Operação Catalunha

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Ethan
No dia seguinte consigo o endereço da tal moça, vou até o apartamento, mas ela não está lá. Em cima da mesa encontro um diário e uma cesta com poucas frutas. Olho algumas páginas e dou risada.- Mulheres!- penso. Arranco uma folha do diário, enquanto pego uma maçã e dou uma mordida. Escrevo um pequeno bilhete e mostro para a câmera, saio do apartamento rindo.- Achou ela?- pergunto para um dos seguranças que trabalha para mim.

Segurança 1 - Parece que ainda está no trabalho.- falo o endereço para ele.

Ethan - Vamos buscá-la, uma jovem dama não deve andar sozinha, essa cidade está cada vez mais perigosa.- falo para mim mesmo.
...

Amara
Saio do trabalho e vou até o mercado ali pertinho, assim que chego na calçada mexo na bolsa e me dou conta de que esqueci o celular no armário, volto para buscar e saio em seguida.

Ethan - Amara Gomez?- ela olha para trás.- Boa tarde!

Amara - Boa tarde!

Ethan - Me chamo Ethan Collins, trabalho com o soldado Lucas. Você estava procurando por ele, não estava?

Amara - Sim, mas já nos falamos.

Ethan - Ele quer vê-la.

Amara - Mesmo? Ele mudou de ideia?

Ethan - Parece que sim, não é mesmo?! Vou levar você até ele.- os olhos dela brilham.

Amara - É sério?

Ethan - Claro!- a conduzo até o carro, abrindo a porta para ela que, entra sem pensar duas vezes, ligo o carro e saio.- Vocês se conheceram na Operação Catalunha, é isso?

Amara - Ah, eu não sei o nome daquele pesadelo.

Ethan - Desculpe por fazer você relembrar, mas eu não fiz parte da operação e estou curioso. - ela não diz nada.- Você era uma diamante, não era?

Amara - Eu não gosto de falar sobre isso.

Ethan - Claro, eu compreendo. É que é uma história muito bacana, o soldado das forças especiais que resgatou a mocinha. Saiu nos noticiários e nas mídias...

Amara
Não respondi, não sei o que ele entende por bacana. Ser sequestrada, aliciada, apanhar, quase ser estuprada e vendida?
Sinto que rodamos muito quando começa a anoitecer e ainda não chegamos.- Para onde estamos indo?

Ethan - Ele pediu para te levar pra base que temos no interior, só mais uns 15 ou vinte minutos e já iremos chegar.
...

Dom - Ué, achei que você nem viria!- falo assim que ele chega pra trabalhar no fim do dia.

Lucas - Estou me sentindo melhor.

Dom - Vou fazer um intervalo, se precisar tem analgésico na gaveta da minha mesa.

Lucas - Valeu!- ele me cumprimenta ao passar por mim e sai.

Soldado 1 - Ué, Dom disse que você não viria porque estava gripado.

Lucas - Tomei um chá e consegui descansar um pouco durante o dia, aí resolvi vir agora no fim do dia.

Soldado 1 - Ok! Bem-vindo a paz.- ele ri de canto.- Isso aqui é o paraíso a noite.- me refiro ao fato de realmente ser mais tranquilo fazer o monitoramento durante a noite.

Lucas
Ligo o monitor e observo alguns lugares que monitoramos, é óbvio que o meu olhar vai direto para o apartamento dela, mas está tudo escuro. Olho para o relógio do monitor e já são 19h.- Já era para ela estar em casa.- penso.
Pego o relatório da outra operação e começo a ler de onde parei, quero ter o máximo de informações possível sobre a próxima missão.

Dom - Voltei!- falo sentando na minha mesa.- O que foi?- noto quando ele olha para o monitor e em seguida para o relógio de pulso.

Lucas - Está tudo escuro no apartamento da Amara, essa hora ela já costuma estar em casa.

Dom
Olho para o monitor e já são 19h45, o Lucas abre uma aba no sistema de monitoramento só do apartamento dela e retrocede as imagens.- O que você está procurando especificamente?

Lucas - Você a viu hoje?- falo enquanto observo as imagens voltando aceleradas.

Dom - Pela manhã, ela tomou café e em seguida saiu para o trabalho.- ele continuou observando as imagens até surgir na tela um cara estranho que parece muito à vontade dentro do apartamento. O cara pega algo, senta e cruza as pernas enquanto parece ler alguma coisa, depois ri, come uma maçã e se dirige até a câmera mostrando um bilhete direcionado ao Lucas.