Capítulo 9 [FIM DO ATO I]

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Acordei na manhã seguinte sem Dante nos braços, ele havia ido pra casa pelo que constava o bilhetinho que havia deixado. Ele ainda contava que estava cheio de serviço do trabalho pra fazer, então não fiz nenhuma objeção.

Ele deixou café pronto e um chip pré pago com dez reais de recarga em cima da mesa. Que homem sensacional.

Procurei a caixinha do meu celular pra pegar a chave para a retirada dos chips, coloquei o chip novo nele, configurei o celular e fiquei suave enquanto duplicava o Whatsapp pra poder acessar de outra conta.

Enquanto eu fazia isso, fui mandando mensagem pra Dante.

"Ei, será que você pode me passar o numero do namorado da Jéssica?", Dante deveria estar com o celular na mão, porque ele logo respondeu.

"+55 21 65642-9874", quem colocava o código do país ao passar um número pra uma pessoa? Ok, Dante deveria entrar em contato com gente do exterior usando o trabalho dele.

Provavelmente uns russos.

Salvei o contato, abri o Whatsapp do meu novo chip e mandei um "Bom dia" seguido das fotos. Não ia mandar os prints porque aí ficaria claro que a gente invadiu o celular dela, ela formataria o aparelho a gente perderia nossa pequena joia.

"Missão dada é missão cumprida" eu mandei uma mensagem pra Dante e fui na maior calma do universo tomar meu café.

***

Segunda-feira.

Jéssica tirou o arroba do namorado da bio.

Apagou as fotos com ele do Instagram.

Uma vitória pra mim, mas meu coração ainda sim doía bastante. O que eu ganhei com aquilo?

Já diria o Seu Madruga do Chaves "A vingança nunca é plena, mata a alma e a envenena", Dante me mandou uma foto de um print da tela do celular de Jéssica.

O wallpaper dela naquele momento era uma foto do filme La La Land, no lugar do que antes costumava ser uma foto dos dois.

Depois ele me enviou uma gravação de tela do que seria uma conversa de Jéssica com sua melhor amiga.

"Jéssica: Ele descobriu, mana.

Carla: Como?

Jéssica: Alguém tirou uma foto nossa na Casa da Luz sábado e mandou pra ele num whatsapp anônimo

Carla: Como você está se sentindo, amiga?

Jéssica: Eu errei né, assim como eu errei em vários momentos da minha vida, isso era algo que eu fazia com certa frequência..."

Acho que ela se referia ao fato de trair os namorados, ela deve ter feito isso com todos.

"Jéssica: ...Eu achei que eu era invencível, mas eu não sou.

Carla: Você não pretende descobrir quem foi não?

Jéssica: Muito trabalho, muita grana. Melhor deixar pra lá. Homem tem um monte por aí, mas que essa doeu, ah se doeu."

Eu queria gritar de raiva, por mais que eu tivesse me sentido mal por ter feito aquela coisa horrível, eu queria resultado! Eu queria que algo acontecesse com ela.

Ela era pior do que eu imaginava, era fria, distante, não amava ninguém, nem o próprio namorado.

Ele era só mais um.

Bom, pelo menos ela se provou madura o suficiente para saber que não é invencível e que ela errou.

Mais do que eu esperava até.

Ok, talvez eu tenha uma ideia meio fodida dela? Talvez.

Então por isso naquele momento eu entoei em plenos pulmões: Mudança de planos!

Era hora de eu pensar em outra forma de agir com a Jéssica. É aquela coisa, se não se pode contra seu inimigo, una-se a ele!

***

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Stalker - ATO I [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora