À Margem do prazer | Versão Drarry

Capítulo Único

O loiro escorou-se no batente da porta, sentindo a madeira áspera contra a sua pele nua e, ao visualizar o amado concentrado, ele deixou um pequeno, mas apaixonado, sorriso enfeitar o seu rosto.

Estava há duas semanas longe do conforto da sua casa, da presença do seu primogênito e do seu marido. Era a primeira vez que viajava a trabalho após o nascimento do pequeno Jasper, e mesmo que o pequeno tivesse cinco aninhos agora, ainda assim sentia muita saudade.

Mas agora ele estava ali. Após chegar na noite anterior, observava o moreno mexer com certo cuidado nas plantas, molhando-as com o regador ou removendo as pétalas amareladas do meio das verdes com tanta leveza nos movimentos que deixariam qualquer um com inveja.

Os dedos longos e finos acariciavam a terra, mas, para Draco, ele desejava com força que aqueles dedos habilidosos estivessem tocando cada centímetro do seu membro, que pulsava dolorosamente dentro da calça apertada.

Ou talvez a boca gulosa pudesse o levar à margem do prazer.

— Você está me observando com o olhar possessivo novamente, Dray — murmurou o moreno, desviando os olhos para o marido e o analisando de cima a baixo, mordendo o lábio inferior ao prender os olhos na região aparente do outro.

— Apenas admirando a sua beleza, meu bem — disse o loiro. Ele se aproximou devagar do moreno, era como um felino cercando a sua presa para depois devorá-la deliciosamente.

— O Jasper está na sala, e-ele pode entrar a qualquer momento... — sussurrou, a voz doce soando trêmula e fraca com a aproximação. O cheiro de café e pêra o deixou embriagado; as pernas bambas, junto com a respiração falha.

Esse era o efeito que Draco tinha sobre si. Estimulava todas as suas emoções, desejos e prazer, o levando ao limite da margem, apenas para assisti-lo se desmontar, ficar totalmente indefeso sob sua dominância e desesperado por mais.

— O Ron veio buscá-lo, eles irão voltar tarde, então podemos fazer o que quisermos até lá, e você… — respondeu  o loiro de uma forma sussurrada muito sexy rente ao ouvido do outro, mordendo o lóbulo em seguida. Ele reparou com um sorriso o corpo do amado se arrepiando com seus toques. Malfoy amava cada mísera reação que conseguia tirar do companheiro, tudo era tão quente e sexy. Apertou levemente a cintura que segurava e o trouxe para mais perto, deixando-o sentir o seu peito forte contra suas costas, voltando a sussurrar em sua orelha, ele disse: — Pode gritar o quanto quiser, meu doce.

— Posso… — começou o moreno, ele se virou de frente para o maior e passeou os dedos pelo pescoço até o cós da calça dele, passando perigosamente próximo ao local que gritava pedindo atenção. Ele ficou nas pontas dos pés e sussurrou rente a orelha do outro, deixando uma mordida fraca no lóbulo. — Senhor?

Draco maneou a cabeça para trás enquanto fechava os olhos e, por segundos, se perdia no quanto o seu garoto era um safado completo. Ele abriu os olhos, agora mais escuros e brilhantes em pura luxúria. As mãos firmes seguravam a cintura com possessividade, colando ainda mais os corpos em um movimento rápido. Ele sorriu com o arfar surpreso do amado e atacou-lhe os lábios, ambos sedentos um pelo outro.

— Ah, Harry... — sussurrou o loiro, próximo aos lábios vermelhos do rapaz e, após mordê-lo, saboreando o sabor de morango, ele continuou. — Preciso corrigir essa sua boca tão perversa. 

Malfoy segurou o maxilar do menor com firmeza, deslizando o dedão por cima dos lábios macios, forçando sua entrada na cavidade úmida. Harry circulou a ponta do dedo com a língua lentamente e chupou com força, recebendo um gemido desejoso do companheiro.

— Ajoelha — mandou o loiro. Ele abriu o cinto e a calça, deixando o outro deslizá-la com a cueca até os seus joelhos. Os seus olhos não perderam o rosto ansioso de Harry, nem o passar da língua pecaminosa por cima dos lábios gulosos e, então, os olhos verdes o olharam, pedindo, desesperadamente a permissão para se afundar na sua perdição favorita.