𝖈𝖆𝖕í𝖙𝖚𝖑𝖔 𝖙𝖗𝖊𝖟𝖊

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𝐀 𝐀𝐍𝐀𝐓𝐎𝐌𝐈𝐀 𝐃𝐄 𝐓𝐎𝐌 𝐑𝐈𝐃𝐃𝐋𝐄  𝐎 𝐋𝐎𝐑𝐃𝐄 𝐃𝐀𝐒 𝐓𝐑𝐄𝐕𝐀𝐒

𝐀 𝐀𝐍𝐀𝐓𝐎𝐌𝐈𝐀 𝐃𝐄 𝐓𝐎𝐌 𝐑𝐈𝐃𝐃𝐋𝐄 – 𝐎 𝐋𝐎𝐑𝐃𝐄 𝐃𝐀𝐒 𝐓𝐑𝐄𝐕𝐀𝐒

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𝐂𝐀𝐏Í𝐓𝐔𝐋𝐎 𝐓𝐑𝐄𝐙𝐄

Tom Riddle era uma catástrofe prestes a acontecer, uma bomba com pavio curto que havia sido acesa, um ser paradoxal. Acima de tudo, Tom Riddle era um homem que tinha pouco a se gabar, especialmente aos olhos do público.

Ele cresceu em um orfanato em Londres, um prédio imundo com menos camas do que crianças, que fedia ao cheiro pútrido de desespero e sonhos despedaçados. A guerra havia alterado a paisagem efervescente da capital, com muitos prédios reduzidos a escombros e cascalhos, e trouxas perambulavam pelas avenidas imundas. As lanternas não mais zumbiam com o som estático da eletricidade, pois haviam sido desligadas para dificultar que o inimigo os localizasse do alto.

Sua infância de modo algum foi generosa com ele, pois ele adormecia ao som das sirenes de ataque aéreo ecoando pelas horas mais sombrias e das crianças chorando até dormir. Tom nunca chorava, não porque achasse que não havia nada a temer, mas porque considerava sua vida tão miserável que não se importava com ela.

Isso mudou, no entanto, quando ele descobriu seus verdadeiros talentos naquela noite fatídica. Ele sabia, mesmo na sua tenra idade, que era diferente, mas a descoberta de que possuía magia o deixou perplexo. Ele compreendeu, então, que sua vida era mais preciosa do que a dos outros, com o vigor de um bruxo pulsando em seu sangue.

E à medida que crescia, tornou-se obcecado com a mortalidade, tentando se libertar de seu domínio intimidador. Ele lutava contra o inevitável, considerando-se invencível. O auge de tudo foi quando ele descobriu sua herança.

O Herdeiro de Salazar Slytherin.

Um nome que ele guardava em segredo, ciente de que divulgá-lo poderia causar mais mal do que bem, e esperava pelo dia em que isso viria à tona, quando ele poderia se deleitar na glória de sua linhagem. Até então, ele tramava na obscuridade e, como seu nome não tinha valor, cercou-se de aliados poderosos que poderiam conectá-lo ao mundo bruxo.

No entanto, Tom fazia sua parte ao bajular a alta sociedade, escondendo seu desgosto por ter que se rebaixar diante deles. Consolava-se pensando em seu plano de longo prazo, quando eles implorariam a seus pés uma vez que ele ascendesse ao poder.

E ele sabia que seu charme fazia parte disso, sua maneira incomum com as palavras fazia as mulheres desmaiarem e os homens o admirarem, suas feições eram a mistura certa entre suavidade e dureza. Seus olhos náuticos tinham uma tempestade sempre presente, emoldurados por cílios de carvão, e havia um brilho que demonstrava uma inteligência além dos anos de Tom. Cabelos estígios repousavam sobre sua cabeça, com cachos suaves nas pontas, emoldurando seu rosto esculpido. Ele era alto, admitidamente um pouco magro, mas se portava com tanta elegância que isso nunca foi um obstáculo. Quando Tom andava com passos graciosos, cabeças se viravam. Quando Tom falava com um timbre de fumaça aveludada, ouvidos escutavam.

𝐓𝐇𝐄 𝐒𝐄𝐕𝐄𝐍 𝐃𝐄𝐕𝐈𝐋𝐒 | 𝐓𝐎𝐌 𝐑𝐈𝐃𝐃𝐋𝐄 {+𝟏𝟖}Onde histórias criam vida. Descubra agora