único

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Caminhando pelas ruas escuras de yokohama, chuuya voltava para sua casa após um dia estressante em seu trabalho.

– Mi mi mi, ele não sabe o que diz "seu desempenho caiu nas últimas semanas, chuuya, dessa forma terei que te substituir por akutagawa" – O ruivo imitava a voz do chefe, chutando algumas pedras pelo caminho.

– Meu desempenho caiu só se for nos sonhos dele! Eu continuo muito bem! Que raiva... – Ele esbravejou, adentrando o apartamento e batendo a porta.

Deixou seu chapéu em cima da mesa, indo em direção à sua adega, pegando seu vinho mais forte e colocando até metade da taça que segurava.

– Que saco, parece que só a kouyou me valoriza naquele lugar, bem que o dazai falou... Não! Não vou mais citar o nome desse filho da puta – Ele bebeu um gole de seu vinho.

Dazai era seu ex marido, haviam se casado um pouco antes do mesmo o abandonar naquele lugar obscuro que era a máfia.

Apenas kouyou sabia do relacionamento dos dois, eles decidiram deixar em segredo, até porque, na máfia não tem lugar para outro sentimento além do ódio.

– Mas que merda! Aquele idiota deve ter fervido o meu nome, não paro de pensar nele, ugh – Chuuya já cambaleava pelo apartamento com a taça na mão, era a quarta vez que enchia o objeto.

Pegou o telefone de seu bolso, abrindo a lista de contatos e procurando um número específico.

Chamando...

Era o que aparecia na tela por alguns segundos antes da ligação se iniciar e uma voz conhecida soar do outro lado.

– Chuuya? Por que está me ligando essa hora? – Já era tarde da noite, dazai estranhou, fazia alguns anos que chuuya não o ligava.

– Escuta aqui, seu imbecil, se você tiver feito alguma coisa para mim- hic -, saiba que eu vou descobrir! – O ruivo se sentou à mesa, apoiando a taça ao lado de sua mão.

– Tá falando do que? Você bebeu? – Dazai perguntou.

– Meu trabalho tá uma merda e eu não consigo parar de pensar em você, seu idiota! – Após um tempo em silêncio, o moreno conseguiu ouvir um barulho de vidro quebrando vindo do outro lado da chamada.

– Chuuya!? Você está bem? O que aconteceu? – Dazai perguntou, era possível ouvir a preocupação em sua voz.

– Dazai e-eu, eu to... – Chuuya falou, seu tom de voz diminuindo cada vez mais.

– Chuuya, não ouse desligar esse telefone, tá me ouvindo!? – Dazai praticamente gritou do outro lado, o ruivo conseguiu ouvir barulho de chaves batendo do outro lado da ligação e uma porta sendo batida logo após.

– Ei, vamos lá, me conte como tem sido esses anos sem mim, hm? – A voz de dazai estava ofegante, queria tentar distrair chuuya da dor.

– Eu... continuei na máfia, cortei um pouco o meu cabelo e... Ah! Dazai, tá doendo... – A voz chorosa ecoou na cabeça do moreno.

– Calma chuu, eu estou chegando, tudo bem? Aguenta só um pouquinho, eu vou cuidar de você – Ele disse.

Após alguns minutos em ligação, dazai chega em seu destino, a casa do ruivo.

O moreno desligou a chamada, pegando a chave que o menor sempre deixava em baixo do vaso de plantas que ficava em sua porta.

Entrando na casa com pressa, ele encontra chuuya sentado no sofá, seu braço estava ensanguentado e em seu rosto havia uma expressão triste e amedrontada.

– Chuuya! Caramba, como você foi fazer isso? – Dazai se aproximou do menor e se ajoelhou na sua frente, segurando o braço machucado com cuidado.

– Espere, não responda, eu vou cuidar de você primeiro e depois a gente conversa – O moreno se levantou, indo em direção ao banheiro para procurar um kit de primeiros socorros ou algo do tipo.

De volta para você - Soukoku Onde histórias criam vida. Descubra agora