A festa da Aliança.

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  Uma festa luxuosa estava em pleno andamento na mansão de Alvin Ivanov. O local estava repleto de convidados bem-vestidos, cada um cuidadosamente escolhido por sua influência ou conexões no submundo. Garçons circulavam com bandejas de champanhe e petiscos finos, enquanto uma música suave criava um ambiente de sofisticação.

Natalia Ivanova estava deslumbrante em um vestido preto elegante, que realçava sua figura esguia e sua aura de perigo controlado. Ela observava os convidados com olhos afiados, absorvendo cada detalhe do ambiente e avaliando quem eram aliados, inimigos ou meros peões no jogo que ela e Alvin estavam jogando.

Alvin, por sua vez, circulava pela festa com habilidade, cumprimentando os presentes com sorrisos e gestos corteses. Ele estava no seu elemento, um anfitrião gracioso que transmitia confiança e respeito. No entanto, por trás da máscara de cordialidade, ele mantinha uma vigilância constante, seus olhos castanhos varrendo a multidão em busca de qualquer sinal de intriga ou perigo iminente.

Em certo momento da noite, Natalia encontrou-se ao lado de Alvin na varanda, longe do burburinho da festa principal. A lua brilhava no céu noturno, lançando uma luz prateada sobre os jardins meticulosamente cuidados da mansão.

– Você parece estar se saindo muito bem como anfitrião, Alvin – comentou Natalia, observando-o com curiosidade calculada.

– É um jogo de equilíbrio, Natalia – respondeu Alvin, seu tom casual, mas seus olhos sérios. – Manter a aparência de normalidade enquanto todos aqui sabem o que realmente somos.

Natalia assentiu, um leve sorriso brincando em seus lábios. Ela admirava a habilidade de Alvin em navegar pelas águas traiçoeiras da alta sociedade criminosa, enquanto mantinha seu império seguro e eficiente. Ela sabia que se quisesse ganhar sua confiança, teria que jogar suas cartas com cuidado.

Aproveitando um momento em que estavam sozinhos, Natalia decidiu avançar com seu plano.

– Alvin, você não acha que, às vezes, a vida que levamos é... solitária? – ela disse, aproximando-se dele e segurando seu olhar com intensidade.

Alvin ergueu uma sobrancelha, intrigado pela mudança súbita na conversa.

– Solitária? – ele repetiu, estudando-a.

Natalia deu um passo mais perto, seus dedos tocando levemente o braço de Alvin.

– Sim, solitária – ela murmurou, sua voz suave e envolvente. – Somos cercados por pessoas, mas quantas delas realmente nos conhecem? Quantas podemos realmente confiar?

Alvin sentiu um arrepio percorrer sua espinha ao sentir o toque de Natalia. Ele sabia que ela era perigosa, mas não podia negar a atração que sentia por ela.

– Poucas, eu diria – respondeu ele, sua voz um pouco mais baixa.

Natalia sorriu, seus olhos fixos nos de Alvin.

– Talvez nós dois possamos encontrar companhia um no outro – ela sugeriu, seu tom provocativo.

Alvin não pôde deixar de sorrir em resposta.

– Talvez – ele concordou, inclinando-se um pouco mais perto dela.

Antes que pudessem se aproximar mais, uma mulher elegante, visivelmente bêbada e com um riso alto, interrompeu a cena. Ela segurava uma taça de champanhe e cambaleava um pouco.

– Alvin! – ela exclamou, tentando manter o equilíbrio. – Ah, está acompanhado, que pena, você viu minha bolsa, querido? – a mulher sorrio de maneira maliciosa, Natalia estudo-a rapidamente, vendo que aquela mulher seria uma ameaça aos seus planos, e teria que tira-la do jogo.

Alvin se endireitou, ainda sorrindo.

– Claro, Sofia, acho que vi sua bolsa perto do bar – disse ele, apontando para a direção certa.

Sofia riu novamente e acenou para Natalia.

– Obrigada, querido! Te vejo mais tarde! – ela disse, antes de se afastar em busca de sua bolsa.

Natalia observou Sofia se afastar, e continuo mantendo um sorriso calmo.

– Parece que você está popular essa noite. – comentou ela, seu tom leve.

– Sim, parece que sim – respondeu Alvin, voltando a olhar para Natalia, ainda com a eletricidade do momento anterior no ar.

–Bom, tenho que ir, "Querido" – Natalia afina a voz, imitando a mulher, e sai, Alvin solta um sorriso novo, sabendo que algo iria acontecer depois daquela noite.

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