Capítulo 6

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ᴅᴏᴍɪɴɪᴄ ᴅ'ᴀɴɢᴇʟᴏ

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Acordo com um latido, eu me sento na cama atordoado, escuto arranhões na porta, me levanto e vou até a porta a abrindo, logo Apollo entra correndo e pula em minha cama.

Eu nego com a cabeça enquanto dou um sorriso, fecho a porta e caminho até onde o cachorro está e me sento na cama ao lado do meu garoto.

- Você está ficando lindo - eu passo a mão atrás da orelha do meu doberman de apenas cinco anos

Eu ganhei Apollo de presente de Eloá, quando eu tinha treze anos, e desde então ele tem sido meu companheiro, o único ser nessa casa que eu realmente amo.

- Filho? - eu olho para a porta ao escutar a voz melosa de Eloá, ela não entrou no quarto

- Entre - eu falo e logo a porta é aberta, vejo Eloá entrar, ela está usando um vestido preto longo, com luvas brancas, um colar de pérolas e salto alto preto, seu cabelo está preso em um coque e ela usa um batom vermelho.

Eloá é uma mulher bonita, ela não é muito alta, tem um e sessenta e três de altura, sua pele é clara, seus olhos são azuis claros, já seu cabelo é castanho escuro, seu rosto é perfeitamente contornado, seu nariz é fino e um pouco pontudo, suas sobrancelhas são perfeitamente feitas, e seu corpo mesmo após ter passado por um parto, é considerado um padrão.

Muitos dizem que eu puxei a ela, puxei sua beleza, a única coisa que puxei de Archer foram os olhos castanhos, fora isso, eu sou a cópia de Eloá.

- Ainda não se arrumou? - ela pergunta vindo em minha direção

- Estava dormindo - eu falo olhando para o chão, eu evito o máximo olhar nos olhos dela, por que sei que eu não sou tão forte assim perto da minha mãe

- Vá se arrumar então, daqui a pouco iremos ir - ela fala, e eu concordo com a cabeça

O assunto acabou, mas ela não saiu da minha frente, escuto uma longa e pesada respiração vir dela, ela se aproxima, fazendo Apollo sair da minha cama e ir se deitar na sua no chão.

Eloá se senta aonde o meu cachorro estava, ela cruzou suas mãos em seu colo, pelo movimento constante de seus dedos, ela está nervosa.

- Ele fez alguma coisa? - ela fala e da uma pausa - Lá no escritório - ela termina sua frase e eu dou uma risada amarga e nego com a cabeça

- Eu tenho que me arrumar - eu falo a olhando pela visão periférica

Eloá concorda com a cabeça e se levanta, ela caminha até a porta, mas para, e se vira para me olhar, eu levanto a cabeça e a olho também.

- Mesmo você não estando, eu estou aqui filho - ela fala e da um pequeno sorriso e sai do quarto

Eu sinto meu coração quebrar, ela podia ter evitado muita coisa se apenas deixasse meu pai, mas ela nunca o deixou.

Ela sabe que tem um poder enorme sobre mim, da mesma forma que eu sei que também tenho poder sobre ela. Eloá sabe que eu preciso dela, mais do que gosto de admitir, e eu sei, que ela me ama mais do que ama a si mesma, mas eu finjo que não preciso dela, da mesma forma que ela finge que não me ama, então ficamos nesse círculo de dor e frustração.

Eu me levanto e vou para o banheiro, tomo um banho, ao terminar meu banho eu escovo os dentes, penteo meu cabelo e passo um perfume.

Saio do banheiro e coloco o terno, calço um tênis preto, vou em direção ao espelho e paro em frente.

- Meu menino está lindo - olho para a porta e vejo Cindy parada lá com um sorriso no rosto

- Você podia ter me adotado - eu falo e a mulher da um risadinha

𝙀𝙣𝙙𝙜𝙖𝙢𝙚Onde histórias criam vida. Descubra agora