POV MARÍLIA:
A cada dia que se passa e eu estou ao lado do Henrique, todo o medo que eu tinha de me permitir se apaixonar novamente por ele, o medo de que as coisas não dessem certo dessa vez e que acabássemos acordando de um sonho bom e visse que a realidade era bem diferente do que estávamos vivendo, tudo isso, todo o receio, todas as feridas e cicatrizes, tinham passado.– era como se sumissem a cada vez que eu olhasse para o barbudo e soubesse que estávamos de fato fazendo tudo dar certo dessa vez.– sem ressentimentos ou receio algum.
Agora estávamos indo dormir juntos quase todas as noites e sempre que deitávamos na nossa cama, na nossa casa, demoramos a pegar no sono mas não é mais por estamos com saudades ou longe um do outro e sim porque o teto do nosso quarto se transformou numa tela de arte, onde o coração apaixonado imagina a história da gente, as nossas viagens futuras, o altar, o dia do nosso casamento, esse que seria daqui a alguns meses, o nome dos nossos futuros filhos.– Deus, quem diria, eu, Marília Mendonça pensando em ter mais filhos e dessa vez tendo o Henrique, meu melhor amigo, o amor da minha vida, como pai deles.
Era surreal o quanto tudo acontecia de forma inplanejavel e inesperado.
Se bem que, eu sempre fui apaixonada por ele, isso não é segredo algum, mesmo quando eu ainda era imatura e não tinha tanta noção assim das coisas, quando não me conhecia verdadeiramente…sempre planejei algo com o Ricelly pois ele era o tipo de cara ideal, o tipo de cara que você olhava e planejava um futuro com ele.– só que infelizmente passamos um bom tempo nos enganando dizendo o contrário disso, dizendo e afirmando que o que sentíamos não era nada além de amizade, admiração e meu Deus, até nos consideramos como irmãos.– saber que tudo foi correspondido por ele me fazia questionar o porquê perdemos tanto tempo assim, mesmo sabendo que tudo o que aconteceu tinha que acontecer. -- até as nossas brigas um com outro era tentando ficar perto um do outro.– então…era louco e… maravilhoso.
Henrique sempre me conquistou, todos os dias, desde quando ainda éramos só amigos e ele faz isso ainda hoje, a cada instante.- faz questão de demonstrar que realmente me ama e me faz acreditar nisso com todo o meu ser.– quando estávamos longe um do outro, passávamos horas no telefone e quando não estávamos conversando, eu me pegava escutando os áudios que ele me mandava só pra poder ouvir a sua voz, a voz que mexe com tudo que eu tenho por dentro.
Não tinha mais medo de confiar de novo, ainda que tenhamos sofrido com isso e tenha feito pessoas sofrer também por conta da nossa bagunça, amor não é pra quem nasce pronto, aprendemos com os nossos erros e sei que amar faz parte de querer construir.– talvez seja feito lego, a gente monta e as vezes as peças cai, dai pisamos em uma peça e dói o nosso pé e aquela dor acaba indo até o fundo da nossa alma, temos altos e baixo e Deus sabe o quanto eu e o Henrique já discutimos por tantas besteiras nesse meio tempo que estávamos morando juntos, afinal, somos duas pessoas diferentes por mais que sejamos tão parecidos.– e tá tudo bem, pode doer o peito, doer a alma, a gente chora mas no final das contas sabe que vale a pena.
Fico grata por saber que não precisamos mais fazer joguinhos emocionais para saber quem está mais errado ou não, agora a gente briga mas logo em seguida nos acertamos, sem muita gritaria e sem mais sofrimentos sem cabimento. -- finalmente tínhamos aprendido a amar de forma simples porém extremamente verdadeira e intensa.
– qualquer coisa por um pensamento seu…– escuto a voz do barbudo soar enquanto o mesmo fazia um carinho bom em meu cabelo, assim fazendo eu soltar um pequeno sorriso de satisfação enquanto me aconchegava melhor em seu peito e saía dos meus pensamentos
– não precisa de muito pra cê adivinhar.– digo e levanto a cabeça para lhe olhar, vendo o mesmo sorrir de forma simples. -- tenho certeza que está pensando no mesmo assunto tanto quanto eu.
VOCÊ ESTÁ LENDO
DOIS COVARDES: Nossa Segunda Chance
FanfictionNOSSA segunda chance "Nós somos dois covardes, tentando ficar bem forçando uma amizade..." Uma segunda, terceira, quarta chance? Queremos ficar bem, mas isso será possível só com uma amizade? Bom, as vezes sim, mas entre duas pessoas que se amam v...