Anônimo Amor_aparte 5. Final

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 Anônimo Amor 

Parte 5. Final

Um mês

Esse era o tempo que Billie não falava comigo. Um maldito mês.

Eu deveria ter matado o diabinho vermelho quando tive a chance.

A garota me ignorava, saia do ambiente quando eu entrada e nas aulas se sentava o mais longe possível.

Não posso culpa-la... foi errado.

Tenho que seguir sem reclamar, mas é difícil suportar perder o que sequer tive.

Estava de fone de ouvido, comendo um sanduíche enquanto estava em uma das cadeiras no teatro. A professora de teatro, senhorita Morello, me pediu uma ajuda para um repertório de sua peça.

Aceitei, precisava ocupar meu tempo livre de alguma forma, e pareceu sensato o ocupar com jovens adolescentes ensaiando para um espetáculo anual da escola. A ajudaria, conduzindo todo o sonoro da peça.

—Qual música seria ideal para esse momento? –Morello pergunta encarando o palco, onde os alunos representavam um casal em um rompimento eminente.

—Piano, melancólico a princípio –Respondo enquanto analisava o papel com as cenas em minhas mãos –Mas a partir do momento seguinte poderia ser uma percussão.

—Percussão? Isso daria certo?

—O jovem Cedrick acabou de ter seu coração dilacerado, vai se alistar para guerra. Acho que é um sentimento agora dele. Uma batalha em seu coração.

—E o piano melancólico seria de Jude... –Assinto –Você é boa –Dou de ombros.

—Apenas a experiência.

Não demorou até que o sinal tocasse e tivesse que voltar ao meu posto.

Saio pela porta e alguém se choca contra meu corpo.

Estava virando um costume.

Seguro o corpo da jovem, encarando Billie com o coração acelerado.

Observo seu corpo, ela estava em uma roupa de ginástica, fazendo meu pau apertar de imediato sob o jeans.

—Pode me soltar? –Sua voz me tira do transe e sinto meu rosto esquentar, ela percebeu que a encarava.

Voltei a caminhar no sentido oposto quando notei que fala alguma me ajudaria naquele momento.

Volto para a sala

Entro colocando meu material sobre a mesa, o sinal ainda levaria alguns minutos para tocar, mas precisava pensar. Cometi o terrível erro de me apaixonar e stalkear uma aluna.

Estou indo de mal a pior.

—Achei você! Está fugindo de mim? –Sue surge na porta com um sorriso amigável.

—Não. Desculpe –suspiro de olhos fechados.

—Tudo bem?

—Pra ser honesta não... –murmuro baixo.

A mulher entra na sala, se sentando na mesa a frente.

—Talvez precise de uma saída.

—E no que isso me ajudaria?

—Hora, a não pensar no problema –Sorrio com a ideia. –Vamos lá. Não precisa levar isso como um encontro. Já percebi que não quer nada comigo, mas ainda podemos ser amigas.

—Desculpe por isso.

—Tudo bem, prefiro uma verdade dura a uma mentira bonita.

—Tudo bem.

Fuga de clichês, Short fics Billie Eilish ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora