chapter sixty seven

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Nicole Santori 🍓

Depois de uma pequena discussão com o meu amiguinho, a Bibi foi pra sala onde os meninos tavam.

O outro caminhão chegou e tava coisa séria.
Tinha gente com ferimento de todo tipo.
Alguns gritavam, outros gemiam de dor, e eu já tava agoniada com isso tudo.

Menor: esse aqui precisa de ajuda, rápido! — ele entrou no galpão correndo com um cara nos braços.

Costa: Bianca

Bia: cadê as coisas?

Costa: tá na salinha — os dois entraram na sala e eu fui junto.

Menor: o tiro foi na barriga

Bia: precisa estancar o sangue — ela se ajoelhou perto do cara e tentou tirar a camisa dele. — ai, ele precisa levantar. — o Victorio se ajoelhou do outro lado e rasgou a camisa do cara.

A barriga dele tava jorrando sangue. Era muito sangue, sangue pra caralho.
O tiro pegou bem em cheio.

Costa: assim dá?

Bia: Hunrum
Bia: precisa estancar o sangue, eu preciso de pano

Costa: Gabrielle, desenrola isso aí — falou levantando.

Ni: tem aqui — peguei uma bacia que o Azevedo trouxe com várias toalhas.
A Bibi pegou uma e pressionou o lugar do tiro.

O cara gritou com a dor e eu vi ela ficando desesperada.

Bia: amor

Costa: oi?

Bia: tem que dar alguma coisa pra ele, a dor vai ser grande

Costa: eu vou desenrolar alguma coisa — o Costa saiu da sala.
Nós duas continuamos no chão.

Foram várias e várias toalhas pra estancar o sangue. Todas ficaram ensopadas.
Aos poucos, foi diminuindo. A Bia continuou fazendo pressão.

O carinha se contorcia de dor e tava atrapalhando ela. Foi preciso o Azevedo vir segurar ele, ou não ia ter como.

Bia: é muito sangue... Ele tá perdendo muito sangue!

Azevedo: foca na bala, Bianca. Tira essa porcaria

Bia: ai, calma..
Bia: eu não sou nenhuma profissional, eu posso errar se fizer as coisas assim

Azevedo: não fode, caramba

Ni: Azevedo!

Azevedo: porra, o cara tá morrendo — a Bia pegou uma maletinha na estante e voltou pro chão.
Ela pegou os materiais que ia usar e ficou quietinha. Não pediu mais ajuda nenhuma.

O Costa voltou com um remédio e deu pro cara tomar.
A Bibi fez os cortes que precisava e começou a procurar a bala com uma pinça.
Ela tava super concentrada e eu só consegui prestar atenção no Victorio segurando o pé dela.

Depois que ele deu o remédio pro cara, ele sentou atrás dela e ficou segurando o pé dela.
Ela focada pra caralho e ele fazendo massagem no pezinho dela.

(...)

Bia: ai, senhor..

Ni: tá tudo bem, já foi
Ni: ele tá bem

Bia: mas eu não — ela tava ajoelhada no chão e se jogou pra trás, no colo do Victorio.

Costa: calma

Bia: eu achei que ele ia morrer

Costa: não morreu

Bia: a culpa ia ser toda minha..

Mulher Do Chefe | 1º temporada (Em andamento)Onde histórias criam vida. Descubra agora