabem disfarçar nada. — Meu pai negou com um sorriso no rosto.

— Não temos nada.

— Eu não falei que tinham, Miranda. — Sorriu de lado.

— Não temos nada? — A voz de Andrea tirou minha atenção do meu pai e focou totalmente nela, ali parada no começo da sala.

— Não foi isso que eu quis dizer. — Levantei apressadamente.

— Foi exatamente o que você disse, Miranda. — Trincou o maxilar.

Ela se dirigiu até às escadas e subiu as mesmas com rapidez.

— Andrea... amor, por favor. — Tentei segui-la.

— Mancada, mãe, que mancada. — Olhei para Samantha, que negou com a cabeça. Ela seguiu a amiga.

— Tinha medo da nossa reprovação em relação à menina Andrea? — Minha mãe chegou na sala.

— Não era medo, era insegurança. Você não parava de falar do Mat, deu a entender que queria me jogar para ele. E se eu contasse que já tinha outra pessoa?

— Se tivesse me informado que estava em compromisso com alguém, eu não teria dado essa impressão. — Minha mãe deu de ombros. — Agora vá, vá resolver as coisas com a menina.

Ela se retirou junto com meu pai. Subi aquelas escadas depressa, indo até o quarto de Andrea. Cheguei perto da porta e escutei um pouco da conversa dela com minha filha.

— Ela não falou aquilo por mal, ela estava com medo da reação de meus avós. — Andrea não falou nada. — Entenda, Andy, minha mãe é uma mulher reservada. Ela deve ter ficado com receio, ainda mais com minha avó jogando aquele cara para cima da minha mãe. — Mais uma vez, Andrea ficou em silêncio.

Dei duas batidas na porta e escutei um "entra" provavelmente de minha filha.

— Vou deixar vocês sozinhas. — Caminhou até a porta e antes de sair, sussurrou: — Resolva isso.

A mãe da minha melhor amiga - Adaptação Onde histórias criam vida. Descubra agora