𝙄𝙈𝘼𝙂𝙄𝙉𝙀𝙎 - 𝘙𝘌𝘔𝘜𝘚 𝘓𝘜𝘗𝘐𝘕

YOU ARE THE ONE PERSON I CARE FOR, WHO I LOVE

Você não era burro. Embora você parecesse bastante alheio às aulas como estudos trouxas e adivinhação, você não era burro. Na verdade, você foi inteligente. Inteligente o suficiente para perceber o que Remus era. Além de ser o garoto mais doce, gentil e engraçado, ele era um lobisomem. Você notou, ainda no primeiro ano, o frequente desaparecimento de Remus das aulas todos os meses. No início, você acreditou na desculpa dele de visitar a mãe doente e mal olhou para as cicatrizes. Você ficou feliz o suficiente por ter um amigo que simplesmente gostava de sentar e conversar.

Na verdade, você não se importou com o fato de o garoto por quem você estava apaixonada ser um lobisomem. Quem se importa? Ele era mais do que sua “condição mensal” e, embora você nunca admitisse isso na cara dele, era seu único dever garantir que ele se sentisse confortável e amado.

Quando as bolsas sob seus olhos se tornaram mais proeminentes e suas hesitações foram mais frequentes, você sabia que o tempo estava passando em direção à lua cheia. Nos dias que antecederam, você servia uma xícara de café para ele pela manhã e passava manteiga em suas torradas antes que ele chegasse. Na primeira vez que você fez isso, Remus olhou para você com cautela, porém, o sorriso que você deu fez com que suas preocupações desaparecessem. Você percebeu como Remus gostava de seu café.

Em dias normais, Remus tomava seu café puro e escuro, mas nos dias anteriores à sua transformação, ele o queria mais doce. Você fez questão de incluir um pouco de leite e uma pitada de canela ao ver como ele bebia devagar, de olhos fechados, apreciando o sabor. Depois, quando ele desapareceu por alguns dias, você fez anotações vigorosas nas aulas. Você, realmente, não era o tipo de aluno que achava as anotações úteis e preferia ouvir e observar, no entanto, Remus precisava das anotações para estudar.

Suas mãos ficariam manchadas de tinta ao final de alguns dias e quando Remus reaparecesse com os olhos cansados, você entregaria a ele as notas detalhadas e detalhadas.

"Pensei em escrever para você algumas das coisas que fizemos na aula", você disse, colocando-as ao lado do prato dele.

"Espero ter entendido tudo, mas se você tiver alguma dúvida, pode perguntar."

Remus olhou as anotações para sua caligrafia manchada e bagunçada e sentiu uma sensação calmante tomar conta dele. Você incluiu alguns de seus próprios pensamentos nas margens e rabiscos que mostravam que, por mais que estivesse entediado, você estava focado.

"Obrigado, S/N." Remus colocou a mão em cima da sua, fazendo você ficar vermelha.

"Oh, por favor, essas notas não são nada dignas de nota." você apontou para uma mancha de tinta, "vê lá? Eu acidentalmente adormeci e a pena foi pressionada no pergaminho."

Remus riu apesar da dor nas costelas. "Eu os amo mesmo assim."

Enquanto você estava sentado na biblioteca, com a mão na dele, Remus semicerrou os olhos para as páginas. Ele soltou um suspiro frustrado e colocou a mão na testa.

"Qual é o problema?" você perguntou, colocando a mão em seu antebraço,

"Não consigo me concentrar nas malditas palavras", ele gemeu, enxugando o rosto com a palma da mão.

Você mordeu o interior da bochecha e estudou a forma como as sobrancelhas dele franziram.

"Venha comigo", você se levantou e estendeu a mão para ele. Ele olhou para você e depois para sua mão estendida e segurou-a o mais suavemente que pôde. Ele quase engasgou quando você começou a puxá-lo pela biblioteca e para o corredor. Seu ritmo era rápido e ele mal conseguia acompanhá-lo, mas a cada poucos passos você se virava para olhar para ele com um sorriso no rosto.