31| Belo Desastre

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Estou deitado no sofá há mais de uma hora, somente encarando o teto, refletindo sobre a merda que fiz ao trazê-la para a minha casa

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Estou deitado no sofá há mais de uma hora, somente encarando o teto, refletindo sobre a merda que fiz ao trazê-la para a minha casa.

Em uma única noite, ela devastou meu closet, destruiu minhas roupas e jogou fora meus perfumes como se não valessem nada. 

Além disso, me deixou com uma maldita ereção dolorosa, já que eu e meu pau parecíamos ter duas mentes diferentes. Nunca imaginei que sentiria tesão por uma coisinha diabólica como ela.

Tento sentar, sentindo cada músculo protestar, e me espreguiço um pouco para afastar a dor no corpo por ter dormido encolhido em um sofá.

Olho para o chão e vejo os cacos de vidro espalhados, resultado do meu descontrole causado por ela.

Mesmo depois do que me disse e de como tentou me ferir, senti culpa, um tipo de culpa que não conseguia compreender. E ao invés de puni-la por aquilo, tomei cinco doses de Vodka, antes de apagar completamente no sofá.

Solto um suspiro e, lutando contra a preguiça, finalmente me movo até o bar. Pego um copo vazio e começo a juntar os cacos de vidro espalhados pelo chão, colocando-os cuidadosamente dentro do copo. Depois de um tempo, consigo deixar o chão mais seguro de se pisar.

Quando termino, vou até a porta do quarto, aquela que ela teve a audácia de fechar na minha cara na noite passada, e adentro o cômodo sem bater.

Meu olhar rapidamente vasculha o lugar e a vejo deitada na droga da minha cama, como se fosse a dona dela, dormindo tranquilamente.

Meus olhos se estreitam de irritação em sua direção.

Decido ignorar a presença dela e em como ela bagunçava os lençóis da minha cama. Com passos silenciosos, me encaminho para o closet.

Estava uma... tragédia.

Era como se um furacão tivesse passado por ali. Minha pele coçava só de olhar para toda aquela desorganização e para os vestígios do que ela fez.

Roupas jogadas pelo chão de qualquer jeito, pedaços de tecido rasgado, meias perdidas, cabides espalhados...

E aquele cheiro persistente de várias misturas de perfumes impregnado em tudo.

Estava fazendo um grande esforço para não voltar ao quarto e acordá-la com uma explosão de raiva que estava contendo.

Meu corpo tremia ligeiramente, com meus ombros tensos enquanto tentava encontrar algo intacto dentro daquele caos para vestir.

Já providenciei novas roupas e perfumes para substituírem o que foi perdido. Ainda hoje, terei tudo no lugar, como estava antes dela entrar aqui e tocar nas minhas coisas.

Depois de vestir roupas mais adequadas, me aproximo da estante onde minha coleção de relógios estava, e eles estavam intactos, o que trazia um pouco de conforto à minha mente. Tenho que lembrar mais tarde de rezar para todos os santos em agradecimento por terem evitado que aquela louca tocasse neles.

Príncipes do Caos (Destinados ao Caos I)Onde histórias criam vida. Descubra agora