Desculpem a demora, espero que gostem.
Clara
Bom estar com quem amamos, não é? Confesso que foi muito difícil a minha aceitação, mas com o tempo eu consegui me entender perfeitamente. Aos 44 anos.
Esse tempo foi doloroso demais longe de Helena, porém, necessário.
Eu precisava me reencontrar e consegui!
Helena me ensinou a amar, me fez e faz sentir amada, e com isso, eu me sinto a mulher mais feliz do mundo.
Helena ainda não estava morando comigo, por enquanto. Embora eu insistisse.
Era tão bonito ver seu cuidado comigo. Há pouco tempo acabei quebrando o braço, e Helena não me deixava fazer absolutamente nada! Não me deixava nem pegar um copo de água, e quando ela me via boba por ela, corava de forma tão fofa.
Ela era encantadora, sua forma de me olhar, de me tocar, me fazia amá-la cada dia mais! Helena parecia um anjo, com aquela aura de paz que ela transmitia e que me acalmava.
Eu amava quando seu sorriso aumentava com qualquer gesto meu, como o dia em que eu a pedi em namoro. Embora ela chorasse muito, pude ver seu sorriso encantador.
Nas quartas Helena ficava de folga e costumávamos ficar na minha casa ou até na dela mesma. E quando anoitecia, às vezes bebíamos vinho, e vez ou outra Helena um pouco alterada pelo álcool me chamava para dançar músicas da sua playlist. Em alguns momentos ela me rodopiava e quando eu voltava para seus braços ela me beijava com ternura. Muitos desses momentos fomos parar na cama.
Esses últimos meses estavam sendo perfeitos.
[...]
- amor? - Helena me chamou, ela tinha acabado de chegar do trabalho.
‐ Oi, meu bem! - gritei da cozinha - Já chegou? Como foi seu dia? - veio em minha direção beijando calmamente minha bochecha.
- Foi tranquilo, e o seu? - indagou se mostrando curiosa.
- Nada muito interessante, mas que bom que chegou cedo! - falei animada.
- Sim, um aluno meu desmarcou então vim direto pra cá. O que você está preparando? - perguntou, abraçando-me por trás e colocando seu queixo em meu ombro direito.
- O prato que nós vimos na TV. - falei animada.
- Hmm, o cheiro está maravilhoso! - elogiou.
- Que bom que gostou; que tal você ir tomar um banho? Quando você sair já estará pronto. - pedi, me virando para ela.
- Por acaso está me chamando de fedida, senhorita Albuquerque? - perguntou.
- Claro que não, meu amor. Mas acho que você precisa - acabei rindo e abracei sua cintura.
- Tá bom então; vou lá e já volto. - Falou quase se desvencilhando de mim.
- Calma! - pedi e ela me olhou confusa - Me dá um beijo antes. - ela sorriu para mim.
- Nem precisa falar de novo! - colou-se mais ao meu corpo e me beijou intensamente. - Agora eu vou. - deu-me o último selinho e foi em direção ao meu quarto.
O jantar correu bem entre conversas e muitos carinhos; Helena se propôs a lavar as louças enquanto eu as enxugava.
- Amor? - chamei-a
- Oi?
- O que você acha de assistirmos um filme?
- Pode ser, meu bem. Qual você quer assistir? - perguntou.
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Nós.
Romancefic sobre o casal Clara Albuquerque e Helena Weinberg de vai na fé. irei postar uma vez por semana. espero que gostem!