Prólogo

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Cinco anos atrás

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Cinco anos atrás...

O carro parou no estacionamento da boate exatamente no momento em que uma fina garoa começou a cair. Eu suspirei e depois olhei novamente a mensagem de James no meu celular, me perguntando porque decidi vir aqui, quando eu só queria me deitar e esquecer que essa noite existiu.

Eu estava de coração partido. Novamente. E James sabia disso.

Por esse motivo ele pediu que eu viesse até o bar perto da casa dele, para que pudéssemos encher a cara até esquecermos nossos nomes. Ele não tinha levado um fora de uma garota, mas eu apreciava que ele queria amortecer a minha dor junto comigo — mesmo que, para quem o conheça, ache que ele não tenha um coração.

Em todos os anos que conheço James — e isso já faz muito tempo —, era raro vê-lo interessado por uma garota. Eu poderia contar nos dedos quantas namoradas ele teve, e todas elas saíram de coração partido no final, exatamente igual a mim.

Quando comecei a me envolver com a Penny, minha mais recente ex, disse para mim mesmo que seria algo casual e que eu não deixaria meu coração ser envolvido no processo. Acontece que a garota conseguiu me puxar pelas bolas, como todas as outras antes dela.

James dizia que eu era um romântico de carteirinha e não poderia dizer que ele estava errado. Sempre me apaixonava por todas as garotas que eu conhecia, o que eu poderia fazer? Todas elas sempre tinham algo especial que me cativava e me deixava de joelhos.

E Penny me deixou de joelhos e depois me chutou como se eu não fosse nada para ela — e eu achava mesmo que não era. Se eu me lembrasse bem das últimas palavras dela, era algo como: "Você foi apenas uma distração e agora eu não te quero mais."

Doeu? Pra caralho.

Eu deveria começar a aprender a ser tão insensível como elas, pegar e descartar quando eu não estiver mais interessado. Quem sabe assim meu coração deixa de ser pisoteado e massacrado todas as vezes?

Meu celular tocou quando eu ainda estava mergulhado em pensamentos. Trouxe ele perto do ouvido e me recostei no banco de couro, já sabendo quem era antes mesmo de ouvir a voz do outro lado.

— Eu estou vendo você dentro do carro. Quer sair logo daí? — A voz de James quase não dava para ser ouvida por causa do barulho de onde quer que ele estivesse, e ainda assim eu conseguia notar um indício de impaciência.

— Eu já estou indo. Me dê um tempo para sofrer em silêncio — disse, pegando a jaqueta no bando do carona e saindo do carro.

— Você já sofreu o suficiente em casa. Penny não merece tudo isso, e você sabe.

Sim, eu sabia mesmo. Mas isso não me impedia de continuar sofrendo por ela.

— Sabe o que você tem que fazer? Esquecer todas essas mulheres e se concentrar em você mesmo. Não disse que queria começar uma banda? Pois então, se concentre nisso.

The Sins Of GabrielOnde histórias criam vida. Descubra agora