BILL

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**Dia seguinte**

— Tom acorda Luna com uma ligação. — Se apronte, Bill irá te buscar! — exclama Tom.

— Onde vamos? Só para eu saber como devo me vestir — pergunta Luna, curiosa.

— Vista-se como sempre — diz Tom, sem dar muitos detalhes.

Bill chega.

— Entra aí! — abre a porta para Luna.

— Bom dia, Bill! Por que o Tom me chamou tão cedo? — pergunta Luna, enquanto entra.

— Sei lá, gata. Ele só me passa as ordens e eu obedeço — responde Bill, com um sorriso.

— Deixa ele ficar sabendo que você me chamou assim! — diz Luna, rindo.

— Ele não vai ficar sabendo porque você não vai contar — afirma Bill, colocando a mão na coxa de Luna.

— Eu só não conto porque você é muito bonitinho, Kaulitz 2. Posso te chamar de Kaulitz 2? — provoca Luna, piscando.

— Me chame do jeito que quiser, apenas mantenha nosso segredinho. Posso te chamar de gata, né? — sugere Bill, sorrindo.

— Como quiser! — responde Luna, divertida.

— Não me impressiona que meu irmãozinho tenha te pegado na primeira noite. Você é muito fácil — diz Bill, com um sorriso travesso.

— Amor, eu não sou fácil. Eu sou estrategista — diz Luna, aproximando-se do lado de Tom.

Enquanto Luna fala, perto do rosto de Bill, ele a observa com um desejo enorme de beijá-la.

— Eu sei que você quer me beijar. Vai em frente, mas, por favor, que o Tom não descubra. Se não, vai ser ruim para mim — avisa Luna, com um olhar sério.

— Fica tranquila, gatinha — diz Bill, inclinando-se para beijá-la.

— Melhor irmos antes que o Tom note nossa demora — sugere Bill, com um olhar preocupado.

— Você tem razão. Você é inteligente, tão inteligente que conseguiu tirar todas as informações que tirou do meu irmão — diz Bill, olhando para frente enquanto dirige.

— Como assim? Do que você está falando? — pergunta Luna, intrigada.

— Você acha que ele é tonto? Ele já percebeu que você quer tirar informações dele — explica Bill.

— Ele vai me vender para o Victor por isso? — questiona Luna, alarmada.

— Claro que não! Ele está apaixonado demais para te traficar — responde Bill, dando uma risada.

— Eu sabia que ele tinha se apaixonado — diz Luna, sorrindo.

— Ele já sabe quem você é — diz Bill, com um tom sério.

— Como assim? — pergunta Luna, confusa.

— Ele sabe que você está tentando pegar informações e que está passando isso para alguém. Ele só não sabe para quem — responde Bill, olhando para a estrada.

— E é por isso que ele quer me ver mais cedo? — questiona Luna, pensando.

— Sim — confirma Bill.

— E o que você sabe sobre mim? — pergunta Luna, curiosa.

— Já falei demais — diz Bill, com um sorriso misterioso.

— Você não vai contar para o Tom, né? — pergunta Luna, preocupada.

— Claro que não! Quero manter meu emprego — responde Bill, rindo.

— Não... — diz Luna em um tom baixo, pensativa.

**Na casa de Tom**

— Oi, amor! — diz Tom, dando um beijo em Luna.

— Oi, Tom. Você queria falar comigo? — pergunta Luna, sentindo o clima sério.

— Sim — responde ele, com um olhar intenso.

— Pode falar — diz Luna, pronta para ouvir.

— Estávamos investigando a Santoro e descobrimos que alguém está recebendo informações sobre nossa máfia, e você é a única pessoa que está recebendo essas informações — diz Tom, com seriedade.

— Você está querendo dizer que eu estou passando as informações para essa tal gangue que você tanto fala? — questiona Luna, nervosa.

— Não é isso! Não leva a mal, mas eu sei que é você que está passando essas informações, e eu não ligo — diz Tom, olhando diretamente nos olhos dela.

— Desde quando você sabe? — pergunta Luna, surpresa.

— Desde que o Victor ligou. Por isso você vai falar com ele na segunda — explica Tom.

— Como você descobriu? — questiona Luna, intrigada.

— Você é esperta, e eu admiro isso. Porém, eu sou mais esperto e vi um número desconhecido me ligando, querendo marcar uma reunião e perguntando sobre os tratos. Óbvio que ele não tinha uma fonte para saber de tudo isso. E você falou que iria marcar uma reunião e estava interessada nisso — explica Tom, com sinceridade.

— Eu falhei, não fui boa o suficiente! Entendo se quiser me matar ou me torturar — diz Luna, com um tom de desespero.

— Jamais! Eu admiro suas estratégias. Você foi muito esperta, e isso pode nos ajudar. Vem participar disso comigo, vem me ajudar — diz Tom, com um olhar implorativo.

— O quê? Você tá me convidando para fazer parte do seu negócio? — pergunta Luna, surpresa.

— Você vai ser útil — afirma Tom, com firmeza.

— Eu topo! — diz Luna, determinada.

— Porém, você nunca mais vai contar algo daqui para alguém. O que entra aqui fica aqui — diz Tom, com um olhar sério.

— Tá bom... — responde Luna, concordando, sentindo a gravidade da situação.

CAMINHO DO CRIME [Reescrita]Onde histórias criam vida. Descubra agora