Eu te amei, por mais de mil anos

☆|Chapter 1|☆

Dizem que quando você se apaixona, é algo maravilhoso e o sentimento é muito bom.

De fato. O sentimento é ótimo e muito revigorante!!. Mais eles se esquecem de explicar, que para você amar também, você precisa ser amado de volta.

Eu me lembro de todas as minhas vidas passadas. Todas mesmo.

Eu já nasci como homem e mulher, e também me lembro do início, quando o mundo começou a ter um segundo gênero.

Me recordo de minha primeira vida, nasci como um homem ômega, eu era um simples plebeu. Morava em uma pequena vila de aldeões, pobres, porém felizes!!

A vila infelizmente foi palco de guerra, os aldeões que habitava a pequena vila, teve que abandonar suas cabanas, que chamavam de lar, e entre aqueles aldeões estava eu.

Em minha primeira vida, eu fui órfão de pai, e não muito tempo depois órfã de mãe..... Meu pai, quando descobriu a gravidez de minha mãe, ele simplesmente sumiu. Minha mãe engravidou jovem, e eles não tinham recursos para alimentar ou cuidar de uma criança.

Eram jovens e imaturos, como naquele tempo não existia hospital e médico era "coisa" de rico, minha mãe me teve em uma noite de lua cheia. Na época o povo acreditava muito em boatos, e em histórias fantasiosas. Por minha mãe entrar em trabalho de parto, no meio da noite de lua cheia, a parteira da vila não quis ajudar minha mãe. E ninguém se manifestou para ajudar minha mãe com seu trabalho de parto.

A vila era escondida, e era dentro da floresta, existia um boato que dizia, que na noite de lua cheia, os lobos casam em bando e os machos tinham sede de sangue. Por isso todos na vila, em noites de lua cheia, ficavam em suas cabanas ou em suas casas feitas de barro, e não saiam por nada.

Nasci na noite de lua cheia, minha mãe me teve sozinha, porém infelizmente ela não viveu por muito tempo, já que ela havia perdido muito sangue na hora do parto.

Os aldeões com peso na consciência, cuidaram de mim, porém ao mesmo tempo me desprezavam.

Eu era um ômega, e não sabia o que era um "ômega", nem mesmo os aldeões da vila sabiam, por isso eu era desprezado. Falavam que eu havia nascido assim, por conta do pecado de minha mãe, e se ela não tivesse "insistido" em me ter na noite de lua cheia, eu não nasceria teria nascido "assim".

Os aldeões, eram ignorantes em relação ao segundo gênero. Eles não tinham estudos afinal.

Mesmo humilhando minha falecida mãe, eles "cuidavam" de mim, eles dividiam suas comidas comigo, por remorso. E eu era excluído, não podia me relacionar com as outras crianças.

Me chamavam de monstro, e que eu havia nascido como um pecador, já que eu tinha períodos de calor, eles me chamavam de besta e etc.

Um certo dia, uma guerra eclodiu, e pegou nossa vila, tivemos que abandonar a vila e sair dali caso o contrário morreriamos na guerra.

Fui deixado para trás por todos, mais por sorte consegui sair dali e fui parar em uma cidade. Eu nunca havia saído da vila, e era minha primeira vez vendo casas feitas de tijolos e casas bem feitas.

Quando cheguei na vila, passei a dormir nas ruas, porém logo fui salvo por uma velha cortesã, não lembro que idade tinha, mais estava por volta da minha adolescência e não tinha entrado em minha idade adulta ainda.