Vitória

Único

Essa fanfiction é uma coautoria entre mim e a @RobertaVerso, essa linda!

Notas iniciais: Esse é um presente nosso pra vocês por tanto empenho e engajamento em ajudar o Amaury a ganhar o carrinho deles!

Esperamos que gostem e boa leitura! ✨

🚗🚗

Diego tinha acabado de gravar mais uma publi para a Trident e agora se distraía reassistindo as apresentações vitoriosas de Amaury no Twitter. Ele era mesmo incrível, pensou, com um grande e orgulhoso sorriso no rosto. Em todos aqueles meses trabalhando juntos na novela, ele sempre fingira que não sabia dançar e rebolava todo duro quando Diego o chamava para gravar algum conteúdo. Mas logo percebeu que ele só fazia isso para poder ser ensinado com mais afinco. E Diego tinha sido um professor bastante dedicado.

A maneira como ele se movia no palco era mágica. Achava que nada poderia superar a apresentação de dança contemporânea (e tinha deixado isso claro ao mandar inúmeros áudios apenas gritando, sem conseguir se expressar com palavras no domingo anterior. Ele respondeu imediatamente, um milagre, com uma chamada de vídeo que durou quase uma hora), mas vê-lo no samba sacudiu Diego de uma forma totalmente diferente. Trouxe memórias da noite inesquecível que passaram na Sapucaí. Viu alguns comentários a respeito na timeline mas nenhum fã sabia o que de fato tinha acontecido, como tinha sido especial assistir seu primeiro desfile de escolas de samba ao lado dele.

O tango também tinha sido um espetáculo. Camila e ele realmente tinham uma sintonia linda de ver! Lembrou de ter assistido o ensaio da valsa e dela chamando-o para dançar com Amaury um pouquinho, já no final (e a mente de Diego não fabricou nenhum outro cenário onde eles valsavam, não mesmo, claro que não).

Mas tinha que se desmontar agora pois tinha outras coisas para fazer e não podia passar horas vendo Amaury dançar, embora vontade não faltasse. Decidiu abrir uma live enquanto se desmontava, já fazia um tempo que não fazia uma. Colocou o telefone de volta no suporte, pegou o frasco de demaquilante e um pacote de discos de algodão, ligou a ring light e iniciou a transmissão.

— Oi, gente! Vamos desmontar?

Em minutos, diversas pessoas entraram e começaram a conversar com ele, perguntando sobre o musical, sobre o próximo lançamento, o show de agosto e claro, perguntando sobre Amaury. Respondeu às perguntas mais simples (se sentia saudades, se os planos para novos projetos juntos ainda estavam de pé) e ignorou as mais diretas. Seu relacionamento com Amaury não era público, então evitava falar sobre, mesmo que sentisse vontade às vezes de ir "mijar" nas fotos que ele costumava postar no Instagram para marcar território.

Viu uma fã perguntar se ele tinha visto o comentário que Amaury tinha deixado num reels sobre Priscilla, dizendo que o admirava.

— Vi sim. Não respondi lá, mas mandei mensagem para ele agradecendo. Inclusive, eu não comento muito nas postagens dele sobre o Dança, mas a gente sempre se fala depois das apresentações, eu dou os parabéns sempre. Ele e a Camila tão arrasando, né? Lindos de ver!

E em meio à enxurrada de mensagens concordando e comentando as apresentações de Amaury, conseguiu notar uma em particular que dizia "Dá só parabéns?". Disfarçou a risada limpando a garganta enquanto começava a soltar a lace. Pensou que daria, sim, muito mais que os parabéns se estivessem no mesmo estado e estava até se programando para isso, já que iria ao Rio naquela semana a trabalho.

Comentou sobre o lançamento da próxima música, dando dicas sobre a letra e a melodia, deu algumas palhinhas a pedido do público, comentou personagens icônicos que gostaria de interpretar em potenciais remakes (Alexandre, de A Viagem, foi sugerido e Diego confessou que ia amar se acontecesse).

Já terminava de se desmontar, apenas passando uma toalha para secar o rosto, já limpo, quando tocaram a campainha. Estranhou, pois o interfone não tinha tocado.

— Calma aí, gente. Vou ver quem é que bateu aqui.

A posição que o celular estava, de frente para a parede ao lado da porta, permitia ver Diego conferindo o olho mágico e abrindo um sorriso enorme. Ele abriu a porta imediatamente e abraçou o/a visitante com força, se atirando nele/a, para o lado de fora, mas pareceu lembrar que a live ainda corria antes da pessoa entrar em sua casa.

— Gente, preciso ir! Obrigada pela conversa! Amo vocês! — disse, ignorando completamente as mensagens perguntando quem era e outras afirmando que era Amaury (embora elas não tivessem como saber que era ele de fato). Mas antes de encerrar a live, viu vários 'AAAAAAAAAA' no chat e olhou para trás para ver o próprio espiando da porta. Tratou de desligar tudo, mas aqueles poucos segundos, possivelmente desfocados e tortos, já que segurava o telefone na mão para desligar a transmissão, estariam no Twitter no próximo segundo, tinha certeza.

Bom, isso era preocupação para o Diego do futuro. O Diego do presente só queria aproveitar a presença de seu amor.

— Trouxe nosso carrinho lá do Rio pra gente dar uma volta, Pequetito. Vamos?

— Maury... — Diego estava incrédulo com a presença dele ali — O que... Como?

— Eu não prometi que ia trazer nosso carrinho pra você? — o sorriso presunçoso do preto denunciava o ar de vitória merecida.

Não só a vitória do Dança. Mas vitória em conquistar Diego mais um pouquinho para si.

Amava ver ele assim, todo mexido e incrédulo diante da entrega que Amaury dava de si naquela relação, mesmo que oculta.

— E você quer dar uma voltinha agora? — viu Amaury afirmar com a cabeça — Bora!

Apenas pegou um boné, usava muito ultimamente para ter paz, e a pessoa mais importante que devia o reconhecer já estava ali.

🚗🚗

Amaury nunca dirigiu tão rápido, apesar de cauteloso, para os braços do homem que amava.

Nunca foi pelo carrinho, mas porque precisava colar naquele corpo que sempre o incentivou, fez acreditar em si em momentos de tristeza na sua carreira, o ajudou a se consagrar como ator e ser reconhecido pelo trabalho iluminado que fazia.

Só tinha um objetivo ao vencer o Dança dos Famosos, e nunca foi o carro.

Foi porque dentro dele, podia ser ele mesmo e seu ruivo, vivendo um amor tão grande e só deles, rodando ou parados num estacionamento do McDonald's, vendo Diego sujar o rostinho de molho e ver que valeu a pena cada minuto de dedicação naquele programa.

A conquista do carro era um passo importante para que eles saíssem da escuridão e juntos...

— Di... — Olhou nos olhos do ator — Sabe como a gente faz pro carro ser nosso de verdade?

— Não, como faz, Maury? — Diego estava tão eufórico com a visita surpresa, com o cheiro do seu amor pertinho de si, com a vitória dele no Dança, que achou que viria mais uma gracinha de Amaury.

— Comunhão de bens. — Diego engoliu o que comia, quase sufocando e sentindo o coração disparar.

— O-o que você quer dizer com isso? — Sussurrou, evitando se lançar na emoção do que aquilo parecia ser.

— Quero dizer, pequetito, — chegou pertinho do homem e olhou em seus olhos — que já temos o carrinho, e agora eu quero ter contigo a nossa casinha.

Nada mais precisava ser tão claro quanto aquela proposta. Agora, ninguém precisaria dançar para conquistar aquele bem, mas juntos, podiam aproveitar uma vida todinha juntos, surtando um pouco mais o fandom quando postaram juntos, uma foto com a chave do carrinho, ao lado de uma chave de porta principal.

FIM

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Notas Finais: 15 pras 9 da manhã hoje, Roberta me manda msg me convidando pra escrevermos uma coisinha juntas, pra celebrar o Amaury e presentear vocês. Preciso dizer que tremi na base?

Digam aí o que acharam e até a próxima! ✌

Atribuições: A foto do carro utilizada na capa é de autoria de Taneli Lahtinen e está disponível para uso no Unsplash. A foto das chaves é de Maria Ziegler e tbm está no Unsplash. O efeito de polaroid é do Freepik, mas não tinha autor específico creditado.