Capítulo 8 - Madison

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Tá legal, Mad. Mantenha a calma! Tem um cara estranho na sua casa. Com certeza deve ter uma explicação plausível para isso, talvez seja só um vizinho que a viu prestes a tomar uma decisão... difícil e veio ajudar. Mas como ele chegou aqui tão rápido? Isso só seria possível se ele já estivesse na casa, então com certeza ele era um invasor.

Droga, eu devo ter esquecido de ativar os alarmes de segurança e deixado a porra da porta aberta quando cheguei do velório, por isso ele conseguiu entrar sem problemas. Precisava pedir ajuda, mas a porcaria do meu celular estava lá em baixo dentro da minha bolsa. Minha casa ficara numa rua sem saída e eu não tinha vizinhos próximo, então gritar novamente seria inútil

Necessitava sair daqui o mais rápido possível e pedir ajuda.

— Eu... Moro aqui! — falou

— Não. Não mora.

— Olha, eu sei que o que falarei agora parecerá muito estranho, mas preciso que você mantenha a calma e me escute, OK? Juro que não vou lhe fazer nenhum mal. — Respirou fundo e continuou. — Estou morando escondido no seu porão a cerca de 8 meses.

— O-Oquê? C-Como? — gaguejei.

O que aquele cara estava falando? Como assim morando no meu porão? O quê? Não! Isso não era possível, era?

— Em resumo. Quando seus pais foram mortos e você foi até o hospital, eu entrei na porta malas do seu caro e vim para cá e desde então estou morando no seu porão.

— Calma, calma! Nada disso faz sentido. Por que eu? Por que aqui? — Meu peito subia e descia com respirações rápidas.

— Eu só entrei em um carro aleatório que acabou sendo o seu.

Não estava acreditando. Só podia estar vivendo uma versão do filme Parasita, mas espera aí aquele filme não teve uma final terrível?

— Eu precisava de um lugar para me esconder e aqui me pareceu o lugar ideal, você vive sozinha nessa casa enorme e passa a maioria do tempo no quarto, além de estar tão triste pelas perdas que sofreu que nem percebeu nada.

Eu precisava me sentar, estava me sentindo fraca. Subitamente comecei a me lembrar dos sinais. A torneira aberta, os barulhos que ouvia no porão e acreditava se tratar de uma infestação de ratos, os barulhos nos canos d'água a noite; era ele usando o banheiro. Tudo que ele falava estava fazendo sentido além dele saber sobre meus pais, porém isso não era difícil já que saiu em todos os jornais.

— Você disse que precisava de um lugar para se esconder. Mas de que ou de quem você precisava se esconder? — Olhou para longe como se estivesse pensando se deveria ou não falar.

— Do FBI.

— Ai, meu Deus! — Fui em direção aos sofás que ficavam no terraço. Minhas pernas pareciam ter virado gelatina. Estava sobre o mesmo teto que um procurado pelo FBI sem saber. Como pude ser tão descuidada assim? Eu estou correndo risco de vida aqui. Será que ele veio para me matar? Que ele faz parte da quadrilha que assassinou meus pais e veio para eliminar o membro da família que restou?

— Eu não sou um serial Killer, nem coisa do tipo. Fica calma!

— O que você fez, então? Terrorismo? Pedofilia? Trafico de órgãos? Trafico humano? Consigo pensar em um milhão de coisas tão ruins quanto ser um assassino em série. — Estava em pânico.

— Meu Deus, não. — Ele se aproximou de onde eu estava sentada e apontei novamente o sapato ameaçadoramente para ele que voltou a se afastar — Sou um hacker. Você sabe o que é isso?

— Você invade o computador e o celular das pessoas? É isso?

— Falando de uma forma bem vulgar, é isso. — Deu de ombros.

— Sei que isso é errado, mas por que o FBI se envolveria, você Hackeou o celular do presidente, por acaso? — Ironizei.

Ele assentiu.

— Você está falando sério? Não me fale, melhor eu não saber. — Eu estava em completo choque.

— Você ficaria assustada em saber o que eles escondem da gente, Madison. — Ele me despertou do choque ao dizer meu nome.

— Você sabe meu nome? — Ele abaixou o olhar.

Como sou burra, era claro que ele sabia meu nome. Se ele realmente era um Hacker e se realmente estava morando ali esse tempo todo, ele deveria saber tudo sobre mim.

— Escuta, — Falei fazendo-o olhar para mim novamente. — se você sabe meu nome e se está aqui esse tempo todo mesmo, você sabe que eu não estou vivendo o melhor momento da minha vida. Então, se você for embora agora, eu prometo não contar para ninguém que você esteve aqui e ambos sairemos ganhando.

— Eu não tenho para onde ir agora, se eu sair daqui assim posso ser preso.

— Bom, ninguém dirá que você não mereceu.

— Eu já estava planejando sair daqui, mas preciso de 3 dias para organizar tudo.

— Você está querendo que eu deixe você ficar aqui por 3 dias? Não mesmo!

— Você me deve por salvar sua vida. — Ele argumentou.

— Quem disse que eu queria ser salva?

— Foi o que me pareceu enquanto você me pedia para não soltá-la. — Por que eu ainda estava perdendo meu tempo com ele?

— Esta é a última chance que te dou de sair daqui pelas suas próprias pernas e não no carro do FBI. — Reuni o pouco de coragem que me restava e levantei seguindo em direção à escada. Se eu conseguisse chegar até lá em baixo teria acesso ao meu celular. Entretanto, suas últimas palavras me fizeram paralisar no meio do caminho.

— Posso te ajudar a descobrir a verdade sobre a morte dos seus pais.



— > Nota da Autora:  

Tempinho chuvoso por aqui. Como está o tempo por aí?

Mais um capítulo fresquinho. O que acham dessa proposta do Zac?

Espero o comentário de vocês.

Bjus :* 

I'll Stand By YouOnde histórias criam vida. Descubra agora