Petra e Auruo

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Batalha contra a titã fêmea

Auruo: PETRA!! RETOME A POSIÇÃO!!
PETRA!!
RÁPIDO!!

Auruo: por que...
...minha lâmina não corta...?

...

Petra abriu os olhos devagar tentando distinguir as formas a sua frente, sua boca chegou a abrir mas as palavras não saíram. Uma dor pulsante se fazia presente no seu tronco enquanto endireitava seu corpo, notou que uma outra pessoa exatamente como ela era envolvida em tecidos reservados aos mortos.

Uma luz de entendimento caiu em si quando entendeu que o corpo a sua frente era o seu. Ela havia morrido, e quando compreendeu isso a dor passou, como a recompensa de um teste que alguém impusera.

Ela olhou para o lado e viu que o corpo de Auruo também estava sendo levado, seu peito voltou a doer, mas ao mesmo tempo se sentia aliviada por não estar sozinha naquela nova jornada.

Buscou os outros colegas com o olhar, mas todos seguiam a caravana que se afastava em direção as muralhas.

Ela se aproximou do único espectro que ainda restava, e o chamou:

- Auruo, acorda!

- Petra? O que aconteceu?

- A gente morreu...

- Que? Como você pode dizer isso se estamos aqui inteiros?

- É que os titãs ao nosso redor estão nos ignorando, e eu vi nossos amigos levando nossos corpos. E também tenho uma sensação de que devemos ir atrás dos nossos colegas. O capitão Levi deve estar arrasado, meu pai...

Lágrimas começaram a descer do rosto da Petra em ritmo suave, brilhavam ao contato do sol. Era difícil para eles acreditarem que não estavam mais vivos, no entanto uma paz os dominava.

- Petra, também sinto como se devêssemos seguir nossos amigos. Onde estão os outros que perderam suas vidas?


- Eles já foram. Todos pareciam meio que hipnotizados com tudo, como se ainda estivessem em missão, também sinto isso.

- Antes da gente ir podemos ficar um pouco aqui? É a primeira vez que estamos do lado de fora sem nos sentirmos em perigo, sem estar alerta. É uma paz que eu gostaria de apreciar um pouco antes de seguir o destino que nos é confiado.

Eles se sentaram sob a sombra de uma árvore, o vento balançava os cabelos da Petra em um ritmo que prendia o olhar de Auruo.

- Sabe, Petra, tem algo que sempre quis te falar...

- O que?


- Sempre gostei de você, não apenas como amigos, mas como algo a mais. Nunca falei porque achava que você gostava do capitão. Mas agora que estamos mortos não tenho motivos para continuar mantendo meus sentimentos em segredo.

O rosto de ambos ficou muito vermelho, mas Petra se aproximou calmamente dele com um sorriso e disse:

- Eu também sinto o mesmo por você.

Eles se aproximaram até os lábios se tocarem, o beijo que deram era suave, como se fossem beijados pelo vento, Auruo a abraçou e os dois adormeceram. Um sono leve até a hora da partida que se aproximava, o caminho que enfrentariam seria como em vida, juntos.

Aquele dia, contos de Attack on TitanOnde histórias criam vida. Descubra agora