Ciúmes de amigo

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Omar, Vanessa e Mariano estavam indo até a casa de Omar para passar o dia juntos - como nos velhos tempos - a Mãe de Omar e tia deles tinha os ido buscar, sendo assim, os assuntos no
carro tinham que rondar os temas apropriados - Família, estudos e igreja - não que a Mãe de Omar fosse uma daquelas mães muito rigorosas - o que com certeza, não era - mas ele não queria começar o assunto e depois o tema voltar-se para ele. Perguntas como “por que é que te importas?” “A Sabrina é tua alguma coisa?” - coisas que ele não estava pronto para responder.

O carro finalmente parou, no estacionamento ao lado da sua casa.

A casas na centralidade tinham quintais grandes o suficiente para meter carros dentro, mas, Dona
Fátima achava um desperdício de paisagismo meter o carro dentro do quintal.

Desceram os três do carro, rindo de alguma memória de infância.

- Não vens connosco, tia? - perguntou Vanessa.

- Não, vou ao salão. Mas vocês divirtam-se, tá?

Eles assentiram.

- Desfruta, mama - falou Omar acenando.

Ele já era um adolescente, faltavam alguns meses para a maioridade mas ela sempre seria mama para ele. Ele não via outro nome para chama-la, só mama. Não importava se ele tivesse, 20, 40, 60 anos, ela sempre seria a sua mama.

Omar abriu a porta deixando-os entrar.

Seu irmão, Rui, ainda estava na universidade, por isso, eles deviam estar sozinhos em casa - com a exceção da ajudadora, Dona Marinela - tinha que preparar o ambiente perfeito para começar a perguntar acerca de Sabrina, não podia parecer alterado, ou demasiado interessado,
tinha que parecer uma pergunta vinda do nada.

Eles entraram e sentaram-se no sofá.

- Tia Marinela, podes me trazer um copo de sumo de laranja, por favor? - pediu Mariano.

Vanessa e Omar olharam para ele, com uma expressão clara de tu és tão mimado.

E ele respondeu com um sorriso escárnio. E Marinela trouxe-lhe o sumo.

- Então, conta-nos tudo sobre o teu encontro com a Sabrina - falou Vanessa.

Naquele momento, Omar prometeu a si mesmo comprar alguma coisa para Vanessa, ela era uma prima perfeita!

Ficaram os dois quietos enquanto ele terminava de beber o sumo para contar.

- Tu sabes que estou interessado nela - falou para Vanessa - e tu sabes que sempre gostei de raparigas bonitas - falou para Omar - eu simplesmente cheguei, vi-a, simulei que estava a tua
procura - dirigiu um olhar para Vanessa - circulamos a escola enquanto conversávamos até
esbarrarmos com vocês os dois.

Jogada de mestre!

Será que Sabrina estava interessada nele? Porque, nem pensar que ela acreditaria que o primo não saberia como encontrar a sua prima, quer dizer, telefones existem. Ele podia ter ligado para Vanessa se precisava tanto de falar com ela.

Era frustrante, uma rapariga tão inteligente quanto Sabrina cair nesse truquezinho, e Mariano nem era um ator assim tão bom, sim ele era alto, tinha os cabelos compridos - porque os pais lhe davam a liberdade de não cortar os cabelos - e ele até podia dizer que tem um certo charme, mas Sabrina estava muito acima disso. Tinha que estar, ela era SABRINA!

- E tu achas que ela acreditou nisso? - perguntou Omar.

- Claro. Ela nem se apercebeu, ela é demasiado fácil - respondeu Mariano, em um tom arrogante.

- Ei! Não chames a minha amiga de fácil - protestou Vanessa - até onde sabemos, talvez foi ela que te enganou.

- Como? - perguntou Mariano Incrédulo.

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