Eu amava romances. Eu sempre amei. Eu amava a Disney (especialmente a obra de arte subestimada que é A princesa e o sapo). Eu amava fanfiction (até mesmo fanfics com personagens sobre os quais eu não sabia nada, mas Draco/Harry e Korra/Asami eram minhas leituras de conforto). Eu amava ficar pensando em como seria meu próprio casamento (um casamento num galpão, com folhas de outono e frutinhas, luzes pisca-pisca e velas, meu terno branco, o cônjuge chorando, minha família chorando, eu chorando porque estou tão, tão feliz, só tão, tão feliz porque eu encontrei o escolhido).
Eu só. Amava. O amor.
Eu sabia que era brega. Só que eu não era cínico. Eu era so-nhador, talvez, uma pessoa que gostava de ansiar e acreditar na mágica do amor. Tipo o protagonista de Moulin Rouge, que foge para Paris para escrever histórias sobre a verdade, a liberdade, a beleza e o amor, apesar de que ele provavelmente deveria estar pensando em arrumar um emprego para conseguir comprar comida. É. Definitivamente eu.
Eu provavelmente herdei isso da minha família. Os Warr acreditavam no amor para sempre meus pais ainda eram tão apaixonados um pelo outro quanto em 1991, quando minha mãe era uma professora de balé, e meu pai estava numa banda. Eu nem estou zoando. Eles eram literalmente o enredo de "Sk8er Boi", da Avril Lavigne, só que com um final feliz.
Ambos os pares de avós ainda estavam casados. Meu irmão se casou com a namorada quando tinha vinte e dois anos. Nenhum dos meus parentes próximos tinha se divorciado. Até mesmo a maioria dos meus primos mais velhos ao menos tinha parceiros, se não uma própria família.
Eu nunca tinha tido um relacionamento.
Eu nunca tinha beijado ninguém.
SeungMin beijou BangChan, da minha aula de história. Felix beijou Hyunjin, da Academia, durante uma festa e também o Sunoo do nosso grupo de teatro juvenil no ensaio final de Drácula. A maioria das pessoas tinha uma história desse tipo um beijo bobo com alguém em quem meio que tinham um crush, ou não tinham, e não ia pra lugar nenhum, mas isso era parte de ser adolescente.
A maioria das pessoas de dezoito anos já beijou alguém. A maioria das pessoas de dezoito anos já teve ao menos um crush, mesmo que em uma celebridade. Ao menos metade das pessoas que eu conheço já transou de verdade, apesar de que algumas dessas pessoas provavelmente estavam mentindo, ou só estavam se referindo a uma punheta ruim ou a tocar em um seio.
Só que não me incomodava, porque eu sabia que minha hora ia chegar. Chegava para todo mundo. Você vai encontrar alguém no fim das contas era o que todo mundo dizia, e eles estavam certos. Os romances de adolescentes só funcionavam em filmes, de qualquer forma.
Tudo que eu precisava fazer era esperar, e minha grande história de amor aconteceria. Eu encontraria o escolhido. Nós nos apaixonaríamos. E eu teria o meu felizes para sempre.
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Virgem // MINSUNG
Random[ EM ANDAMENTO ] Han Jisung nunca se apaixonou, nunca beijou ninguém, nunca nem teve um crush. Mas, como um eterno romântico aficionado por fanfics, ele tem certeza de que vai encontrar sua pessoa um dia. Quando começa a universidade com seus melhor...