Capitulo 176.

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Votem e comentem, conto com vocês!!!
Paola.👸🏽

Eu só sabia tremer, juro... Não conseguir pregar o olho cara. Foi o dia todo no desespero, tentando entrar em contato com Deus e o mundo pra saber notícias do bofe.

Ele não falou mais nada, não atendia e o telefone só dava fora de área. A Ellen também não sabia do bofe dela, e quando viu as mensagens que o Nicolas me mandou começou a ficar desesperada também.

Paula: Já falei com o a mulher do Tupac, ela é uma amiga antiga... Mas disse que não sabe de nada e que ele ainda não apareceu.— falou serinha.— Paola, se ele está lá a tanto tempo assim, o desenrolo tá firme. Esses caras são muito organizados e pra matar alguém tem que puxar o fundamento todo.

Paola: Mãe, liga pra ela! Pede pra não deixar matar meu marido, por favor mãe... Seu neto vai ficar sem pai. Eu juro que não vou aguentar! — encarei ela.— Por favor, ver onde ele tá... Eu vou lá, eu vou la e imploro pela vida dele. Mas não deixa ele morrer, por favor!

Eu estava chorando, choro de desespero mesmo. Nunca sentir isso, é algo surreal. Um dor misturada com medo, sabe??? Tentei manter as esperanças, mas não conseguia... Só quero que isso tudo acabe e que ele volte pra casa. Só isso.

Já ajoelhei, pedir a Deus mas não conseguia enxergar com clareza. O medo estava tomando conta de me e me fazendo entrar em colapso. Eu surtava, chorava, andava pra lá e pra cá mas nada adiantava.

Já vomitei e tudo, pô. Que isso, que sensação horrível...

Paula: Garota, fica calma! Eu tô fazendo de tudo, entrando em contato com uns amigos do seu tio, eles vão procurar saber o que aconteceu e pq teu marido tá lá.— falou firme.— Não adianta nem tu nem eu se desesperar, tem que esperar! Ele não fez nada de errado, isso eu tenho certeza. Ele vai sair de lá vivo, olha só... Deus tá com ele.

Minha mãe puxou uma oração e começamos a orar né? Oramos muito, papo de ouvir louvor e tudo, coisa que eu nem tenho costume de fazer.

Riquelme estava na casa da bisa ainda, eu não tinha contado pra ela ainda pra não preocupar. A Inara já sabe, mas também não contou... Só estamos esperando tudo dar certo.

Mas parece que ela tava adivinhando, pois toda hora me ligava perguntando do neto, dizendo que ele não estava atendendo ela, que precisava falar com ele... E imagina né? Ela que é acostumada a ligar toda hora, a ver ele toda hora, do nada some por dois dias sem dizer o motivo??? Deve tá nervosa também, querendo saber dele.

Nem sei, se alguma coisa acontecer eu nem sei como vamos contar pra ela. Já perdeu o marido pra esse vida maldita, vai perder o neto também??? Deus a livre, Deus nos livre!!!!

Anoiteceu novamente e todo barulho estranho que eu ouvia, achava que era o Nicolas.

Eu só conseguir reagir um pouco por causa da minha mãe. Ela teve que praticamente me dá banho, e quase enfiou um prato de sopa na minha garganta.

Paula: Dorme um pouco, eu tô atenta aqui ao telefone e qualquer coisa eu te falo!

Paola: Mãe, eu não vou conseguir...

Paula: Vai sim, coloquei um calmante no teu suco.— falou plena.— Olha, eu sei que você tá nervosa. Mas não vai adiantar nada você perder mais uma noite! Vai dormir, amanhã você vai ter que ver seu filho, e não vai poder demostrar fraqueza pra ele né? Então... Dorme que eu tô aqui, do teu lado. Não vou sair de perto de você, minha princesa... — me abraçou.— Mamãe te ama muito!

Não consegui nem segurar o choro, eu estava sensível no nível hard. Ela me abraçou de lado e eu acabei adormecendo no colo da mesma.

[...]

Acordei com o telefone da minha mãe tocando, tomei um susto e levantei na hora. Ela atendeu, e quando eu fui pra cima me afastou com a mão.

Ficou uns três minutos calada, só ouvindo o outro lado. Soltava só um "aham, entendi" "agora? Ta bom" e no final um "beleza, estamos indo!"

Assim que desligou, encarei ela. Mas eu tive muito medo de perguntar, sabe??? Sei lá, eu não queria saber se fosse algo ruim, não quero receber essa notícia, eu não vou suportar.

Ela estava com um semblante triste, biru a boca umas duas vezes antes de falar e eu já queria chorar ali mesmo, naquele momento.

Foram tantas cosias que passaram sobre a minha cabeça, sabe??? Nossos momentos, o dia que a gente se conheceu... O quanto a gente se implicava, o primeiro eu te amo... Tudo que a gente passou juntos, os momentos bons e os ruins.

As conchinhas, eu ele e o Rique. Como eu vou viver sem isso??? Como???? É IMPOSSÍVEL!!! Eu nem sei como eu era antes de conhecer ele, cara. Não dá pra viver sem.

Eu aceitei, reclamando ou não, essa vida. Aceitei tá aqui, mesmo sabendo que podia mais. Só que foi tudo por amor, só por isso. Unicamente.

Paula: Filha, eu já tenho notícias...

Paola: Mãe, por favor, não me diz que...

Paula: O Gabriel, Artilheiro quem ligou. Ele disse que o Nicolas foi baleado... Tomou três tiros.

Cara, eu nem sei explicar o que passou pela minha cabeça. Só sei dizer que permaneci imóvel, só esperando ela completar a fala.

Paula: Mas ele tá vivo! Passou por uma cirurgia, uma médica da facção operou ele. Mas ele ainda não a acordou.— me encarou.— Você vai ter que ser forte, pois pelo que eu entendi foi algo grave e ele ainda não tá salvo.

Destino Implacável.Onde histórias criam vida. Descubra agora