Capítulo 4

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ᴅᴏᴍɪɴɪᴄ ᴅ'ᴀɴɢᴇʟᴏ

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Abro a porta da minha casa, e entro, logo a fecho atrás de mim, me encosto na porta e fecho os meus olhos, respiro fundo e tento relaxar.

Foi uma longa noite, estou sentindo o meu corpo pesado, eu só preciso da merda de algum remédio que me faça dormir o resto do dia.

Respiro fundo e abro os olhos, dando de cara com a Eloá parada em minha frente me olhando, eu dou um pulo e arregalo meus olhos com o susto que levei.

- Que porra - eu falo tentando regular a minha respiração

- Seu pai estava te procurando - ela fala e passa a mão pelo meu cabelo - Aonde esteve por toda a noite? - Eloá pergunta e dá um sorriso doce

- Aonde ele está? - eu pergunto querendo me livrar de tudo e ir para o meu quarto

- Está no escritório - ela fala e eu concordo com a cabeça

Eu sigo pela sala de estar e passo no meio das escadas de madeira que dão no segundo andar da casa, viro a esquerda e entro no corredor que tem várias portas, paro na terceira porta do lado esquerdo do corredor e dou uma pequena batida na porta.

- Entre - eu escuto ele resmungar e eu abro a porta e entro em seu escritório

Quando seus olhos veem até mim, ele para de mecher em seu computador e aponta para a cadeira em sua frente, do outro lado da mesa, eu fecho a porta e caminho até a cadeira, eu a puxo para trás e em seguida eu me sento.

- Primeiro você sai sem avisar, segundo você passa a noite inteira fora, terceiro você volta fedendo a bebida e a perfume de alguma vagabunda - meu pai fala me olhando seriamente eu me encosto no encosto da cadeira e cruzo os braços

- Caso não se lembre querido pai, eu já tenho vinte e dois anos, sei cuidar muito bem de mim - eu falo e vejo meu pai suspirar fundo e fechar as mãos em punhos

- E em relação à vagabunda Dominic, sabe que se alguém vê você com uma prostituta de esquina a merda que vai dar - meu pai fala e eu dou de ombros

- Não é eles mesmos que dizem que homens precisam satisfazer suas vontades - eu falo e dou um sorriso cínico

- Porra Dominic - meu pai fala e bate as mãos na mesa - Você só me trás problemas - meu pai fala estressado

- Podia ter me colocado pra adoção quando teve a chance - eu falo enquanto dou de ombros

- Presta atenção no que irei falar - meu pai fala seriamente - Terá um baile hoje a noite em homenagem ao Fischer - ele fala e eu concordo com a cabeça

- Joseph ou Aron? - eu pergunto confuso com qual dos Fischers

- Aron, que se casou recentemente - ele fala me olhando ainda sério e com raiva

- E eles acham mesmo que o Fischer vai sair lá de San Diego pra vir parar em um baile cheio de filhos da puta - eu pergunto e dou uma risada silenciosa

- O Fischer eu não sei, mas os D'angelos irão - Archer começa a falar novamente me fazendo suspirar fundo - E nesse baile eu quero que você tome a frente dos negócios D'angelo - ele fala e eu respiro fundo enquanto fecho os olhos

- Certo pai, o que quer que eu faça? - eu pergunto escolhendo não debater contra, não mais

Por muito tempo, eu fazia tudo o que eu podia fazer para poder evitar esses bailes, as reuniões, as consagrações, as cerimônias, eu sempre fiz de tudo, e sempre dava certo, eu sempre conseguia, mas depois que completei dezoito anos, ficou difícil de me esquivar dessas coisas, mas tinha uma vez ou outra que eu conseguia, mas depois que completei vinte, eu nunca mais consegui arrumar um jeito de não ir.

𝙀𝙣𝙙𝙜𝙖𝙢𝙚Onde histórias criam vida. Descubra agora