MP-8

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Voltei!!!
Curtem bastante, e comentem muito meus Chins!

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" Se soubesse que um beijo, tão doce e voraz,
Traçaria destinos que o tempo desfaz,
Jamais teria cedido ao desejo,
Queimando em nós dois o eterno ensejo.

E agora, no abismo, te vejo ao meu lado,
Teu olhar é um eco do sonho rasgado.
Se pudesse, voltaria àquele momento,
Pra salvar tua alma do meu tormento.

Mas o beijo foi dado, e aqui ficaremos,
Num inferno tecido pelos erros que temos.
Ainda assim, contigo enfrento a escuridão,
Pois melhor que o nada, é tua mão na minha mão."



...👰...



Estou preso na empresa há mais tempo do que deveria. Tudo está quieto agora, apenas os seguranças permanecem, provavelmente distraídos em algum canto.
Não quero ir para casa. Na verdade, não quero ir a lugar nenhum. O dia foi um caos - uma avalanche de problemas, cobranças e tensões. Minha cabeça está pesada, prestes a explodir, enquanto tento, sem sucesso, entender por que tudo isso me afeta tanto.

O que eu deveria fazer? Me entupir de remédios, apagar tudo e esperar que a manhã seguinte magicamente conserte o que está errado? Depois, quem sabe, pegar meu jatinho particular e sumir, fingindo que não sou eu, que essa pessoa cansada e quebrada ficou para trás. Por que me sinto tão fraco? Tão vulnerável? É como se algo dentro de mim estivesse se desfazendo, sendo reformado, mas sem meu consentimento. Uma nova personalidade sendo moldada, enquanto assisto sem poder interferir.

Vencido pelo cansaço, decido encarar mais uma vez a realidade. Tampar os ouvidos ou fechar os olhos não vai me libertar. Então, apanho o blazer jogado sobre a poltrona, respiro fundo e abandono o lugar, como se deixar aquele espaço fosse meu único ato de resistência.

- Boa noite, senhor Jeon.

- Diga Kuan. - encaro o segurança robusto por alguns segundos, esperando um pronunciamento.

- Poderia te levar em casa, já que está tarde senhor? - sua postura se mantém firme a todo instante - O tempo não me agrada, creio que poderá precisar de mim.

- Viu algo suspeito Kuan?

- Não senhor...

- Então não tem com oque se preocupar. Cuida da empresa, que de mim cuido eu.

Caminho lentamente pelo estacionamento deserto, o som dos meus passos rompendo o silêncio espesso da noite. O carro está a poucos metros, mas algo em meu peito se contrai — uma inquietação súbita, instintiva. É como se minha intuição gritasse em surdina, alertando para um perigo invisível, embora nada à vista justificasse o aperto no estômago. Tento ignorar o desconforto, mantendo os passos firmes, o semblante sereno — uma máscara de confiança que não corresponde à tempestade interna.

Quase ao alcance da porta do carro, tudo acontece num estalo. Uma presença súbita. Um vulto. Antes que possa reagir, sinto o toque gélido do cano do revólver pressionar contra minha têmpora — tão frio quanto o vento cortante que varre a noite.

O dia exaustivo, escolhe encerrar-se em um espetáculo cruel, dedicando seus últimos segundos inteiramente a mim — de forma quase insuportável, como se o universo decidisse fazer de mim o protagonista de uma tragédia silenciosa.

— Perdeu, playboy! — sorrio de canto, um riso nasal escapando quase sem querer
— Qual é a graça, idiota? — a voz retorna, mais irritada. — Passa a chave e o celular agora! 

My Stepfather - PJM-JJKOnde histórias criam vida. Descubra agora