Entre Grades e Sentimentos: Caminhos Traçados

Capítulo 30

Um capítulo bem soft pra compensar as merdas que vêm por aí... 💜
 
 
 
 
Macarena continuava deitada sobre Zulema, com seus corpos quentes e nus ainda unidos assim como as suas intimidades conectadas. Talvez não admitissem, mas aquela nova sensação era intensa e incrível demais para que quisessem deixá-la tão cedo. A ponta dos dedos de Macarena tocavam a face da árabe, deixando que os traços tão marcantes e delicados fossem contornados de forma tão carinhosa quanto seu coração parecia implorar naquele momento. Macarena estava se permitindo apenas admirar a inegável beleza da árabe. Achava Zulema incrivelmente linda, a boca avermelhada pelos beijos intensos estava tão chamativa que a fazia ter vontade de nunca os separar, os macios cabelos negros levemente bagunçados a deixavam de alguma forma ainda mais atraente com os fios úmidos da franjinha caídos por sua testa com uma delicadeza encantadora. Os dedos de Macarena tocaram a franjinha, descendo pela maçã de seu rosto até alcançar o queixo. Um sorriso inesperado tomou os lábios da mais nova ao se lembrar de tudo o que havia acabado de acontecer e do quão perfeito Zulema parecia ter feito questão de tornar aquele momento que a loira já considerava mais do que especial. Tudo aquilo era real demais para se tratar de um mero sonho. Tal conclusão tornou o sorriso que tinha em seus lábios ainda maior por ter o corpo ainda nu tão quente colado ao seu tornando cada mínimo traço ainda meus chamativo.

Puta merda, aquela maldita árabe era tão linda.

Macarena sentiu seu estômago revirar com o estranho frio que se instalou em sua barriga, a forma como se sentia completa como nunca antes a assustava. Seu corpo parecia lhe agradecer por se permitir manter a árabe em seus braços como tanto secretamente tinha desejado.

Tinha Zulema consigo e aquilo era tudo o que lhe importava no momento...

- O que vê de tão interessante no meu rosto?

Diferente das outras vezes Zulema não pareceu desconfortável com o toque, apenas encarando a expressão perdida que a mais nova parecia ostentar em meio aquele ato.

- Além dele ser lindo? - O olhar da árabe se desviou dos avelãs tão claros. Macarena sorriu ao afastar sua mão do rosto ainda levemente suado, mesmo que já não estivesse tão corado quanto estava ao chegarem juntas ao orgasmo avassalador. - Gosto dos seus traços, mostram a beleza do seu país.

- Não sei se o meu país é tão belo quanto pensa. - A expressão já séria, ainda que leve, se contorceu levemente em desconforto. - Não posso negar que minha cultura tem seu lado positivo e que sinto falta de certas coisas, mas meu país pode ser um lugar obscuro e te garanto que esse lado não me remete a coisas boas.

A loira uniu seu corpo completamente ao de Zulema em um abraço, odiava vê-la ter as péssimas recordações de sua vida, quase era capaz de sentir o quanto aquilo ainda a machucava por dentro.

- Sinto muito, cariño.

- Não é como se eu pudesse fugir do meu passado e negar minhas raízes pra sempre, rubia.

Macarena deixou que sua mão acariciasse o ombro da árabe, descendo delicadamente pelo seu braço em um movimento lento antes de subir na mesma velocidade.

- Você tá gelada...

- Não se preocupa, estou bem.

- Tem certeza?

- Claro. - Zulema envolveu a cintura da loira em um abraço, unindo ainda mais seus corpos. - Já disse que só preciso do seu corpo para me aquecer.

Macarena não conseguia mais conter seu sorriso bobo com o lado manhoso que a árabe parecia ter e aos poucos lhe permitia conhecer mais.