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Luísa

A festa tá a mil por hora, hoje eu tô dançando mais que em toda a minha vida. Tô bebendo água de coco e refrigerante, já que só posso beber depois ter e amamentar o neném

Joguei meu cabelo pro lado e rebolei minha bunda junto com as meninas, parei pra respirar e olhei ao redor, parei a visão em um homem de costas todo tatuado

Eu tenho a impressão que conheço ele, mas tá muito longe e eu não consegui ver direito quem podia ser

Bebi um gole de refrigerante e fiquei balançando o corpo junto com o ritmo

Rafa: Isso aqui ta muito boommm - gritou no meu ouvido já bebada - balança balança

Minha amiga cantava alto e descia até o chão, precisando de ajuda pra subir se não dava de cara com a areia

Mari: Você gemendo em meu ouvido - cantou com o copo pro alto

Luísa: E eu botando pra torar - gritei junto com ela, descendo até o chão

Liz: Minha gente - chegou desconfiada - Por que eu tô achando que os meninos estão aqui? Eu passei por uma roda ali que jurei que tinha visto o Menor

Valentina: Será? - abriu maior olhão - Se eles estiverem aqui, vamos fingir que não sabemos e ficar provocando

Concordei

Luísa: Ninguém mandou querer espiar a gente - pisquei o olho pra elas e olhei ao redor, vendo o digníssimo do meu irmão e o Terror perto de uma barraca de bebidas

Mari: Aí gente, alguém quer mais bebida? - levantou o copo pro alto - Sabe que essa sua tara louca só eu sei matar

Entrei na onda dela e comecei a cantar também, as meninas começaram a dançar e toda hora passava alguém olhando e querendo puxar assunto

Nosso plano é fingir que eles não estão aqui e continuar agindo normalmente, mas sempre dando uma provocada pra eles engolirem a seco

Começou a troca de cantor e enquanto o outro não entrava começou a tocar funk, o que fez todo mundo gritar animado

Passei a mão no corpo e desci até o chão ao som de Helicóptero, fiz questão de rebolar e virar o rosto pro lado, dando uma visão melhor pro Terror do que tava acontecendo

Mari fez o mesmo, enquanto a Rafa e a Valentina cantavam com o copo na mão bebendo

Eu era a única sóbria do grupo, as meninas já estavam ficando bebadas e desimpedidas. Olhei pra trás e vi o Terror olhando pra cá com os braços cruzados e o Bernardo igual ele

Cutuquei a Mari e ela olhou também, mandando beijos no ar e voltando a dançar. Pisquei o olho pro Terror e voltei minha atenção pra música

Terror

Cruzei os braços e semicerrei os dentes vendo a Luísa descer até o chão e um monte de pau no cu olhando

Bernardo: Tô me segurando pra não quebrar a cara daquele imbecil - apontou pra um homem que olhava as meninas dançarem

No CrimeOnde histórias criam vida. Descubra agora