𝐅𝐈𝐑𝐄 𝐇𝐄𝐀𝐑𝐓 | Bloom Peters nunca imaginou que pudesse ser uma fada, um ser místico que não pertencia ao mundo que ela conhecia. Porém sua maior surpresa foi a descoberta de que ela era uma trocada, uma criança fada trocada no lugar de uma qu...
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CAPÍTULO DOIS -- a princesa.
Era de conhecimento de todo o reino que a Rainha Marion possuía um apreço por espadas, boatos corriam a quatro ventos sobre o quão destemida e corajosa a governante era. Muitos artistas escreviam poemas e músicas sobre a rainha guerreira e sua espada Wildburn - queimadura selvagem, que foi nomeada pela própria ao receber a lâmina como presente de seu pai.
Marion Flame havia sido a única filha do antigo rei, e como consequência, sua única herdeira. Nascida na capital, no castelo de Lakeburn, desde o momento em que veio ao mundo ficou claro que ela havia herdado a Chama do Dragão de seu pai. O poder ancestral da família Flame corria nas veias da filha do rei, isso nunca poderia ser contestado por ninguém. À medida que a princesa crescia cada vez mais, ela podia ser vista acompanhando o rei em suas viagens e reuniões, sempre ao seu lado como uma verdadeira herdeira, sempre ao seu lado durante visitas aos outros reinos. Para o orgulho de seu pai e o horror de sua mãe, a princesa Marion começou a adquirir grande interesse pela arte da guerra, principalmente, a arte de empunhar uma espada e um escudo utilizando uma armadura.
Muitos membros da corte poderiam concordar que em diversas vezes viram a rainha consorte discutir com sua filha por conta de suas atividades "que não cabiam a uma princesa". Mas também, todos poderiam afirmar que em todas as vezes o rei sempre intercedia em favor de sua filha.
Ao atingir a maioridade, estava claro que a princesa que a princesa precisava se casar, a saúde do rei já não era mais a mesma, e logo, sua herdeira teria de se sentar no trono. Para a felicidade de Marion, seu noivo não foi um desconhecido vindo de outro reino. Oritel vinha de uma família nobre da corte, conhecido por suas habilidades ao empunhar uma espada e em controlar o fogo. Ambos já se conheciam desde a infância e nutriam uma grande amizade, muitas vezes vistos treinando juntos. Era inegável o quão próximos os dois se tornaram à medida que cresciam, eram raros os momentos em que os dois não estavam juntos, seja dançando nos bailes, sentados um ao lado do outro durante reuniões ou andando pelos corredores lado a lado. Os olhares trocados pelos salões, os toques demorados e a proximidade dos dois jovens se tornou motivo de especulações na corte, era quase certo de que o rei os noivaria cedo ou tarde, afinal, a família de Oritel era a mais poderosa no reino depois da família real, seria uma grande jogada unir as duas linhagens. Mas para Marion, o casamento ser uma boa escolha política era apenas um bônus muito bem vindo, afinal, o amor que existia entre os dois foi o verdadeiro motivo dela ter sugerido o matrimônio ao pai.
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Um ano depois do anúncio do noivado, Marion e Oritel se casaram em uma grande cerimônia. Os dois anos que se seguiram foram alegres para o reino, e ao final do segundo ano, a princesa Marion anunciou a chegada de seu futuro herdeiro. Infelizmente, o rei faleceu antes que pudesse ter o prazer de ver sua primeira neta nascer, a princesa estava grávida de oito meses quando seu pai faleceu. A família real ficou inconsolável, a rainha viúva se retirou da corte por vontade própria após o nascimento de sua neta, voltando para o reino de Linphea onde havia nascido e crescido. Marion Flame, então foi coroada como a rainha de Domino e Oritel, seu consorte real.
