DROGO • Trilogia Irmãos Bartholy - Livro 1

40. Sem contato

Meghan

        Dois meses depois

        Estava com a cabeça encostada, na janela do apartamento que eu estava dividindo com Robert em Nova York, escutando Take on me e lembrando de tudo o que passei. Então ele preferiu a sua sede de vingança do que superar e ficar comigo. Ele que se queixava que Blaire e Mia o fizeram sofrer, fez a mesma coisa comigo. Vacilou feio. Não quero voltar para aquela cidade, não quero saber daquela família, principalmente de Drogo. Se bem que os irmãos, principalmente Lorie, eram gentis comigo. Mas tenho que seguir em frente. Esquecer tudo isso. Drogo me usou, brincou comigo e não se importou com os meus sentimentos. O que será que ele realmente estava pensando? Não importa! Ele me magoou e muito. Estou mal. Eu havia contado tudo ao Robert. Menos a parte sobrenatural. Ele ficou com raiva. Não é para menos, sempre foi meu único amigo e sempre nas investigações me protegia. E outra vez voltei para o NYPD. Pedi transferência da MPD, disse ao xerife que tive que voltar para Nova York com urgência, pois tinha problemas pessoais para resolver. Já fazem dois meses que voltei. Desde que vim, me colocaram de volta na equipe que está investigando a organização La Muerte. A missão está quase completa. Já temos os alvos e os mandatos de prisão. Ainda hoje, vamos voltar ao departamento e nos preparar para a caçada.

        — Maggie, o café está pronto — Robert fala, batendo e abrindo de leve a porta do meu quarto.

        Levanto e o acompanho até a cozinha.

        — Valeu, Rob. Não sei o que faria sem você. Você é meu amigo de verdade, meu irmão — tenho que tomar o café para o meu disfarce. Não era tão ruim.

        — Também te vejo como minha irmãzinha. E você sabe que pode contar comigo para qualquer coisa.

        — Obrigada de novo. Robert...? Hoje vamos efetuar prisões, certo? Então temos que estudar bem o local onde os mafiosos vão se reunir.

        — Sim. Descobrimos que quem mandou matar o empresário Mario foi Caesar Escobar, um narcotraficante e contrabandista mexicano. — Caesar! O cara que foi para matar Daryl. Eu o matei. — Descobrimos que ele foi morto em Las Vegas, em uma troca de tiros com Daryl Ortega. Suspeitamos que Daryl também foi morto. Encontramos o sangue dele no local, mas não o corpo.

        — É. Eu vi a reportagem.

        — Depois da morte de Caesar, sua irmã Lana assumiu os negócios. Entretanto ela não ficou por muito tempo. Recebemos uma denúncia de que havia sequestrado o irmão de Daryl, Matt Ortega, por ordem de Caesar. Fomos atrás, libertamos o rapaz, que ainda por cima era ex de Lana, e prendemos ela.

        — Nossa! O irmão gêmeo de Daryl, certo? O Matt? Como assim ele era ex da Lana? Ele também está envolvido em tudo isso?

        — Não, ele não tem nada a ver. No passado, quando era mais novo, em Porto Rico, cometeu delitos ainda adolescente. Depois de adulto, quando ele e o irmão se mudaram para Nova York, ainda se envolveu em rachas de motos. Mas parou desde quando sofreu um acidente. Ele e a Lana. A ficha dele agora está limpa. Acreditamos pelo seu relato, pelo fato de que Lana o sequestrou por ordem de Caesar e porque ela deve ser uma ex psicótica. Já que quando foi presa, aparentava ainda está obcecada por Matt.

        — Caramba! Quantos anos ela pegou?

        — A ficha dela é extensa, pegou quarenta anos.