Capítulo 20

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Qualquer erro, me avisem.

Pov: Andrea

— Tá, você pode me explicar por que a platinada dos olhos claros está querendo me matar com os olhos? — Sky perguntou e olhou de relance para trás. — Olha, não sei se ela quer me comer ou me matar, mas só para avisar a ela que eu sou muito bem comprometida.

Ri do diálogo da menina.

Sky era o tipo de menina que tinha um parafuso a menos, mas muito gentil, linda e engraçada, sempre me fazendo rir de suas brincadeiras e piadas e coisas que ela fala. Com certeza, queria ela como amiga.

— Miranda é minha namorada. — Falei e continuamos a andar pela trilha até o lago.

— Então realmente ela quer me matar. Céus, eu sou muito nova para morrer por causa de ciúmes.

— Fica tranquila que ela só tem cara de brava.

— E por que estão tão distantes assim? Brigaram? — Fez uma careta engraçada.

— É, mais ou menos isso, é complicado.

— Vamos lá, eu sou uma boa ouvinte. — Fez um gesto com as mãos para eu prosseguir.

— Samantha é filha de Miranda. — A boca da menina se abriu em um "o" perfeito.

— Então você é madrasta da Sam?

— Que? Não, eu sou muito nova para ser madrasta da minha melhor amiga. Vamos deixar assim, tá de bom tamanho ela ser minha BFF. — Disse e rimos um pouco. — Como pode ver, Miranda e eu temos uma diferença de idade gritante, quase uma vida. — Suspirei e olhei para trás escutando um "Você devia ir a Paris comigo...". Revirei os olhos e voltei a falar. — Tivemos um desentendimento hoje mais cedo. Miranda ficou insegura sobre falar da gente para os pais dela. — Suspirei.

— Entendo, aí você ficou chateada porque ela não quis falar?

— Quase isso, ela disse que não tínhamos nada na frente do pai... — torci os lábios.

— Oh, acho que já vi essa história antes. — Vagou os olhos pela bela floresta ao nosso redor, se perdendo em memória. — Carol é três anos mais nova que eu. Nosso começo de namoro não foi tão bem assim, por conta das famílias, sabe? Bem mais por parte da família dela, porém eu também tinha medo de contar para meus pais que estava namorando uma mulher ainda mais nova que eu. Tudo bem que 3 anos não é tanto assim comparado com a idade de vocês, mesmo assim eu tinha essa insegurança, o que eles iriam pensar, como iriam reagir. — Ela passou a mão e agarrou minha cintura por trás, e eu passei meu braço pelo seu ombro. — A gente quase terminou por conta disso, ficamos um tempo afastadas após ela pegar uma conversa minha com minha mãe, onde ela me questionava sobre o meu relacionamento com Carol. Eu neguei tudo, aí já viu, ela ficou com raiva por eu não ter falado sobre a gente. Foram os piores 5 dias da minha vida, sem ao menos uma notícia dela, nem uma ligação minha ela atendia. Mas aí eu não desisti, fui lá e fiz o que eu tinha que fazer, não deixei minhas inseguranças bobas atrapalharem minha vida. Conversamos muito e ela me entendeu.

— Isso é muito lindo.

— Eu só quero dizer que pense bem, Miranda agiu sim errado, mas ela teve seus motivos pra agir assim. — Eu apenas concordei com a cabeça.

Miranda realmente havia me magoado, mas um tempo sozinha e a conversa que tive com Sky me fizeram repensar tudo isso, e eu não aguentaria ficar 5 dias sem ao menos falar com minha namorada.

Pelos 20 minutos restantes da caminhada até o lago, Sky me falou da sua namorada e da viagem que fizeram no Natal passado, o que foi uma comédia de escutar, imagina ter visto isso.

Tirei toda a parte de cima da roupa e fiquei apenas com a sunga e a parte de cima do biquíni. Corri junto de todos, tirando Miranda, até a água. Estava gelada, mas isso não foi problema para dar um mergulho.

Apareci na superfície, Matteo, ou para os mais chegados Mat, estava se aproximando. Tivemos uma conversa bem esclarecedora, ele me informou que é gay e que não tinha nenhum interesse romântico em minha namorada, "mesmo ela sendo uma bela gostosa", tive que concordar.

Dei dois tapinhas nas suas costas quando escutei o mesmo gritar em direção a minha namorada.

— Toma cuidado se não roubo sua namorada. — De onde estava sentada, Miranda apenas levantou o dedo do meio para o amigo, o que fez a gente gargalhar.

Sky se aproximou e começou a puxar um papo, já que o casal sensação estava se pegando do outro lado. Só que uma certa platinada de biquíni me chamou mais atenção. Porra, que mulher gostosa.

Droga, Miranda.

A mesma andou em direção da água e entrou. Quando a água batia em sua cintura, ela mergulhou. Passou um tempo embaixo d'água e surgiu na superfície.

Tudo ficou em câmera lenta. Ela surgiu na superfície, algumas gotas de água caindo lentamente do seu corpo. Ela passou a mão nos olhos retirando os resquícios de água e depois passou as mãos para o cabelo. Eu era completamente apaixonada por todas as curvas e detalhes daquela mulher.

— Olha a baba. — Escutei a voz de Sky e a gargalhada de Matteo.

Revirei os olhos e afundei na água. O mais rápido que pude, nadei até ficar mais próxima da platinada. Surgi atrás dela e vi que a mesma me procurava com o olhar.

— Por que não disse que seu amigo era gay? — Sussurrei no seu ouvido e vi a mesma dar um pulinho para frente e logo em seguida, com a mão sobre o peito, olhar para trás.

— Porra! — Sorri de lado. — Não tive a oportunidade. E aliás, o que ele te falou? — Arqueou a sobrancelha, a famosa pose Priestly que me tirava o chão.

— Falou que não precisava se preocupar em relação a você porque ele gosta do que eu tenho entre as pernas.

Abriu a boca em um perfeito "O" e me olhou de cima a baixo para logo fechar os olhos. Sorri malandra.

— Me desculpa. — Torceu a boca. — Eu não deveria ter falado aquilo para meu pai. — Não deveria mesmo, mas já passou, bola para frente.

— Tudo bem.

— Sério? — Assenti. — Então fala que me desculpa. — Revirei os olhos.

— Tudo bem, Miranda. Eu entendo que você ficou insegura em relação aos seus pais, e te desculpo.

— Obrigada, baby. — Ela abraçou meu pescoço e deixou um beijo no canto da minha boca. — E o que você falava tanto com aquela menina? — Arqueou a sobrancelha.

Senti minhas pernas bambas.

— Ela tava falando que se eu não tivesse namorada, ela me pegava. — Brinquei e a mesma me olhou incrédula.

— Andrea. — Falou para logo em seguida me dar um tapa no braço. Fiz uma careta e tentei não rir.

— Ok, ok. — Me esforcei para não rir mais. — Ela estava me falando da namorada dela.

— Verdade?

— Verdade, verdadeira.

— E por esse motivo estavam rindo? — Diminuiu os olhos para mim.

— Exatamente, ela estava me contando uma viagem que fez com a namorada e foi uma comédia. — Passei as mãos pela sua cintura.

— Tudo bem. — Sorri de lado e a ideia veio na mente.

Agarrei sua cintura e afundei com ela na água. Abri meus olhos e, com a visão turva, vi ela sorrir para mim. Dei um selinho rápido na mesma e subimos à superfície para recuperar o fôlego.

A mãe da minha melhor amiga - Adaptação Onde histórias criam vida. Descubra agora