Miranda se olhava no espelho. Nada mais cabia nela. Estava frustrada, mas três meses já haviam se passado, e hoje elas iriam saber o sexo dos bebês. No entanto, não achava nenhuma roupa que coubesse em si. Mesmo assim, estava admirada com o quanto sua barriga havia crescido. Sabia que demoraria a voltar ao normal depois de ter os bebês.
— Está pronta, baby? — Andrea entrou no quarto e viu a namorada se olhando no espelho. Sorriu e caminhou até ela, abraçando-a por trás. — Está linda.
— Você diz isso o tempo todo. — Beijou a bochecha da namorada.
— Quer alívio? — Miranda concordou com a cabeça. Aquela barriga parecia pesar toneladas.
Andrea se posicionou melhor atrás de Miranda e passou as mãos da cintura para baixo da barriga da mesma.
— Pronta? — Miranda afirmou. — Respira. — Levantou a barriga de Miranda, e a mesma inspirou aliviada por, pelo menos, alguns segundos, não ter que carregar aquela barriga. Agradecia a namorada que tinha; sempre que podia, Andrea fazia aquilo ou, quando não estava conversando com os bebês, estava fazendo desenhos na barriga de Miranda.
Andrea soltou devagar.
— Prontinho. — Beijou a bochecha da namorada. — Por que ainda não está vestida?
— Não encontrei nada que coubesse em mim. — Suspirou e fez bico.
— Amor? — Virou a mesma de frente para si. — Quer ajuda? Eu sei de uma roupa perfeita que vai combinar.
Miranda assentiu, e a morena foi para o closet, pegando um vestido que ficava perfeito nela.
— Esse aqui.
— Eu já usei esse. Tenho que comprar mais roupa. — Fez bico. — Estou gorda. — Uma lágrima saiu de seus olhos.
— Não, não, não chore, vida. Está linda. Olha esse barrigão que carrega nossos filhos.
— Barrigão? Você me chamou de gorda? — Deu um tapa no ombro da morena. — Saia daqui, anda. Eu vou me vestir.
— Amor? — Andrea falou.
— Saia, Andrea Sachs.
Bufou e saiu pisando duro. Miranda e esses hormônios loucos.
— Um dia eu fico careca.
— O que você falou, Sachs? — Andrea arregalou os olhos.
— Que te amo!?
Miranda pegou um dos travesseiros da cama e jogou na namorada, que estava despreparada e acertou em cheio no rosto dela.
— Saia daqui, anda. — Miranda ameaçou jogar outro travesseiro. A morena correu porta afora e foi para a cozinha, pisando duro. Sentou-se à mesa, de cara emburrada.
— E esse bico, minha menina? — Pérola, que estava na cozinha, perguntou e fez a morena se assustar.
— Nada, só a Miranda e esses hormônios. Acredita que ela me jogou um travesseiro e mandou eu sair do quarto?
Duas gargalhadas foram ouvidas: uma de Sam, que estava entrando na cozinha, e a outra de Pérola.
— E o que você fez? — Pérola perguntou.
— Eu? Nada. Só estava tentando ajudar. Ela disse que estava gorda e que nenhuma roupa cabia nela, e eu disse que ela só estava com um barrigão porque estava gerando nossos filhos. — Um tapa foi acertado na cabeça da morena. — Ai, ai. — Colocou a mão atrás da cabeça.
— Ô sua tapada, por que foi falar isso?
— Ah, vai encher o saco do Papai Noel. Além de apanhar da mãe, apanhei da filha também? — Levantou-se e saiu da cozinha. — Aja paciência, meu Deus.
— Falando sozinha, filha? — Eliza, que acabara de entrar na sala, perguntou.
Iriam todas juntas para o consultório.
— Com as paredes. — Virou-se para a parede. — E aí, parça, tudo bem? Como é que vai a tinta? Tá suave ou tá precisando de uma demão?
Outro tapa foi acertado.
— Aii. — Passou a mão na cabeça. — Sou saco de pancadas agora, é?
— Me respeita, garota. Pensa que está falando com suas parceiras, é? — Outro tapa.
— Ai, ai, mama. Tudo bem, me desculpa.
— Apanhando de novo, Andrea? — Sam entrou na sala com um copo de suco.
— Pra variar, né? Eu só apanho nessa casa. — Cruzou os braços.
— Você o que, Andrea Sachs? — Miranda descia as escadas devagar.
— Eu... eu? Eu nada, falei nada, vi nada. — Levantou as mãos em rendição.
Miranda diminuiu os olhos para a morena e negou com a cabeça.
— Vamos? — Olhou para as mulheres. — Ué, cadê a Lara?
— Lara vai nos encontrar lá. — Samantha informou. Elas ainda estavam meio para lá do que para cá.
— Certo, então vamos indo.
[...]
— Então, Miranda, pronta para saber o sexo desses bebezinhos aqui? — Tocou a barriga dela.
— Sim, só um pouco nervosa.
— Um pouco? Eu estou toda tremendo. — Andrea falou, o que fez a doutora rir.
— Okay, vamos lá. — A médica pegou o aparelho, colocou o gel e começou a passar na barriga de Miranda. — Olha só que beleza. Eles não são da mesma placenta, o que significa que pode vir duas meninas ou dois meninos, ou três meninos ou uma menina, e vice-versa. — Elas concordaram. — Estão preguiçosos hoje, hein? Todos de pernas abertas, muito bem.
— Já viu?
— Já sim, são...
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A mãe da minha melhor amiga - Adaptação
Romance[Concluída (?)] E se depois de tanto tempo longe você se visse apaixonada pela mãe da sua melhor amiga? como lidaria com isso? Será que valia a pena? e a sua relação com sua amiga? ainda seria a mesma? várias perguntas sem nem uma resposta. Andrea s...