Capítulo 24

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Mesmo que o que você fez comigo tenha sido muito pior
Eu tive que fazer algo para te machucar.

Bust Your Windows - Jazmine Sullivan

Queria 72 horas de sono, mas infelizmente passei as últimas setenta e duas horas acordada

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Queria 72 horas de sono, mas infelizmente passei as últimas setenta e duas horas acordada.

Por mais que tentasse dormir, minha mente  me transportava de volta àquele dia, revivendo os acontecimentos daquela noite, a morte do meu pai, a mulher sendo estuprada e meu subconsciente me colocando em seu lugar. Foi uma tortura sem fim.

Yun, como médico sempre vinha aqui em casa cuidar de Victoria, por enquanto o terreno está tranquilo os pais dela nem sequer veio procurá-la, e isso me deixa muito mais com raiva.

Yun também pediu para que eu fosse ao hospital fazer alguns exames de rotina e eu acatei sem nenhum problema. Vou fazer isso hoje.

Os últimos dias foi tranquilo, mas também há aquele ditado "sempre a calmaria antes da tempestade."

Desde que descobrimos que seríamos as próximas vítimas daquele abusador, Verônica se tornou mais reservada, e tenho certeza de que ela não está dormindo direito.

Nicholas continua aqui, cuidando da prima. Não nos falamos desde aquele dia. Guilherme e eu começamos a trabalhar na cafeteria, que, para poucos dias de funcionamento, está atraindo uma grande quantidade de clientes todos os dias.

Sofia juntou-se à equipe, e Victoria se juntará assim que sua perna estiver recuperada.

Nicolle nos visita todos os dias, o que é bom, pois assim Victoria não fica sozinha enquanto não estou em casa.

Desço as escadas e encontro todos na sala de jantar, tomando café, exceto Victoria, que ainda está no quarto se recuperando. Sirvo um prato, ignorando todos ao redor, e seleciono o que sei que ela gosta de comer.

— Há quanto tempo você não dorme, Melissa? — Guilherme pergunta, mas eu o ignoro. Ele é o culpado por tudo isso, por ter levado Nicholas àquele lugar onde a corrida aconteceu. — Tudo bem, eu não vou ao hospital.

— Três dias. — Respondo, antes de subir as escadas indo diretamente ao quarto de Victoria, prefiro responder a ter de ir a um hospital sozinha.

Incrível como me sinto mais à vontade com meu melhor amigo do que com minha própria mãe.

Quando entro, Victoria está sentada na cama, apoiada na cabeceira.

— Eu trouxe seu café da manhã! — Aproximo-me, sentando-me com as pernas cruzadas à sua frente. — Como está a perna?

— Melhor. — Ela pega um croissant e sorri antes de levar à boca. — E obrigado por isso.  Por que não está comendo? — questiona.

— Estou morrendo de fome, Vick. Mas preciso fazer exames hoje e não posso comer nada por agora.

After the truthOnde histórias criam vida. Descubra agora