Montanhas distantes flutuavam no céu como cidades encantadas, e muitas vezes todo aquele mundo branco se dissolvia em terra dourada, prateada e escarlate de sonhos dunsanianos e expectativa de aventura sob a magia do sol da meia-noite.
Como geólogo meu objetivo como líder é explorar essa ilha deserta e misteriosa junto da minha equipe. Trouxemos alguns cachorros de caça para nos ajudar.
O mundo lá fora não sabia dessa expedição, iremos fazer uma matéria sobre o que encontrarmos aqui, talvez ossadas de seres primitivos ou algo desconhecido? Não sei.Chegamos em terra firme e montamos nossa base em um canto aparentemente seguro da ilha, como já está tarde iremos começar a expedição amanhã cedo. Então, vamos apenas descansar dessa cansativa viagem.
06:00 da manhã do dia seguinte, exploramos uma boa parte da ilha e encontramos certos fragmentos de esqueleto de grandes sáurios terrestres, marinhos e mamíferos primitivos, nada de muito diferente, porém interessante.Logo depois encontrei um fragmento peculiar de esteatita com uns quinze centímetros de largura por quatro de espessura, totalmente diferente de outros vistos, porém sem evidências de um período.
E ai Leo algo de diferente? - Pergunto sem muita animação.
Jacob! E aí, por enquanto nada. Só aqueles fósseis de mais cedo, nada demais.
Ah certo! Qualquer novidade me avise, por favor.
Claro! Assim que tiver irei avisar, iremos olhar a grande montanha da ilha amanhã.
Ah claro aquela montanha, estamos em pleno começo de fim de outono nessa expedição, e lá em cima parece estar bem frio.
Estou curioso para explorar lá, não vejo a hora. Porém tem que terminar de olhar aqui primeiro.
Sim, também estou curioso.
Mas ainda falta metade do lado direito da floresta. - Quando eu ia falar algo alguém chama Leo.Enfim tenho que ir, nos vemos mais tarde Jacob. - Ele saiu acenando e se despedindo de mim.
Até mais tarde, Leo. - Digo acenando de volta.
22:15 do mesmo dia
Estava no laboratório analisando alguns fragmentos e descobri que tem uns 2 milhões de anos, ouço alguém me gritar. Tiro minhas luvas e saio do laboratório.
Jacob! Que bom que encontrei você! Acabamos de voltar da montanha e encontramos uma espécie totalmente nova! - Leo dizia com animação, tinha brilho em seus olhos.
Que ótimo, me conte os detalhes onde encontraram exatamente? - Questionei com curiosidade.
Encontramos uma caverna bem no meio da montanha escura e gelada, e resolvemos dar uma olhada.
Entramos com um dos cachorros, eles farejaram até começarem a latir em um lugar em específico. Completa ele animadamente.
Quando desenterraram, uma coisa diferente. Porém está no laboratório 3a.
Irei lá imediatamente! - Falou saindo dali.
Entrei no laboratório com pressa, coloquei minhas luvas e peguei a caixa onde estava o objeto. Olhei aquilo com dúvida, não tinha forma definida, parecia uma estrela do mar, porém era muito estranha, é duro como couro, mas flexível, impressionante. As extremidades do corpo são muchas, não conseguindo decidir se é um vegetal ou um animal.
Ouço latidos e rosnados altos vindo de fora, Oliver entra em desespero diz que tem algo nos cachorros estava irritado latindo pro laboratório onde estou, tivemos que perder eles ou eles ia acabar com a nova espécie.
Atualização, descobrimos que essa espécie tem um líquido espesso, acreditamos que seja o sangue, um dos meus colegas o Oscar enquanto examinava recebeu uma grande quantidade desse líquido no rosto quando o cortou com um bisturi, acabou entrando um pouco pela boca no susto mas nada de mais.
Já se passou um mês depois daquele maldito acidente, tudo virou um inferno depois que o Oscar engoliu aquilo ele não foi o mesmo. Ele ficava cada vez mais agressivo e atacava qualquer um caso discordasse das alucinações dele, ele foi encontrado em convulsão com um líquido preto saindo de sua boca.
Tentamos salvar ele, porém já era tarde ele já estava morto. Examinamos o líquido e descobrimos que era uma mistura de sangue coagulado com o sangue daquela coisa, não sabemos o que fazer outro cientista foi atacado neste surto do Oscar, esperamos que o cientista não seja o próximo a ser atacado por esse líquido.
Após 3 meses, foi tudo por água abaixo. Os que não morreram por conta do vírus, viraram monstros cegos pela fome destinados a dilacerar qualquer coisa que ver pela frente, infelizmente fui o único sobrevivente e nesse meio tempo não consegui uma cura, mas tenho anotações de medicamentos que talvez possam dar certo.
Perdi a comunicação com o mundo a fora por algum motivo meus recados não estão sendo respondidos ou nem chegaram, descobri que tem dois dias que fui infectado, eu não consigo me alimentar só carne crua, me vi na tentação de comer um dos meus companheiros durante uma experiência, como estou me recusando a comer estou perdendo a sanidade aos poucos.
Descobri também que esse monstro não resiste ao fogo então eu decidi que vou incendiar tudo, só estou tentando terminar esse maldito diário e pelo menos um pouco da cura.
Consegui, achei um canto isolado da floresta onde aquelas coisas não conseguem me achar. Irei enterrar este diário junto ao possível antídoto, tomei um relaxante e joguei o resto de gasolina que tinha reservado no acampamento.
Estou com um isqueiro na mão nesse momento pronto para incendiar tudo, e dar um fim a esse sofrimento.Terminei de enterrar dentro de uma caixa de vidro uns quatro palmos da terra, sinto minha visão escurecer e meu estômago embrulhar, maldita fome. Acendi o isqueiro com um pouco de dificuldade, estou perdendo meus movimentos, lanço-o em direção ao rastro de gasolina que fiz, sinto o calor bater em meu rosto enquanto as chamas se espalham.
Meu corpo relaxa e eu não consigo ficar mas em pé, estou tonto e minha visão fica mais embaçada, ouço os gritos daquelas coisas sendo queimadas pelas chamas e eu serei o próximo, fecho meus olhos enquanto os gritos ficam cada vez mais baixos, parecendo estar a quilômetros de mim e simplesmente perco a consciência.
Notas da autora★
Me inspirei em um livro que li só a metade
Foi : Nas montanha da loucura.
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contos de terror
TerrorEu escrevo algumas histórias de vez em quando então resolvi postar.