Incontáveis vezes privei-me do amor de Deus por considerar-me tão indigna e desmerecedora de tamanho favor. Meus medos, traumas por relacionamentos frustrados e fracassados faziam com que eu não me abrisse totalmente para o amor de Deus como Pai e de Jesus como Noivo. Quando olhava para dentro de mim, os meus sentimentos por Ele pareciam tão pequenos e insignificantes, enquanto o amor dEle é tão imenso e ousado. Olhava para o meu passado, meus antigos erros erguiam um véu de separação entre nós. "Como pode Ele ainda me amar?", questionava-me. Mas eu sabia que eu nunca senti um amor assim, como o que Ele tem por mim. E, ainda que o que eu tenha a oferecer sejam apenas algumas "migalhas", ele não as despreza; não me despreza. Ele aceita, Ele abraça, Ele corresponde. E, responde a essa adoração se dando por inteiro outra vez. Muitas vezes podemos considerar os nossos sentimentos por Jesus tão insignificantes. Tão efêmeros quanto as nuvens pela manhã e o orvalho da madrugada (Oseias 6:4). No entanto, devemos sempre lembrar-nos que não é sobre quem somos, e o que temos a Lhe oferecer; é sobre quem Ele é e o que Ele já entregou. Jesus é o próprio amor, e como Amor, Ele nos amou. Amou-nos primeiro; amou-nos por inteiro; amou-nos sem medo de se entregar, e sem reservas se entregou. Entretanto, Ele não apenas amou no pretérito. Ele ainda ama, e amará, com amor eterno. Ele nos amou enquanto vivíamos no pecado; amou-nos antes; amou-nos depois e nos amará para todo sempre (paráfrase do livro: Graça Abundante ao Principal dos Pecadores, John Bunyan).
