Mermaid- A sereia e o mafioso

Capítulo 10 - A invasão

Sasuke

Não me lembro quando foi a última vez que estive tão alerta.

Kakashi disponibilizou quinze homens para mim, mesmo sem saber exatamente para que eles serviriam. Eu não disse a ele que Yahiko estava em minha boate, muito menos com uma garota de programa, a quem eu tenho um apreço.

Suigetsu e Juugo chegaram até meu prédio em tempo recorde, ambos vestidos de preto, com uma roupa tática como a minha, para os dois eu contei parte do que aconteceu de verdade na boate, contei que Yahiko estava frequentando, que Jiraya usava as mulheres que trabalhavam para ele, para pagar uma dívida que eu já havia dado o dinheiro para liquidar. Só não sabiam que Sakura era a garota usada para pagar esse débito, muito menos que eu tinha levado para o pessoal o fato dela ter sido abusada por Yahiko, muito menos o fato dela ser minha.

Não demora e uma van branca conhecida parelha ao SUV que Suigetsu dirige, ele estaciona e desce, o fuzil preso no ombro, Juugo desce atento, antes de mim, enquanto os soldados na van desembarcam, escondidos na sombra da noite, num beco, todos se posicionam em posição de sentido, esperando minhas ordens.

— Como vocês já devem saber a Mermaid faz parte da Organização, ela pertence a mim, mas um de nossos inimigos não entendeu isso. — Digo em voz alta, contendo o ódio que sinto, não quero que eles notem meu nervosismo. Isso é fraqueza. — Quero que entrem, neutralizem os inimigos, não machuquem as garotas e façam da cafetina minha refém. Por último e mais importante, Yahiko é meu.

— Sim senhor! — Eles dizem todos juntos antes de voltarem ao veiculo, enquanto eu, Juugo e Suigetsu entramos no carro e saimos em alta velocidade.

Enquanto o carro ganha as ruas eu começo a pensar nela.

Sakura poderia pagar o preço, e esse fato me incomoda, faz meu sangue ferver, com raiva.

Eu sabia que tudo isso ia acabar em tiroteio, que haveriam civis mortos, que meu irmão vai ficar puto quando souber. Eu só não sabia se estava preparado para ver Sakura morrer.

Maldita sereia.

Eu pensava nela todos os dias, me senti preocupado e agora estou aqui, pensando sobre ela morrer ou viver.

Quando o tal Yahiko e a Akatsuki perceberem que eu estou atacando, a chance dela ser usada contra mim é grande, afinal Yahiko não iria exigir que ela fosse a moeda se não soubesse o que ela pode representar para mim.

Deixei transparecer a terceiros que ela me afetava de alguma maneira, e agora ela seria usada por meus inimigos. Porém pretendo ser mais rápido, matá-lo antes que me mate.

Eu vou usar uma civil para beneficiar a organização.

Não é a primeira vez, eu só não achei que isso ia me afetar, nunca me fez diferença usar um civil ou alguém ligado a Organização. Mas hoje me incomoda. A ponto de sentir vontade de estourar os miolos de todos dessa facçãozinha de merda, caso ela tenha um arranhão.

O esquadrão vai a frente, matando alguns homens que estão na entrada e nos corredores. Eu ajudei a montar esse esquadrão, entre esses homens coloquei atiradores, mas também coloquei lutadores, pois em momentos como esse, sair atirando pode não ser eficiente.

Silenciosamente os homens se infiltram, matando os soldados, os matando sufocados ou quebrando seus pescoços, eu e Suigetsu vamos atrás, armados, prontos para atirar em quem se atrever a entrar no caminho.

Porém é praticamente impossível tirar um bando de putas em silêncio de um puteiro. Elas começaram a gritar quando perceberam o primeiro morto, e isso denunciou nossa posição.