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Tem alguma coisa batendo dentro da minha cabeça

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Tem alguma coisa batendo dentro da minha cabeça.

E fora também.

Afasto o rosto do travesseiro e sinto a baba no meu queixo. Enxugo-a com a ponta da fronha. Sento e de repente sinto meu estômago se revirar. Estendo o braço para aperta-lo, mas ouço um som estridente novamente, parecido com um ronco, então respiro fundo e me obrigo a criar algum espaço no meu cérebro enevoado para poder entender o que está acontecendo neste momento.

Olho ao redor, e meio que não entendo onde estou. Na verdade, não faço ideia de que lugar é esse. É um quarto enorme, organizado e confortável, então é óbvio que não é o meu.

Que porra é essa?

Olho para o lado direito, e vejo uma enorme cortina cobrindo uma sacada. Posso ver que é uma sacada porque está aberta, e conforme o vento balança seu tecido, a imagem de uma bela paisagem acaba surgindo.

Mas a análise de onde estou hospedada não dura muito tempo, porque começo a sentir meu estômago apertar mais uma vez, e estou certa de que vou vomitar em cima desse colchão se eu não sair correndo para o banheiro. Que eu espero que seja a porta de madeira que fica de frente para a cama.

Engulo em seco e coloco ambas as pernas para fora do colchão, fechos os olhos e tento me concentrar em minha respiração para controlar a dor aguda na barriga que me atinge outra vez. Quando reúno forças para me levantar, acabo tropeçando em alguma coisa enorme, quente... e firme.
Estendo as duas mãos para frente para amortecer a queda inevitável, e acabo soltando um pigarreio alto o suficiente para ecoar pelo cômodo inteiro.

—Puta que pariu! Não está me vendo aqui? — Me assusto com uma voz rouca e sonolenta.

Estou literalmente de quatro, sem coragem para me virar e descobrir quem é o ser humano esparramado no chão em quem acabei de tropeçar. Mas por instinto acabo o fazendo mesmo assim. Viro a cabeça lentamente sobre o pescoço, tentando adquirir uma imagem clara da pessoa apenas a olhando por cima do ombro.

Arqueio as sobrancelhas imediatamente e me sento bruscamente.

—Tom? — Pergunto com indignação.

O rapaz está com os olhos semiabertos e com um sorriso preguiçoso nos lábios.

—Bom dia, Zoezinha. — Sua voz está grave e isso infelizmente faz com que um arrepio suba por minha coluna.

Reviro os olhos. Tanto pela sensação esquisita, quanto pelo apelido idiota.

—Primeiro, não me chame de "Zoezinha". Segundo, o que eu estou fazendo aqui nesse lugar estranho... com você?

Ele franze as sobrancelhas de uma forma engraçada.

—Acordou de mal humor, lindinha? — Ele pergunta irônico, se preparando para se levantar. — Te encontrei desacordada ontem à noite, não sabia o que fazer então te trouxe para cá. Ah, e essa é minha casa, não um "lugar estranho".

sua mente obscura - Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora