Capítulo2

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Depois de nosso casamento, nunca mais o vi, também nunca ousei sair do meu quarto. Há duas semanas acordo envergonhada com meu comportamento aquele dia, estava tão motivada pelo que ele desperta que me esqueci das circunstâncias que me trouxe até aqui. Minha família deve estar tomando providências para me resgatar até lá não permitirei que erros como aquele se repitam.

       Porque Aemond parou? Ele não espera que eu fosse intacta, e oque isso muda? Me pergunto isso todos os dias enquanto perambulo pelo quarto me distraído do tédio.

     Para que me manter presa aqui sem nenhuma utilidade, ele me trouxe para ser apenas um enfeite de quarto? Maldito Aemond.

        As servas veem apenas nas refeições, elas entram, me servem, deixam roupas limpas e vão. Não converso com ninguém, passo os dias sozinha, só com minha própria companhia, me pergunto por mais quanto tempo vou me aguentar.

        A noite chega e vou para o banho. Coloco a camisola que as servas trouxeram no jantar e me deito. A camisola é totalmente vulgar, tão transparente quanto meu vestido de casamento e mais curto. Faço uma trança única em meus cabelos, antes de me acomodar nos travesseiro e fechar os olhos.

        Sinto o vento me assoprando, abro meus olhos e me sento na cama sonolenta.

— Frio. — Digo bocejando.

        Me descubro enquanto me viro para me levantar e ir fechar a janela, mas ao toca meus pés ao chão vejo Aemond. Ele estava encostado em um móvel ao lado da porta.

— Oque faz aqui? — Pergunto paralisada.

        Ele sorri se erguendo e caminhando até a janela.

— Vim apenas ver como está, já que não sai do quarto. — Ele fecha a janela sessando o frio.
   
         Ele faz parecer que se importa, mas lembro bem das suas palavras "fácil de usar."

— Não preciso que zele tanta assim por mim, como disse, eu sou fácil.

         Ele ri enquanto se aproxima. Ele se sente a ponta da cama, e derrama seu olhar sobre mim. Seu semblante era pesado, e ele estava pálido, com certeza muito cansado. Provavelmente ele estava voando com Vhagar exercendo seu papel na guerra, e antes de descansar veio checar sua prisioneira.

— Aemond?

— Sim?

— Porque me trouxe até aqui? Não faço nada que outra mulher não faria.

      O olha dele se torna mais profundo antes de ser tirado de mim.

— Visenya, nenhuma mulher se compara a você. Trouxe oque é meu, apenas isso.

— Para que? — Me inclino buscando seu rosto, queria ver a sua expressão enquanto ele me respondia.

       Me olhando de canto e com um sorriso cruel ele responde — Me divirto brincando com você. E provocar meu tio e sobrinhos é um brinde do meu grande prêmio, que é você.

— Então, sou nada além de um prêmio, o objeto de sua diversão. — A minha voz fica cheia de sentimento — Me usa de todas as formas, até para provocar minha família. Sou como sua isca de guerra? É isso?
    Era isso que eu avia me tornado.
As lágrimas queimam meus olhos e ao poucos Aemond se torna um embaçado, minha boca se fecha para abafar os soluços, mas, com eles preços sinto que posso morrer. Aemond acabou com minha vida por puro egoísmo. Maldito. Maldito.  Agora eu era sua esposa, uma de suas peças, e apenas isso. A Visenya de semanas atrás não existia mais e isso era doloroso, ele tinha vencido, tinha me tomado por inteiro até não restar mais nada, mas não demorou para dor se tornar raiva.

Prometida a mim - Aemond Targaryen Onde histórias criam vida. Descubra agora