54. Eu Vejo Você

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Han Jisung



Eu enxerguei desejo nos olhos de Lee Minho. Desejo misturado a algum outro sentimento que eu não consegui identificar naquele momento.

Suas mãos se apertaram com firmeza no volante e eu esperei o sorrisinho aparecer em seus lábios, porém não aconteceu. Foi naquele momento que eu percebi que algo entre nós dois havia mudado. E que definitivamente não era ruim.

Era mais como se estivéssemos dispostos a nos abrir ou dispostos a receber qualquer coisa do outro. 

Ao invés de seu sorrisinho habitual, recebi um olhar nublado de excitação. Assisti uma das mãos de Lee deslizar do volante para a minha coxa, quase em câmera lenta. 

Os dedos esguios subiram e desceram pela pele da minha coxa antes de a envolverem com firmeza. 

Seus olhos voltaram para a estrada, já que ainda estávamos em movimento, enquanto ele apertava a carne com vontade.

— Ajeita o cinto e coloca as pernas por cima das minhas. — Seu tom saiu quase sussurrado, como se estivesse com medo de estourar aquela bolha na qual mais uma vez havíamos entrado. 

Fiz como mandado e passei minhas pernas por cima de sua coxa direita, sentindo minha pele arrepiar pelos carinhos que estava recebendo. Carinhos que esquentavam minha pele, mas evitavam completamente onde eu mais precisava. 

— Min! — Arfei quando ele apertou com mais força e me inclinei para tocá-lo, mas fui surpreendido com um tapa estalado em minha mão. — Ei!

— Eu vou fazer o que me pediu, vou te dar atenção. Não faça nada comigo, está bem? Não me toque ou iremos bater o carro. — Engoli em seco ao ouvir como sua voz estava arrastada e rouca, como se ele estivesse lutando com o próprio desejo. — Eu não sei se consigo me concentrar com você me tocando.

E por mais que eu não quisesse pensar sobre aquilo, senti orgulho por conseguir fazê-lo sentir a mesma urgência. 

— Mas assim não será uma troca de f-favores. — Falei com dificuldade antes de engolir em seco ao ver a ponta de seus dedos brincarem com o zíper da minha calça jeans preta. — Eu quero retribuir. 

— Não é um favor, coisinha. Farei porque quero sentir você. Estou sendo egoísta, então não me agradeça. — Umedeceu os lábios com a língua.

Puxei o ar para respondê-lo, mas fui surpreendido com sua maestria e rapidez ao desfazer o botão e o zíper da minha calça e deslizar a mão para dentro. 

Segurei o cinto com as duas mãos, sentindo-o me prender contra o banco e servir de apoio. Fechei meus olhos com força ao sentir seu polegar esfregar o topo e aumentar a umidade na boxer. 

— Quer que eu continue? — A voz de Lee Minho quase fez eco por minha mente e eu não consegui responder. Apenas concordei com a cabeça várias vezes, ainda com meus olhos bem fechados. — Abaixa a calça, coisinha, estamos quase lá, temos pouco tempo. 

Me atrapalhei um pouco com o cinto e a posição pouco confortável, mas consegui libertar meu membro dos tecidos.

Para minha surpresa, e com certeza a de Lee Minho, puxei sua mão de volta para o meio das minhas pernas, suplicando com o olhar para que ele me tocasse e aliviasse minha agonia. 

Soltei um gemido arrastado ao sentir sua mão se fechar ao redor do meu pau e joguei a cabeça para trás. 

O barulho molhado da fricção de sua mão com o meu pau parecia fazer harmonia com o ronco do motor e os poucos carros passando pelo nosso. 

Intense And Chaotic | Versão Minsung | EnemiesToLovers ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora