Respiro fundo começando minha produção.
Inicio passando a pasta branca por minha pele, da testa ao pescoço. Até que gosto da sensação, é frio e ao mesmo tempo escorregadio, não o suficiente para me fazer arrepiar, mas fazendo com que se torne algo em que tenho certa satisfação em fazer. Tendo a concentrar a tinta totalmente em minhas sardas para não ficarem aparentes, não quero que as pessoas saibam que estão apreciando um sardento, já acham estranho o suficiente o fato de não ser uma mulher dançando naquele palco.Selo toda pele com pó de arroz, contorno meus olhos os-deixando maiores e pinto meus lábios com cor cereja.
Pensando em começar a produção do cabelo ainda escorrido, observo pelo reflexo do espelho algo que perece serem pessoas, especificamente mulheres, entrando em meu camarim. Isso se confirma quando vejo Kikyo adentrando junto com outras duas meninas que afirmei serem suas amigas.
Assim que a vejo um frio sobe pelo minha espinha, felizmente meus sentimentos não condizem as minhas expressões. Não queria que fizesse alguma coisa comigo, oque provavelmente iria acontecer, e muito menos hoje. A S.ra Kinu me disse que hoje me apresentaria para investidores milionários afim de, obviamente, me terem, mas não como objeto de satisfação, e sim, para apresentações particulares, mas obviamente, não cai nesse papinho, obviamente em algum momento seria forçado a seduzi-los em troca de dinheiro, mesmo se eu não precisasse dele.Elas se aproximam de mim ainda de costas, me viro para elas na intensão de ouvir oque queriam mas logo em seguida recebo um murro no meu rosto, que se vira fortemente recebendo pressão em meu pescoço. Evito qualquer tipo de ação para não confronta-lá, porém para Kikyo, não é necessário mais de um respirada para ela já considerar um confronto.
— Sua Vadia! Eu já não lhe avisei para não ficar em meu caminho, já não lhe disse?! — minha cabeça ainda estava na mesma posição que a mesma deixou, tento voltar minha cabeça a posição inicial mas a mesma agarra fortemente meu maxilar me forçando a encara-la. — Não importa oque a S.r Kinu lhe disser, você sempre vai continuar sendo essa aberração! Então de espaço para quem tem potencial. — sinto uma forte pressão em minha bochecha, logo percebi ser seus polegar quase esfolando minha pele, removendo a maquiagem que antes havia ali. — Nem maquiagem consegue esconder seus defeitos. — ela diziam em um tom de desgosto que, me fazia sentir um amargor na garganta. Ouço às outras rindo de suas falas e caçoando de mim. Ela obviamente falava das minha sardas.
E mesmo que já tenha passado por situações piores que essa, ainda acho difícil segurar minhas lágrimas..Ela finalmente me larga dando meia volta para ir em bora, quando vejo a porta se fechando é minha deixa para deixar minha lágrimas saírem.
O pior, é que eu não podia fazer nada, não podia falar com quem eu confiava, que é a S.r Kinu, e nem ninguém conhecido. A única pessoa que sabia das minhas situações decorrentes é meu melhor amigo Jisung, que mora no Okiya ao lado.
Eu e Jisung somos amigos há tempos, desde que fomos postos no mesmo Okiya quando crianças, porém com as mudanças e divisões de gerenciamento acabamos nos separando para Okiyas diferentes.Eu sabia oque Kikyo queria. Não suportava a ideia de outra pessoa ser convidada a estes eventos, principalmente alguem como eu, acho que se sente ofendida...
Enxugo minhas lágrimas e refaço a maquiagem borrada, daqui meia-hora já estaria pronto. Novamente.
Hwang Hyunjin
Me deito na cama me sentindo ofegante, nos braços daquele homem que não obtinha o mínimo de interesse.
— Lhe agradei? — ele me direciona sorrindo com a respiração pesada.
— Agradou, mas agora já pode ir. — digo me levantado e ponto minha calça. — Tenho que sair hoje.
Ele se senta cama e seu olhar me expressava confuso.
— Eu fiz alguma coisa de errado? — indaga me assistindo por a roupa.
— De jeito nenhum, só.. — vou até o espelho ajeitando minha gravata – Vá logo pra casa, tá?, logo irá escurecer. — finjo me importar.
Acabo de por minha gravata, apanho meu casaco e saio de casa deixando a porta aberta para o.. seja lá qual for seu nome, ir em bora daqui a pouco.Hoje iria há uma Ochaya encontrar como o S.r Masato e alguns senhores, claramente para falar sobre negócios mas sabia que o objetivo de todos era sair com várias mulheres em seus braços, se exibindo com suas minas para que se jogassem ao seus pés. Entretanto, me interesso por apresentações de gueixas, as acho sinceramente intrigantes.
Meu objetivo mesmo, é causar uma boa impressão entre os senhores como um homem "sociável", mas pretendo acabar essa noite sozinho como as outras. Assim eu esperava.. . .
Entro no Ochaya retirando meus sapatos e já consigo sentir o cheiro de bebida e o som de pessoas rindo e conversando.
Uma casa um tanto quanto clássica com leve aroma de canela.— Oh, S.r Hwang, entre por favor. — diz Masato, o importante político e quem organizou aquele evento.
Adentro na casa sentindo a mudança de temperatura.— Boa noite senhor. Boa noite. — primeiro me direciono ao Senhor Masato fazendo uma reverência e em seguida a todos que estavam ali sentados também. Todos respondem e é minha deixa para sentar em frente a mesa onde havia bebidas e alguns petiscos.
— Como vai S.r Hwang? Soube de um novo investimento feito pelo senhor, como pretende mantê-lo sobre a tutela de Takashi sem perdê-lo? — Masato me interroga em um tom um pouco sarcástico.Takashi é um famigerado político, muito rico, que tem como posse empresas e terras enormes, por mais que também tivesse uma fama meio "agressiva" por conta de suas formas de fazer dinheiro, porém era bem respeitado.
— Tenho certeza que dou conta disso senhor, não se preocupe. — respondo cortando qualquer tipo de conversa relacionada aos meus investimentos, temia perguntarem de que fonte saía certos Ienes..
Logo as apresentações iriam começar, haviam gueixas na mesa se divertindo com alguns homens mas parecia que não seriam elas a se apresentarem hoje. Pelas conversas recorrentes na mesa, parece que a atração principal ainda não havia chegado..
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Quando o destino resolve me ouvir | Hyunlix
FanfictionFelix era uma gueixa que atuava em uma ochaya, apresentando-se para homens de posses consideráveis, devido ao seu talento artístico excepcional. Sua okasan, a mulher que o gerenciava, tratava-o com extrema gentileza, assim como todas as outras garot...