Capítulo 27

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Não cheguei sequer a dar um passo, Alan segurou meu braço me mantendo no lugar.

"Vai atrás daquele idiota do barman? Foi ele que te mandou mensagem?"

Tentei me soltar, mas não consegui.

"Pode me soltar, por favor, delegado?"

"Não, a gente vai conversar."

"Não tenho nada para falar com você agora."

Alan se aproximou me fazendo encostar na parede novamente, olhei para ele tentando entender o que estava acontecendo.

"Alan... Qual é o problema? Pode me soltar?"

"Estou cansado, esse é o problema."

Ele não parecia estar bêbado, tentei empurrá-lo, mas sequer sai do lugar.

"Alan, presta atenção. Você precisa se afastar."

"Você está linda, sabia? Você se vestiu assim para ele? Para aquele barman de quinta? Eu vi ele te tocando, tentando te beijar..."

Alan ergueu a mão passando pela minha face e tocou meus lábios. Eu estava assustada com toda essa aproximação e atitude do delegado, ele só podia estar bêbado, sim, era a única explicação para isso.

"Alan, por favor..."

"Eu estou cansado de ser o bonzinho." ele se inclinou, colocando o rosto na curva do meu pescoço.

"Você precisa me soltar."

Olhei para o lado procurando alguém que pudesse me tirar daquela situação, mas eu só compliquei tudo tendo me afastado tanto do bar. Empurrei Alan mais uma vez, com a esperança que ele me soltasse. O delegado começou a beijar meu pescoço e senti sua mão na minha cintura me pressionando.

"Talvez assim você me note."

Ele disse me olhando. Alan então me beijou, era um beijo tão desesperado que sequer tive tempo de fazer qualquer coisa. Seu corpo me pressionava cada vez mais contra parede e sentia suas mãos descendo e apertando minhas coxas desnudas pela saia. Suas mãos eram pesadas e gemi de dor, ele aproveitou para invadir minha boca e prolongar aquele beijo. Ele estava nervoso e faminto e me sentia sendo devorada por aquele homem na minha frente, suas mãos não tinham controle e eu tinha certeza que minha pele estava marcada pelos seus dedos. Senti ele tentando erguer minha saia e disse não entre seus lábios, ele apenas me mordeu de leve dando um sorriso e descendo seus beijos raivosos para meu pescoço.

"Alan... por favor..."

Ele me pegou no colo e subiu suas mãos para dentro da minha saia. Não era possível, ele não iria... Senti seus dedos desesperados empurrando o tecido colante da saia para cima.

"Alan... não..."

Eu arfava dizendo seu nome e isso parecia só estimulá-lo cada vez mais. Aquilo era errado, por mais que meu corpo estivesse correspondendo aos seus toques, o que eu atribuía ao efeito do álcool, minha mente enevoada só gritava bem distante para fugir daquela situação. Ele voltou a me beijar e desta vez gemi alto quando senti sua mão no meio das minhas pernas me tocando.

Aquilo estava saindo do controle e eu não sabia o que fazer para sair daquela situação. Quando percebi, minhas mãos foram de encontro aos seus ombros largos e o puxei para mim, enquanto sentia minhas pernas ficarem moles. O delegado segurou minha cintura com uma das mãos me mantendo no lugar enquanto a outra continuava me torturando, me fazendo gemer em seus lábios.

Eu não aguentava mais, meus sentidos estavam todos aflorados, sentia meu corpo ficar quente, Alan continuava firme e sem piedade... cada vez... mais profundo, cada vez mais rápido. Fechei meus olhos com força e tentei inútilmente fechar minhas pernas, mas era tarde demais.

Minha voz saiu rouca e o abracei com força escondendo meu rosto em seu pescoço, enquanto gemia abafado. Ele sorria, sentia o maldito do delegado sorrindo.

"Vamos para casa."

Alan Bloomgate falou sério, assumindo um tom profissional e se afastando enquanto me olhava nos olhos.

"O que? Não!"

Disse tentando me afastar. Mas o delegado simplesmente me pegou no colo.

"Preciso tirar essa maldita saia de você."

Disse por fim, me colocando dentro do carro dele e assumindo o volante logo em seguida.

***

Após o Fim - DuskwoodOnde histórias criam vida. Descubra agora