16. O AMOR É ISSO

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META: 15 comentários.
-perdoem por qualquer erro ortográfico-
boa leitura amores!

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YASMIN MONTOYA
25/12/2019

O clima ficou o mais perturbador possível depois daquela conversa, daquelas mensagens, depois de toda essa desconfiança, eu só queria deitar na minha cama e chorar. Mas me mantive com um sorriso no rosto agradecendo pela noite.

- Obrigada por tudo, dona Márcia - Sorri agradecida, dando um abraço na mais velha, que retribuiu.

- Por nada, querida, venha mais vezes! - Márcia acena com uma mão enquanto a outra abre a porta da frente para irmos embora - Feliz natal meu filho, feliz natal minha nora, Deus abençoe vocês!

- Amém, mãe - Raphael deixou um beijo carinhoso na testa de sua mãe e saiu de mãos dadas comigo.

Entramos no carro em um silêncio que nos segura. Horrível. Desconfortável.

O caminho parecia interminável. A tensão entre nós era palpável, cada respiração pesada, cada movimento no carro refletindo o desconforto que nos envolvia. Eu olhei para fora da janela, o silêncio do carro continuava. Raphael parecia com o olhar fixo na estrada, sem dizer uma palavra. 

Quando finalmente chegamos em casa, Raphael desligou o carro com um movimento brusco. Ficamos ali sentados por alguns segundos, sem nos olhar. A respiração pesada dele me deixou ainda mais inquieta.

- Vai me explicar? - Eu disse quebrando o silêncio, embora minha voz saísse mais frágil do que eu queria.

Ele suspirou, esfregando as mãos no rosto, claramente à beira de um surto. 

- É a Bruna.

- Bruna? - Faça a pergunta a mim mesma querendo relembrar - Ah... do aniversário da Lara...

- É - Afirma e olha nos meus olhos tentando me convencer com certeza - Mas olha, eu juro por Deus, que eu nunca sai com ela depois que começamos a ter algo sério.

- E não se deu ao trabalho de avisar ela de que estava comprometido? - Fiquei incrédula com o que eu estava ouvindo.

- Yasmin, eu não aguento mais isso. Essa tensão... parece que você só sabe jogar a culpa das coisas para cima de mim! - Surtou.

- Dessa vez não sou eu quem ta fugindo do assunto.

Aquilo me atingiu como um golpe. Saí do carro sem responder, caminhava rápido até a porta de casa, querendo fugir daquela conversa, mas sabia que era impossível. Assim que entrei, joguei minha bolsa no sofá e me virei para encará-lo.

- Eu também estou cansada, Raphael! - As palavras ditas antes que eu pudesse segurar - Mas você acha que é fácil pra mim? Como você iria ficar se visse uma mensagem desse no meu celular, Raphael? - Minha voz tremia, e eu odiava como isso me fazia parecer vulnerável.

- Eu.. ia conversar e...

- Não, Veiga! Você vai surtar, porque você sempre surta! - Digo com raiva, o que ele disse no carro realmente me magoou o suficiente ao nível de eu jogar tudo na cara dele.

- Está vendendo? De novo, a culpa é minha! - Ele fechou a porta com um estrondo e me encarou, seus olhos cheios de frustração - Você sempre se fecha, Yasmin. Sempre acha que está tudo bem, e quando as coisas ficam difíceis, você finge que nada está acontecendo!

𝐒𝐄𝐌𝐏𝐑𝐄 𝐅𝐎𝐈 𝐍𝐎́𝐒 - 𝐑𝐀𝐏𝐇𝐀𝐄𝐋 𝐕𝐄𝐈𝐆𝐀Onde histórias criam vida. Descubra agora