Capítulo 6

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[...]

Yoongi

Enfrento uma batalha interna parado em frente a essa porta. Não quero entrar e embarcar nas loucuras dos meus amigos, mas a curiosidade fala alto nesse momento.

Ignorando todos meus pensamentos gritando em minha mente para voltar, lembro que meus amigos gastaram uma nota nesse "presente".

Passo meu cartão na fechadura, ouvindo o barulho da porta destravar. Daqui, com a porta aberta, consigo ver minha acompanhante da noite me encarar com olhos assustados, seu olhar me lembra olhos de uma gatinha assustada.

— Boa noite. — Falo usando meu tom de voz de sempre. Frio e direto.

A mulher à minha frente fica em silêncio, aproximo com alguns passos em sua direção, notando a roupa nada discreta que ela usa. Deixo meus olhos vagarem pelo seu corpo, sendo surpreendido por curvas nada convencionais dentro de uma lingerie minúscula e um robe negro transparente.

Passando meus olhos, noto seu busto cheio, quadril largo, cintura fina, coxas grossas... Subo o olhar mais uma vez, leva do tempo para reparar em seu rosto, muito lindo por sinal. Ela tem olhos grandes, expressivos. Uma boca desenhada, com lábios cheios, sinto vontade de morder para testar a maciez... Seu cabelo tão grande, que a única coisa que vem aos meus pensamentos é poder enrolar ele na minha enquanto a pego de quatro.

Um arrepio sobe pela minha espinha, sinto meu membro ganhar vida dentro da minha calça apertada. Ignoro, voltando meu foco na bela mulher à minha frente. Seu rosto ganhou um tom profundo de vermelho scarlet, a deixando sexy e fofo ao mesmo tempo.

— Que dizer que você é meu presentinho essa noite? — Falo mudando meu tom de voz, deixando claro o desejo que sinto ao conferir suas curvas.

Para minha total surpresa, seus olhos brilham, como se estivessem cheios de lágrimas… Pera aí... Ela está chorando? Ao perceber que notei, ela abaixa a cabeça me dando as costas, o que só prova que sim, ela está chorando.

Odiando a sensação que sinto no meu peito, acabo suspirando forte fechando a distância entre nós. Paro ao seu lado tocando no seu braço. Odeio lidar com pessoas, me deixa completamente fora da minha zona de conforto, mas a estranha necessidade de deixar ela confortável, me faz tomar a iniciativa de tentar entender o que está acontecendo.

— Você está chorando? — Questionando, vendo ela secar desesperadamente as lágrimas que não param de cair, negando com a cabeça. — Vem, senta aqui.

Puxo ela para o sofá, correndo para pegar uma garrafinha de água. Volto colocando em suas mãos, surpreso com a preocupação que sinto.

— O-obrigada... — Ela gagueja, bebendo um pouca da água antes de me devolve a garrafinha. — D-desculpa... E-eu... D-droga...

Sem conseguir segurar o riso, acabo deixando escapar. — Você está engraçada.

— S-sinto m-muito... — Ela parece ainda mais envergonhada, a deixando fofa como uma gatinha medrosa.

— Deixa eu adivinhar, você não está aqui pra vontade própria? Você pode desistir... — Ela me olha assustada.

— NÃO... — Arqueio as sobrancelhas surpreso com o grito que ela deu, ninguém nunca ousou gritar comigo, quem tentou não está vivo para contar história, mas com ela, só consigo achar fofo os olhos assustados que me encaram após o grito.

— Não, porque não quer ou, porque não pode? — Questiono curioso.

Ela suspira. — É c-complicado...

— Quero saber, não vou fazer nada antes de ter certeza que você está aqui por vontade própria.

— E-eu só e-estou n-nervosa...

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