Prólogo

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Como já dizia o narrador em (500) Dias Com Ela, "antes você deve saber, esta não é uma história de amor". É uma história sobre o amor. Principalmente porque histórias de amor nunca foram as minhas favoritas; enquanto as minhas primas brincavam entre si, vestidas como princesas, eu estava com um sabre de luz na mão, lutando com os meus primos.

Então você deve estar se perguntando o motivo pelo qual estou escrevendo sobre o amor se esse nunca foi o meu tema favorito. Bem, é exatamente por isso que eu estou escrevendo.

Histórias de amor me fazem bocejar porque elas geralmente são ridículas. É sério. Uma garota conhece um garoto e ele se torna provavelmente o segundo namorado dela (o segundo cara com quem ela ficou durante a vida toda!) e aí, depois de mil altos e baixos, de várias outras garotas tentando roubar o garoto, ou vários outros garotos tentando roubar a garota, os protagonistas finalmente conseguem ficar juntos e "vivem felizes para sempre". Ah, por favor! Viver feliz para sempre ao lado de uma pessoa quando se tem apenas dezesseis ou dezessete anos?

Eu aposto que quando a história acaba (seja no livro, filme, série), alguns meses depois os protagonistas terminam o relacionamento também. Desculpem estragar a ilusão de vocês, pequenos gafanhotos.

Então este livro é basicamente sobre isso. Senti desesperadamente que precisava escrever para desmistificar esse "amor adolescente" na cabeça das pessoas.

Ademais, se você é o tipo de leitor que não gosta de spoilers, sugiro que pare de ler agora mesmo, pois essa história inteira contém um spoiler imenso de si mesma: eu e o Joaquim terminamos. Viu só? Eu até já citei o nome dele.

E sobre o título: bem, eu precisava escolher um. E já que era pra ter "amor" nele, que ao menos tivesse "pizza" também, para equilibrar. Mas se você quer uma explicação bonitinha e poética, vamos acreditar que "pizza" e "amor" são parecidos em alguns pontos metafóricos: a) ambos são bem gostosos; b) os dois são extremamente variados e incrivelmente diversos; c) a gente não quer que eles terminem nunca.

E se você me disser que existem pessoas que não gostam de pizza, eu direi que também existem pessoas que não gostam do amor. E assim como certas pizzas causam diarreias e vômitos horrendos, alguns "amores" (com muitas aspas dessa vez) são igualmente maléficos. Ambos podem estragar depois de um tempo, e se você insistir neles ainda assim, tenha certeza de que isso não causará nenhum bem, muito pelo contrário.

Entretanto, se essa explicação ainda não tiver sido o suficiente, eu te garanto que durante o tempo que eu e Joaquim estivemos juntos, pizzas estiveram presentes nos principais momentos.


Do início até o fim.

Pizza Love [PROCESSO DE REESCRITA]Onde histórias criam vida. Descubra agora