━━━ menina da mala sem alça

31 2 10
                                    

KARINA ESTAVA ATRASADA PARA O ALMOÇO em família que iria ter e tinha completamente se esquecido. Estava de férias e estava as passando em Jeju, sua cidade natal, assim para ficar perto da sua família e finalmente comparecer nos diversos almoços em família assim como convívios que ela raramente podia devido ao seu trabalho.


Caminhando às pressas após passar um tempo na praia para apanhar banhos de sol, ela praticamente corria para o carro que se encontrava um pouco longe, enfiando as coisas dentro do porta malas e rapidamente entrando no carro, dando partida, ignorando uma pessoa que achou-a completamente doida enquanto corria a estrada fora com algo na mão, mas Karina não conseguiu ver por conta da pressa que continha.

Essa pessoa em questão que Karina deduziu como doidinha, tinha corrido atrás dela por conta da sua mala. Karina, sem perceber, acabou perdendo sua mala sem nem notar, por conta de não ter alça, percebendo somente quando estava já em casa dos seus familiares e não achava a mala.

— Não faz um mês que eu paguei o celular! — Ela reclamava consigo mesmo enquanto vasculhava dentro do carro, mas acabou indo até dentro de casa e perguntou se por acaso eles não tinham visto sua mala sem alça, pois ela poderia ter levado ali para dentro ou sequer ter levado-a para a praia, já que em nenhum momento ela mexeu no celular, apenas olhou sua agenda por um instante e olhou as horas no seu relógio de ponteiros.

— Calma, ela deve estar por aqui. — Sua mãe diz, mas Karina não estava calma, e nunca iria estar. 

Estava até com vontade de chorar. Não fazia nem um mês que tinha pago o celular e agora poderia bem estar nas mãos erradas fazendo o que lhe bem apetecesse pois a senha de Karina era tão fácil que até um bebé conseguiria desbloquear.

Enquanto isso, a pessoa que ela tinha deduzido de doida após sair do estacionamento tinha ido rapidamente para casa, desesperada, procurando alguém da sua família, encontrando apenas seu pai e seu tio se matando num jogo qualquer da playstation.

— Onde está a mãe? — Ela rapidamente pergunta, em meio de arfadas derivadas do cansaço de correr até casa assim que perdeu a "menina da mala sem alça" — nome que a apelidou — de vista. 

— Ela falou português? — Quando o tio perguntou tal coisa, o pai da garota rapidamente se levantou, pois quando a filha falava em português para ele, era porque era uma urgência, seja lá o que lá tivesse falado. Normalmente, quando ela falava português para o pai sendo que ele não sabia, algo tinha acontecido e a filha precisava urgentemente dele. Se não fosse agora pelo seu tio, seu pai sequer tinha percebido a filha falando a língua nativa da esposa.

— Meu deus, o que houve, calma, não me diga que chutou mais um hetero top.

— Não. Você acha mesmo que eu sou a mãe? Chuto nem meu pai quando ele merece. — O pai apenas a encarou com uma sobrancelha arqueada. A filha levando a mala sem alça, vendo a expressão do pai mudar.

— Filha, por favor, a expressão da mãe é completamente de bandido! Se achou, tem que entregar para não ser preso caso descubram! Ai pelo amor de Deus, minha filha vai presa!

— Jung Wooyoung! — A filha fala o nome completo do pai, quase chutando ele sendo que nem o próprio pai chuta quando precisa se chutar apra ele acordar para a vida, e naquele momento, parecia mais do que necessário. — Eu quero ajuda para encontrar a menina! Ela saiu correndo da praia quando eu estava olhando para ela porque eu sou que nem você e fico olhando tudo o que tem peito!

— Não fala isso perto de alguém que com certeza vai falar para a sua mãe! — Tenta reeprender a filha.

— É tal pai, tal filha. — O tio diz, batendo com a mão na testa. — Giselle, já tentou ver se tem algo que remeta à identidade da garota? Porque assim, eu sou o mais burro aqui, mas eu penso melhor que vocês dois juntos.

Mala sem alça | karina, giselleWhere stories live. Discover now